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Diogo Freitas do Amaral: um promissor candidato à Presidência da República apoiado pelo PS de Sócrates

O currículo do prof. Diogo Freitas do Amaral é impressionante: em termos académicos e em termos políticos. Ele é conhecido de todos os portugueses. Apenas aqui alinho umas breves notas sobre ele. É licenciado em Direito, foi deputado, é doutorado em Ciências Político-Económicas, o que dá imenso jeito para a compreensão dos problemas contemporâneos, tem larga experiência académica e de gestão de universidades, chegando até a presidir várias vezes ao Concelho Científico da Faculdade de Direito. Foi fundador do CDS, fez a AD (com outros), foi ministro várias vezes, conhece bem o meio empresarial e a alta gestão, é um jurisconsolto de nomeada, tem visão e uma macro-leitura do fenómeno político, sabe de Relações Internacionais, conhece a Europa e o Direito Comunitário (tudo coisas que o poeta Alegre desconhece e até seria uma grande injustiça para Freitas estabelecer aqui qualquer tipo de comparação).
Foi MNE e MDN, Vice-PM, mais tarde Presidente da Assembleia Geral da ONU, conhece o funcionamento das OIs, tem mundo e uma arguta cosmovisão, pensa e escreve bem, é um excepcional orador, conhece bem a história do seu país, tendo até realizado uma interessante biografia do fundador da nacionalidade. Enfim, Freitas do Amaral, que em 1986 só não foi PR por uma unha negra contra Mário Soares, tem um largo perfil académico, civil e político que fazem dele um senador da república, condições que o colocam, à partida, para a corrida a Belém com o apoio do PS de Sócrates.
A ser assim, fragmentaria a já débil credibilidade de Cavaco (em cujo eleitorado Freitas entra), que tem feito um mau mandato, limitaria a 2ª aventura de Alegre e oferecia a Portugal uma possibilidade de reconciliação consigo próprio porque federaria e consensualizaria muitos sectores da sociedade civil que hoje não se revéem nem em Cavaco nem em Alegre.
De resto, importa recordar que Freitas do Amaral foi MNE do Governo maioritário de Sócrates - que teve de abandonar por motivos de saúde. Logo, por razões políticas (e pessoais), e apesar de ser um dos fundadores do CDS mas que conquistou um estatuto supra-partidário, é um ex-dirigente político mais próximo do PS de Sócrates (cujo governo integrou) do que, curiosamente, o próprio poeta Alegre que, sendo originário do PS - andou (com o BE ao colo) durante um ano a sabotar a execução do programa de Governo chefiado por aquele que hoje é PM dum Governo minoritário e de quem o proto-candidato, implícitamente, reclama apoio.
Por estas razões, atendendo a este mega-perfil e em face da conjuntura delicada que Portugal e os portugueses vivem, Diogo Freitas do Amaral é, hoje, o melhor candidato à PR que o PS de Sócrates poderia (e deveria) lançar para Belém.
Nota: Esta eventual candidatura de Freitas do Amaral até Mário Soares apoiaria. Bastaria, para o efeito, o encontro de duas vontades: a de Freitas e a de Sócrates, tanto mais que o professor de Direito Administrativo não está conotado com nenhum partido como hoje está Alegre com o BE, apesar de ser oriundo do PS (mais esquerdista). Daí a maior liberdade de acção de Freitas - que contrastaria também com o percurso de Cavaco - que hoje também está muito encravado com o psd de Ferreira Leite - cuja eleição para PM apoiou através dos seus assessores de Belém - demonstrando que não está preparado para saber ser um PR isento, imparcial e representante de todos os portugueses.