quarta-feira

Você sabia o que se passava no seu ministério?



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Você sabe o que se passa no seu ministério???

- Centeno tem de preparar as reuniões do €urogrupo e planear as negociações de Costa com os vários agrupamentos partidários do Parlamento Europeu para decidir quem manda na Europa; o secretário de Estado, o sr. mendonça não conta porque ele só recebe e transmite recados; Eduardo Cabrita, MAI, também (alegadamente) não sabia da participação da GNR na operação conjunta do Fisco de cobrança no alcatrão, porque estava a assinar o despacho que visava dar cabimento orçamental para atribuir dez motas à polícia.


Costa ainda se encontrava no hotel Altis a ler os resultados eleitorais com Pedro Marques e a ver da melhor forma de "vender" uma geringonça na Europa. Estavam todos verdadeiramente ocupados.

De modo que os verdadeiros responsáveis por esta operação subterrânea do Fisco é o porteiro do ministério das Finanças e a empresa que faz as limpezas no átrio do MAI.
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PS: já agora, já se descobriu algo sobre Tancos...

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Violam a lei das leis - a Constituição da República Portuguesa - e não se demitem -

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Os srs. mendonça e centeno

Ministro das Finanças e SE alegaram desconhecer a operação "secreta" da AT no concelho de Valongo, com o fito de fazer cobranças difíceis nas estradas de Portugal, de forma quase-pidesca a lembrar os tempos da "outra senhora". 

O modus operandi, alegadamente sem qualquer enquadramento legal e político, parece ter sido o seguinte: 10 elementos da GNR, que deviam conhecer um pouco de Direitos, Liberdades e Garantias previstos na CRP, mandavam parar os transeuntes; e depois os 20 elementos da Autoridade Tributária faziam as inquirições necessárias a fim de cobrar coimas com base nos dados das matrículas das viaturas inseridos nos sistemas informáticos. Foi, pois, um regresso ao passado: ao espírito de fronteira, caldeado pelo ambiente de medo, ódio, segredo, ameaças e coações várias...

O objectivo desta operação da AT, alegadamente desconhecida pela tutela, seria penhorar bens (as viaturas, no caso) e, desse modo, liquidar as dívidas que estivessem em execução fiscal. Na prática, se o condutor fosse devedor ao Fisco e não tivesse liquidez para saldar essa dívida de imediato veria a sua viatura penhorada.

Então, num estado de direito não há recursos a apresentar; não há negociação com o Fisco a fim de planear uma forma faseada de pagamentos em função dos rendimentos de cada pessoa, agregado, família ou empresa? E se não tivesse dinheiro para liquidar a casa, as pessoas iam para baixo da ponte? Será este o socialismo de rosto humano da geringonça levado à prática por aquela dupla de alegados desconhecedores do que passa na sua própria casa?!

Após as reacções adversas da opinião pública, é óbvio que o sr. mendonça, o ainda SE, teve medo, e mandou interromper algo que ele - ou alguém por ele iniciou, mesmo que grosseiramente porque em clara violação da CRP, e utilizando uma abjecta desproporção de meios utilizados. 

Mais grave ainda: ministro e secretário de Estado das Finanças revelaram desconhecer a operação, quem deu a ordem, como e porquê?

Viola-se, civil e penalmente os direitos das pessoas de forma arbitrária com o único fito de o Fisco arrecadar um prato de lentilhas e ninguém se demite ou é demitido? 

Ficamos a saber, em vantagem para o futuro, que quando o Estado tiver a necessidade de cobrar os milhões ao Joe Berardo, ao Ricardo Espírito Santo, ao Dias loureiro, ao Oliveira e Costa e tutti quantti - os srs. mendonça e centeno mandam a GNR e os funcionários da AT - equipados de metralhadoras e luvas de pelica - para as mansões dos ditos para lhes fazer uma espera para se ressarcir dos danos que aqueles, durante décadas a fio, provocaram à sociedade. 

