Manuel Alegre afundará o PS com ele
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Macro de grande, skopein de observar: observar o infinitamente grande e complexo. Tentar perceber por que razão a ave vive fascinada pela serpente que a paralisa e, afinal, faz dela a sua presa.
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... o único candidato presidencial a falar verdade no âmbito das eleições presidenciais de 2011. É o único candidato que não tem verdadeiro e efectivo enquadramento politico-partidário a suportá-lo, ainda que goze de simpatias de alguns patriarcas do PS. Provavelmente, será o candidato menos votado por aquelas razões, mas afigura-se como o actor político mais virtuoso do leque de candidatos do sistema, só por isso merecia ser o próximo locatário do Palácio Rosa para tentar emprestar uma visão alternativa de Portugal nos próximos anos.
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O PS lá se decidiu formalmente em ressuscitar o "candidato fantasma" Manuel Alegre, dizendo que ele traduz o valor do "progressismo", comum ao partido. Já se percebeu que o poeta é, assim, uma espécie de Garcia Pereira que o PS arranjou ante a impossibilidade de egendrar o seu Cavaco. Este, por seu turno, por ocasião do Não ao veto da lei que prevê o casamento-gay, vota contra a sua consciência e valores para não gerar ondas na sociedade portuguesa, talvez assim ganhe mais uns votinhos para 2011. O papa Bento XVI, em Roma, deve ter caído da cadeira quando soube disto, sobretudo quando semanas antes Cavaco lhe apresentou, ou melhor, submeteu a família como se fosse beatificar os netinhos. Dois exemplos comezinhos em como não se fala verdade na política à portuguesa que o zé povinho já detectou. E é isto que descredibiliza a política, mina a democracia e afasta os eleitores dos mecanismos de voto e da decisão. O problema é que este cinismo e hipocrisia políticas colonizaram a vida pública e privada na sociedade portuguesa, condicionando comportamentos e atitudes, promovendo calculismos e interesseirismos que acabam por pautar grande parte das relações pessoais e institucionais. Um caldo de cultura corruptiva que não promove o mérito, a competitividade e a sua pedra de toque: a produtividade. Portugal merecia melhor!!!
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Falco - Der Kommissar 1982
Falco - Jeanny
As relações humanas são assim: fios interrompidos e retomados até que a morte venha fechar o anel em que pousaram em vão esperanças e vontades.
Agustina, in Os Quatro Rios, p. 33
[Remake]
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Referimos noutras reflexões abaixo que quando a alta finança interfere no quadro das relações políticas bilaterais entre Portugal e Espanha, tudo o resto se pode deteriorar. Esperemos que tal não venha a suceder, porque as desvantagens seriam, em muito, superiores às vantagens, ninguém aproveitaria com este conflito em curso em torno da aquisição da Vivo, disputada entre a PT e a Telefonica no Brasil e no imenso mercado sul-americano. Desde a década de 80 do séc. XX que algumas regiões de Espanha passaram a disfrutar de um Estatuto de Autonomia, o que significa que têm a possibilidade de se autovernar, definir objectivos e formas de actuar em função de interesses marcadamente regionais, que não teriam caso se mantivesse o centralismo político prévio às autonomias. A região da Extremadura é um bom exemplo nesse sentido. Olhemos para ele. Com cerca de 400 kil. de linha de fronteira, a região da Extremadura parceriza hoje com regiões vizinhas em Portugal, Alentejo e Centro, o que permite um relacionamento com os dois lados da fronteira que já ultrapassou os tradicionais níveis de cooperação económico e social que decorrem da geografia política e de falarmos uma língua muito parecida. Não deve, pois, ser um episódio duma guerrinha pela aquisição de uma participação da Vivo - que hoje engorda a PT e a Telefonica, que deverá questionar todo o capital político e simbólico entre Portugal e Espanha nos demais sectores de actividade. Seja em matéria de rede de transportes, de que o TGV pontifica, seja ainda na esfera dos centros de investigação, relações económicas e culturais desenvolvidas. Mas para que estas acções de desenvolvam é necessário intensificar o conhecimento mútuo dos dois lados da fronteira, urge quebrar o gelo entre os dois povos e procurar sinergias que permitam implementar projectos e alcançar objectivos comuns. Fazer convergir os interesses regionais do Alentejo e Centro com a região da Extremadura, que tem crescido a olhos vistos, é um desiderato comum, que pode e deve ser promovido pelas instituições políticas de Portugal e Espanha, abrindo o caminho às empresas dos dois lados a criarem riqueza entre nós. E como é que isso se faz, na prática? Mediante divulgação de oportunidades nos dois lados, promovendo a cultura da Extremadura entre nós e solicitar que os valores nacionais sejam promovidos no outro lado, fazer mostras de produtos em feiras e certames, desenvolver missões empresariais mistas, promover a oferta turística e prestar apoio técnico ao empresariado nos dois lados. Tudo, no fundo, servirá para intensificar as relações políticas, institucionais, culturais, económicas e comerciais entre os dois lados, por isso seria útil que este affair PT vs Telefonica em torno da vítima Vivo - não contamine tudo o resto já realizado e que tem, seguramente, mais valor dos os milhões objecto de discussão para o controle daquela operação. ___________________________________
