sábado

Narrativas desesperadas: as Berlengas para fazer frente à Telefónica na Vivo

Zeinal Bava ficou entalado nas pernas do gigante 10 vezes maior do que ele. Tentou jogar a cartada de Carlos Slim, não funcionou. Se foi bluff, foi de mau gosto e teve um efeito de boomerang. Esperemos que o seu nome não tenha sido usado abusivamente, como alguns fazem relativamente ao nome do PM. Pedir ajuda ao Brasil de Lula pode ser uma escapatória, resta saber se isso não custará mais do que aceitar a OPA da Telefonica e jogar as regras do mercado, by the book. Por regra, negociar com ex-sindicalistas perde-se sempre. Como as narrativas já se extremaram, é plausível encarar a ideia segundo a qual a ilha das Berlengas entre no computo global da negociação, quem sabe um contrato de exploração da ilha aos espanhóis por 99 anos para criar amendoin, codornizes e ratos da Índia (mas baptizados nos sucalcos das Berlengas) e fazer prospecção de petróleo possa dissuadir a Telefonica de querer engolir a Vivo e, nessa sucção, de engolir também Picoas inteiro. No tempo contingente em que vivemos perde-se a noção da fronteira que delimita a realidade da ficção, sobretudo porque aquela já transcende muito aquilo que julgamos ser a ficção. Um dia passamos em Picoas e só lá vemos um buraco.., com Bava a acenar com uma bandeira sem nacionalidade!!

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