Se tudo isto não fosse dramático, em alguns casos trágico (porque envolve a falência de pequenas empresas e a destruição de empregos), seria apenas hilariante, como quem está à soleira da porta a ouvir contar as perseguições que a PIDE-DGS fazia aos elementos considerados inimigos do regime e, portanto, a eliminar.

E também não deixa de ser curioso que estas pequenas barbariedades anti-democráticas ocorridas sob a negligência grosseira dos srs. mendonça e centeno ocorram em pleno exercício de um Governo dito socialista, em que seria suposto haver um cuidado suplementar com a protecção dos tais Direitos, Liberdades e Garantias previstos na CRP.

O que diria Mário Soares destas travessuras dos srs. mendonça e centeno?! - que, alegadamente, desconhecem o que fazem certas entidades da alta administração do Estado, organicamente dependentes do ministério das Finanças...

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PS:  Alegadamente, presumimos que a dupla mendonça e centeno ainda integra o Governo. Ou será que já se demitiram?! Nem que seja por vergonha na cara, descontada a incompetência e incúria de (alegadamente) desconhecerem o que se passa na sua própria casa. 

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terça-feira

Do silêncio ensurdecedor. Um silêncio da China

Ele nunca esteve tanto tempo calado, mesmo quando foi operado. 
Somos "reis" dos nossos silêncios e escravos dos nossos medos, especialmente quando estamos aflitos...


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A fibra dos homens públicos também se mede pelos períodos, tempos e circunstâncias em que estão calados e deveriam falar. 

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sexta-feira

O chefe da geringonça e o recurso ao psicodrama



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António Costa respira política, nunca fez mais nada na vida senão política, por isso, e pela 1ª vez já quase no termo do seu particular mandato (em que perdeu as eleições, mas governa), sentiu-se politicamente isolado. Pois pela 1ªvez todos os grupos parlamentares se juntaram para dar razão jurídica e política aos docentes na avaliação do seu tempo de serviço, o qual tem sido deturpado, amputado e, desse modo, penalizando a vida e a carreira a milhares de profissionais da educação em Portugal que, anualmente, andam com a casa às costas por causa da incompetência e prepotência do ministério da Educação e de quem o tutela.


Este colete de forças em que Costa está fê-lo desenvolver um raciocínio simples em política: como sobreviverei no Executivo até ao termo do mandato, com um cabeça de lista fraco às Europeias e, por outro lado, como sobreviverei depois das europeias!? Eis o que verdadeiramente preocupa o PM.

Questões que um líder se coloca no sentido de saber como sobreviver políticamente à conjuntura e, se possível, atravessar a barreira do tempo curto e encontrar uma folga política mais durável no tempo (o tempo estrutural). Ou seja, A. Costa quer saber como poderá preparar a sua estratégia para ganhar as próximas eleições legislativas em Outubro, tendo, pelo caminho, um cartão amarelo nas europeias.

Aqui chegado, Costa fará um outro raciocínio político básico: ganhará Costa (e o PS) no plano socioeleitoral se desencadear (já) o processo de demissão do governo e a consequente convocação de eleições; ou perderá terreno político se deixar arrastar a actividade política do Executivo, especialmente com a complexa contestação social, até Outubro? Parece fácil a resposta a este pseudo-dilema. 

Vistas as duas dimensões sociotemporais, Costa não tem dúvidas acerca de qual delas lhe trará mais conforto e ganhos políticos, ou seja, a via da convocação de eleições políticas já servem os interesses de Costa, enquanto PM da geringonça, e do PS enquanto partido de enquadramento e de apoio à acção do Executivo, uma vez que os partidos que o amparam na geringonça (BE e PCP) nem sempre lhe estendem a mão. E o caso do apoio à recuperação do tempo integral de serviço dos docentes ilustra bem esse apoio condicionado da geringonça ao PM.

E talvez seja este o cenário mais plausível que ocupou a mente do PM, bem como a reunião convocada por ele com o seu núcleo duro para equacionar a durabilidade de vigência do Executivo, confrontado que está com a aprovação dos anos de descontos na carreira dos docentes. 

