quarta-feira

Alegre terá apoio do PS sem a máquina central, dn

Afinal, Roma paga a traidores...
O aparelho organizativo do PS vai ficar de fora da campanha do histórico socialista. "Dependerá de cada um", diz José Lello.
A direcção do PS vai decretar domingo o seu apoio à candidatura presidencial de Manuel Alegre, mas isso não irá significar um envolvimento logístico na campanha do aparelho central do partido. Os principais responsáveis pelas últimas campanha do partido, nomeadamente das duas que levaram Sócrates à vitória (2005 e 2009) irão ficar de fora.
José Lello, membro do secretariado nacional do partido - e, naquele órgão, um dos que mais resiste a apoiar a candidatura alegrista - admitiu ao DN: "Vejo com muita dificuldade [o envolvimento da estrutura central do PS]." E quanto ao restante aparelho (distrital, concelhio, etc.), "dependerá de cada um". "Não é possível dizer às estruturas do PS 'agora vão'", afirmou. E se o envolvimento central não ocorrer, isso, segundo Lello, nem representará nada de muito novo. Também aconteceu com Soares em 2006: "O partido não andou."
Segundo este dirigente, estará nas mão de Alegre a mobilização geral da militância socialista na candidatura: "Depende de como ele souber conquistar o coração do partido." Quanto ao seu envolvimento pessoal, Lello esclarece: "Acatarei a decisão do PS. Se isso acontecer [o apoio oficial] não irei contra. Não irei obstaculizar a campanha, mas também não participarei." E votará Alegre? "Isso ainda verei..."
Os alegristas, pelo seu lado, desvalorizam uma eventual ausência do aparelho central do PS na campanha de Alegre. Recordam que o histórico socialista desenvolveu uma estrutura própria desde a sua candidatura de 2006.
As presidenciais dominarão esta semana a agenda partidária de José Sócrates. Ontem à noite reuniu-se com presidentes de câmara do partido ( reunião que prosseguia à hora do fecho desta edição). Hoje o tema será de novo central na agenda em duas reuniões: uma, ao fim da tarde, com os presidentes das federações distritais socialistas; outra à noite com o grupo parlamentar. No domingo o apoio será oficializado numa reunião da comissão nacional.
Obs: No Parlamento o poeta Alegre resumiu a sua conduta a fazer poesia política, intervenção egocentrica para polir a sua imensa vaidade de pavão; patrocinando as causas do BE; na sociedade Alegre limita-se a editar livros e a aproveitar os tempos de antena dos media para os promover; do partido tem-se servido décadas a fio; doravante, com apoio de alguns autarcas - que assim lhes pagam o favor pelo apoio em algumas eleições locais, revelando que a política é este trade-of, Alegre terá o desafio de conseguir mobilizar a sociedade portuguesa em seu torno.
Mas talvez fosse útil o PS ter coragem e apresentar um novo candidato a Belém ou, caso esta opção ficasse à margem, apostar a sério em Fernando Nobre: um homem de carácter, com um percurso socioprofissional que fala por si e dedicado verdadeiramente à causa pública, inaugurando em Portugal o 3º Sector fundando a AMI e criando entre nós uma nova vaga de solidariedade nacional.
Roma não deveria pagar a traidores...
Estranha forma forma de planear o futuro com rostos do passado.
Portugal merecia poesia melhor.
PS: Inquira-se se Louçã está satisfeito ou, apenas, sereno, ou manso, para recuperar a sua terminologia para com o PM em sede parlamentar.

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