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Obs: Alguém está a ver Sua Alteza Real, D. Duarte de Bragança, com aquela voz de octogenário, e reinvestido da sua desejada Monarquia constitucional, a empossar o bloco central em Portugal com a crise como pano de fundo!? Ora, uma das razões pelas quais a monarquia caíu no arranque do séc. XX foi, precisamente, o cansaço e a incompetência da desgovernação e a corrupção que então grassavam em Portugal que desorganizava o equilíbrio das finanças públicas e tornava insustentável a gestão política normal do país. Contudo, não deixa de ser curioso notar que enquanto esta matéria é publicada, dando conta do governo de coligação entre Conservadores e Liberais-democratas no RU, o PSD de PPCoelho - segundo a mais recente sondagem ao PSD, segundo barómetro de Maio, está perto da maioria absoluta, dando conta do desgaste da governação do PS. Com regime republicano ou regime de monarquia constitucional, Portugal terá que se reencontrar consigo próprio, e isso passará, a prazo, talvez por algo semelhante que a Rainha Isabel II fez recentemente ao empossar aquele governo de coligação. Etiquetas: Alternância - por António Vitorino -
Obs: De um lado temos a posição de realpolitik do Estado em proteger a sua maior empresa - intra e extra-muros, é compreensível que o faça, até por razões patrióticas e do interesse nacional permanente; por outro, temos os comandos normativos do direito comunitário que ilegalizaram essas práticas por desvirtuarem o funcionamento do mercado e, directa ou indirectamente, abrirem excepções a certos países e empresas que não são admissíveis aos demais países e empresas do espaço comunitário, o que gera uma desigualdade inaceitável e uma facada na sã concorrência que se deseja nos mercados globais. Esta contradição não é mais do que o conflito secular entre a política (regida por relações de força) e o direito (que visa a justiça nas relações internacionais), mas que nem sempre consegue esse desiderato. A escaptória, caso o TJUE decide contra a posição de Portugal, será a via da negociação entre a PT e a Telefonica, mas este é um caso em como as relações económicas, financeiras e empresariais podem envenenar o quadro geral das relações politico-institucionais entre Portugal e Espanha, que atingiram um grau de excelência sem precedentes na história dos nossos dois países. Dou razão a Woody Allen quando diz que um homem só é verdadeiramente livre se for rico, pois é nessas circunstâncias que falará verdade. Mas onde se metem avultados interesses económico-financeiros a verdade e a liberdade pouco ou nada interessam. E quem vencer, não importa os meios utilizados, nunca se envergonhará, pois o objectivo supremo é esse mesmo: vencer. E neste campo minado somos, ainda que contrariados, obrigados a concordar com o velhinho barbudo, Carlinhos Marx, quando dizia que o capital não tem fronteiras, nem ideologia, nem cor, nem cheiro. É dinheiro!!! Talvez por isso se exigam nervos d' aço à dupla de amigos que mais e melhor se entende na Europa: Sócrates e Zapatero, pois para alguma coisa deverá servir essa AMIZADE. E esta contenda oriunda da alta finança servirá, precisamente, para por à prova esses afectos e esse sentimento. Por ironia da história, a Europa, a Península Ibérica, o mundo em geral, terão, agora e aqui, uma oportunidade de oiro para perceber o que vale essa AMIZADE e o seu peso funcional nas ramificações do poder financeiro e económico entre Portugal e Espanha. Embora a História, esse depósito de factos, sempre foi muito traiçoeira quando se evocam sentimentos e afectos, tudo coisas que o dinheiro e os interesses desconhecem. Etiquetas: Relações luso-espanholas
À primeira vista serve, talvez, para nos envergonhar e à segunda para termos a certeza dessa vergonha. É certo e sabido que a UE, essa entidade de soberania partilhada que produz cerca de 80% da legislação que nos telecomanda, já processou o Estado português devido a existência dessa vacuidade que é a GS na PT, um anacronismo dos tempos. Por um lado, a sua aparente existência supõe favoritismos que desvirtuam o funcionamento do mercado, e isso é nocivo para a concorrência. Qualquer que seja a nacionalidade da sua existência, embora quem fique mal no fotomaton somos nós, portugueses, que perante uma contenda com os espanhóis reclamamos logo o apoio do Estado que, em rigor, não o pode dar porque é contra a legislação comunitária e contra o m
ercado. Embora compreendamos que a PT queira continuar a engordar à custa do imenso mercado brasileiro e sul-americano, coisa que a Telefonica espanhola também deseja. Por outro lado, a GS era um dispositivo que servia para os grupos económicos e a economia nacional em geral ganharem espessura, folego e escala, cumpridos esses objectivos reclamar o seu recurso, como hoje faz a PT e o PM é, não apenas ilegal como ridículo. Mas somos um país pequeno, e isso talvez justifique esta aliança táctica entre a PT e Governo na defesa dos interesses nacionais, embora em violação com os normativos comunitários para o sector. O problema já não reside na utilização indevida da Golden Share, que foi utilizada contra a OPA da Sonae na PT, mas em saber como o Estado português se pode livrar dela com alguma dignidade e, de preferência, sem os holofotes dos media planetários sobre o que se passa entre nós de mais anacrónico.