Em termos práticos comezinhos, e caso Costa e Centeno tivessem essa vontade política, bastaria cortar 5 ou 10% na afectação dos recursos que o Estado se prepara para financiar o Novo Banco, ou renegociar uma daquelas PPPs ruinosas das estradas ou da saúde - que geram rendas fixas escandalosas que têm empobrecido os portugueses, para encontrar as dotações orçamentais necessárias e justas para remunerar a classe docente, que tem sido esquecida, maltratada, desautorizada, violentada e desprestigiada nas últimas décadas em Portugal. Para a valorizar A.Costa e Centeno teriam que desenvolver essa vontade política que, manifestamente, não querem ter, além do braço de ferro com o líder da Fenprof, Mário Nogueira - com quem o governo trava uma guerra há anos...

Para o PM e Centeno são sempre cruciais o apoio quase ilimitados à banca, mesmo aquela que é corrupta e gere ruinosamente os recursos públicos no sistema financeiro português - que são de todos. Critério diverso é usado pelos mesmos Centeno e Costa - que usam e abusam para com essa classe de desgraçados que são os professores, e que quase têm de pedir licença para dizer que existem. 

Mas Costa não tem só à perna os docentes, tem também os enfermeiros, os magistrados, os polícias, etc, etc... E, agora, também os motoristas de transportes de combustíveis, que apesar de terem um conflito laboral com uma entidade patronal, a ANTRAM, o seu reflexo espraia-se por toda a sociedade e a economia e produz efeitos devastadores na logística de bens e produtos no país. 

Contra esta paralisação da economia nacional o Governo mostrou-se completamente incapaz de reagir, e quando falava nos tais serviços mínimos - tal revelou-se um argumento risível.  De resto, o perigo de nova paralisação volta a colocar-se, ante a impotência do Governo em garantir que o país não paralise novamente.

Costa sabe isto e sabe muito mais, e perante tanta contestação social o PM pergunta-se se não valerá a pena mandar já a toalha ao chão e pedir a Marcelo eleições legislativas antecipadas. 


Dito isto, e considerando o colete de forças em que Costa se encontra, o PM não hesitou em desenvolver o psicodrama que, no fundo, (1) consiste em apresentar um problema (o da classe docente e dos seus anos de serviço) como se fosse o mais grave da legislatura (e não é!!); (2) dramatizar a acção sindical desses players (fenprof) imputando a estes os males da governação e grande causa do desequilíbrio das contas públicas; (3) e, por fim, o PM tenta projectar na sociedade a ideia segundo a qual a razão do desgoverno das contas públicas, o agravamento do orçamento e da sustentabilidade das demais políticas públicas (saúde, ambiente, transportes, etc) ficaria comprometida acaso o Executivo acedesse nas pretensões dos docentes, o que seria um desastre para a economia e o regresso à austeridade. Eis a tese primária de centeno, o ministro das cativações. 

Costa é, hoje, um homem isolado e acossado, e jogará neste tabuleiro para partir a espinha a Mário NOgueira e à fenprof, e dissuadir os professores das suas pretensões, por mais justas e legítimas que sejam. 

A questão que coloco é saber que impacto terá o psicodrama de A.Costa na sociedade portuguesa. E aqui encontro duas possibilidades de resposta: (1) para as clientelas do PS, os mais acólitos e temeratos a resposta à mudança será intensificar a dramatização do psicodrama encetada por A.Costa a fim de que o processo de convocação de eleições legislativas antecipadas tragam ganhos políticos acentuados; (2) para os mais lúcidos, para aqueles que já leram os clássicos, entre os quais Nicolau Maquiavel, os mais neutros e independentes da sociedade, a teoria do psicodrama do PM não passa duma deriva urgente que o PM encontrou para sobreviver à conjuntura e, desse modo, preparar já as próximas eleições legislativas, sabendo que as europeias irão correr mal e os resultados, previsivelmente, estarão em linha com esse diagnóstico.



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