A política em Portugal traduziu-se num exercício de engolir sapos
O PS lá se decidiu formalmente em ressuscitar o "candidato fantasma" Manuel Alegre, dizendo que ele traduz o valor do "progressismo", comum ao partido. Já se percebeu que o poeta é, assim, uma espécie de Garcia Pereira que o PS arranjou ante a impossibilidade de egendrar o seu Cavaco. Este, por seu turno, por ocasião do Não ao veto da lei que prevê o casamento-gay, vota contra a sua consciência e valores para não gerar ondas na sociedade portuguesa, talvez assim ganhe mais uns votinhos para 2011. O papa Bento XVI, em Roma, deve ter caído da cadeira quando soube disto, sobretudo quando semanas antes Cavaco lhe apresentou, ou melhor, submeteu a família como se fosse beatificar os netinhos. Dois exemplos comezinhos em como não se fala verdade na política à portuguesa que o zé povinho já detectou. E é isto que descredibiliza a política, mina a democracia e afasta os eleitores dos mecanismos de voto e da decisão. O problema é que este cinismo e hipocrisia políticas colonizaram a vida pública e privada na sociedade portuguesa, condicionando comportamentos e atitudes, promovendo calculismos e interesseirismos que acabam por pautar grande parte das relações pessoais e institucionais. Um caldo de cultura corruptiva que não promove o mérito, a competitividade e a sua pedra de toque: a produtividade. Portugal merecia melhor!!!
Etiquetas: Alegre, sapos e democracia
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