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Caminito del Rey - Worlds Most Dangerous Trail
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Nota prévia: Num momento em que as relações luso-espanholas atravessam uma excelente fase, seria útil não ensombrar esse clima com estratégias empresariais que, nem sempre, se traduzem no bem comum das populações dos dois lados, apenas reforçam as contas bancárias e o poder de certos accionistas cuja visão do interesse particular nunca coincide com o interesse geral. Esperemos, pois, que a temperatura não suba a ponto de a questão ter de ser resolvida ao nível político, com mais um abraço.
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Confesso ter apreciado a forma como PPCoelho estruturou a sua comunicação no American Club, onde dissertou sobre a economia nacional e a governação. Teceu depois umas considerações sobre as suas habilidades para dançar, mas pouca coisa. No entanto, distingue-se de Ferreira leite onde, exactamente no mesmo sítio, a sua antecessora referiu que o país só se reformaria mediante a institucionalização da ditadura como método de governação. Comparando ambas as declarações podemos concluir pelos tais francos progressos do actual líder do PSD. Razão por que PPCoelho está de parabéns, mesmo sendo um "pé de chumbo", como reconheceu...
_____________________________________________ Gotan Project - DiferenteEtiquetas: American Club, economia nacional, governação, Pedro Passos Coelho
O homem mais rico do mundo já tem representantes em Lisboa a preparar o negócio. Carlos Slim encontrou-se no passado fim-de-semana em Barcelona com um enviado do BES.
A Portugal Telecom (PT) poderá em breve ter um aliado de peso na luta contra a Telefónica pelo controlo da Vivo. O Diário Económico apurou que Carlos Slim, empresário mexicano que é considerado o homem mais rico do mundo, está a estudar a compra de uma participação no capital da operadora, com o objectivo de travar a ofensiva espanhola. [...]
(...)
Obs: A finança espanhola pretende hegemonizar a estrutura accionista da maior empresa portuguesa, esta reage convencendo o homem mais rico do mundo, Carlos Slim a integrar a PT e, assim, arredar os espanhóis da OPA à PT na Vivo aumentando o molotov explosivo que está em curso entre portugueses, espanhóis e mexicanos.
A novela da alta roda financeira prossegue dentro de momentos.
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Afinal, Roma paga a traidores
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Moloko - Familiar feeling Moloko - Sing It Back Lighthouse Family - Loving every minute
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Obs: Divulgue-se esta matéria pelo interesse que comporta para toda a Península Ibérica, que hoje vive, talvez, o melhor momento das relações ibéricas, uma situação que poderá converter o diálogo entre portugueses e espanhóis numa nova fase política, institucional e com múltiplas vantagens económicas, culturais e comerciais para os dois lados da fronteira, que é cada vez mais ilusória. Até porque quanto mais as instituições da UE parecem estar paralisadas, seja pela entropia global, seja pelo ambiente recessivo ao nível mundial ou ainda pela falta de elites criativas no plano europeu, mais sentido fará, no quadro da lógica do spill-over effect e da Teoria geral da integração, reforçar os laços entre comunidades de homens e de mulheres que têm inúmeros aspectos em comum e falam uma língua e comungam uma história - também ela feita de aventuras, guerras e desafios comuns. Discutir, negociar sempre e em todo o lado, mas sempre de "mão-dada", como diria o amigo e filósofo Agostinho da Silva... Etiquetas: Junta de Extremadura, Reino de Espanha, Relações Peninsulares, Teresa Rainha
Imagem picada no rizoma
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Nota prévia: melhorar as condições de vida das populações dos dois lados da fronteira pressupõe um processo de reinvenção constante nos domínios político, económico e social entre regiões vizinhas no quadro mais alargado do próprio spill-over effect da União Europeia. Por questões de crescimento, modernização e desenvolvimento, e, naturalmente, por razões de escala e de competitividade regional no conjunto mais alargado das relações peninsulares e comuntárias. Aproveitar esta década de cooperação política e administrativa é, pois, essencial para fazer crescer as regiões envolvidas, mas também para valorizar a força política, económica e social de Portugal e Espanha, hoje mais aliados do que nunca, no tecido conjuntivo da União Europeia que, como se sabe, vive momentos de grande incerteza e impasse que se traduzem em falta de desígnios para liderar o futuro, à semelhança de conjunturas anteriores, em que a Europa foi a potência directora.