James Dean - o herói problemático
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Macro de grande, skopein de observar: observar o infinitamente grande e complexo. Tentar perceber por que razão a ave vive fascinada pela serpente que a paralisa e, afinal, faz dela a sua presa.
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Etiquetas: Governo quer subir IVA para 23% e cortar salários da função pública
Grace Jones - Libertango
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Nunca como em vésperas de discussão e negociação do OE para 2011 a vida política e a credibilidade pública do ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, esteve em causa. O défice público é galopante, a previsão das receitas é baixa, como o número de empresas a falir é elevado, assim como elevada é a taxa de desemprego, não havendo, portanto, lugar a impostos para cobrar e alimentar a gordura do Estado, prefigura-se um caminho turtuoso para Santos e para Sócrates. António Nogueira Leite será essa sombra terrível que ameaça desmascarar o deficiente planeamento financeiro das contas públicas em Portugal e o questionador-mor das principais políticas públicas geradoras do desequilíbrio das finanças públicas no país, fonte dos maiores males. A discussão do OE coincide, pois, com a entrada de Teixeira dos Santos no second life, o ambiente virtual e tridimensional que simula em alguns aspectos a vida real e social dos homens, só que desta vez é já sem consola..., ou seja, sem rede!!! O second life da política à portuguesa convoca o valor e o peso da verdade!!!Etiquetas: Teixeira dos Santos no second life
Sem querer fazer falsas comparações, não resistimos aqui a recuperar aquele pedaço da história em que o país assistiu ao famoso Congresso da Figueira da Foz em que Cavaco foi estrear o seu velho citroen, saindo de lá quase consagrado PM de Portugal. Com isto não pretendo comparar ambos, Leite é muito mais culto, mas este professor catedrático da área de economia - pode vir a dar cartas num futuro próximo.
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tinha uma larga fatia da sua população activa no sector agrícola, que assim fora desmantelado. Tudo sob os olhos pouco vigilantes do governo de que Cavaco Silva foi PM. O mesmo que hoje disserta sobre o tema da economia do mar... Com isso as assimetrias do país, entre Norte e Sul, litoral e interior agravaram-se substancialmente. Os campos foi sendo progressivamente abandonados, pouco se passou a produzir e, hoje, é o que sabemos, somos um país altamente importador de produtos alimentares. Cavaco cedeu às chantagens da então CEE e não teve uma política do mar, uma política agrícola, uma política industrial. Nada!!! E o que sucedeu à nossa marinha mercante? Cavaco ou não sabe de história ou anda a comer muito queijo, pois já se esqueceu que a nossa frota pesqueira foi quase toda abatida, ainda que tenhamos hoje uma imensa ZEE. Mas, curiosamente, é o mesmo Cavaco que fala aos portugueses da promoção da economia do mar. Se a ironia matasse...
E a industria textil no Vale do Ave, e o sector do calçado... Onde é que Cavaco estava quando era urgente conceber planos de recuperação desses sectores da economia nacional, que passaram a concorrer com países dotados de estruturas produtivas mais modernizadas e competitivas?! Cavaco, simplesmente, eclipsou-se!! Foi pena. É por este conjunto de razões que talvez não assista nenhuma razão ao actual PR fazer qualquer discurso sobre o tema da economia do mar, do qual foi o principal carrasco há duas décadas, quando era necessário conceber para esses sectores e sub-sectores planos e apoios de reconversão rápidos para que esses trabalhadores não fossem morrer à praia. Alías, muito do desemprego hoje existente em Portugal ainda remonta ao legado negativo da governação cavaquista que, sob a aparência dos milhões dos fundos comunitários que deram a modernidade, o desenvolvimento e a emergência duma classe média em Portugal, que apareceu com a geração-Continente e as grandes superfícies em geral, acabou por ser também o seu principal estertor. Muitos homens de 40 e 50 anos foram literalmente para o desemprego ao tempo de Cavaco, sem que o seu governo lhes desse a mão. O que imperava era a Formação Profissional com os famosos métodos da UGT e do seu então-timoneiro, Torres Couto, que um dia ainda quis ser presidente do Glorioso - Benfica - mas do qual nunca mais se ouviu falar. Razão por que hoje só posso dar uma imensa gargalhada quando vejo Cavaco dissertar sobre a economia do mar e, quem sabe, as virtudes da pesca do bacalhau algarvio na alimentação e saúde geral dos portugueses. Em momentos pré-eleitotais tudo começa a ser possível, até converter uma traineira numa imensa frota da marinha mercante que também sucumbiu sob os tempos gloriosos da governação cavaquista - e da imensa corrupção da UGT e de inúmeros Torres Coutos que pulularam pelo Portugal das décadas de 80 e 90 do séc. XX - e tudo por ausência de políticas públicas adequadas ao estádio de desenvolvimento do Portugal que então entrava na CEE.Etiquetas: Cavaco, destruição agricultura, Economia do mar, marinha mercante, passivo
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Obs: Razão tem Alegre ao criticar o abuso de Cavaco no desempenho das suas funções de chefe de Estado - que aparecem inúmeras vezes mitigadas com a sua campanha eleitoral. Até um ceguinho vê... Mas também é lícito perguntarmos o que faria Alegre caso fosse PR em funções: colar-se-ia ao BE e ao PCP contra o Governo, como fez nos últimos dois anos (?) O problema de Alegre é que ficou sem autoridade moral e política para hoje dar uma imagem de credibilidade e de competência no exercício das funções presidenciais e, ao mesmo tempo, ser equidistante das forças que compõem o espectro partidário em Portugal. E assim Cavaco, de silêncio em silêncio, o vai "matando" politicamente, adiando a sua apresentação formal a Belém (enquanto vai fazendo campanha), com a agravante de agora o poeta ter de fazer declarações que desgastam ainda mais precisamente o partido que o apoio formalmente a Belém: o PS. O poeta Alegre não só caiu num beco, como também desgasta a imagem do Governo mais rapidamente neste caldo político que navega entre a crise e a recessão. Nem um poema salvaria hoje Portugal. Navegar é preciso, mas isso é mais com o Fernando Pessoa...
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Imitação: Cavaco Silva toma posse
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Obs: Aquilo que me surpreende no dr. Mário Soares é a sua resiliência ao envelhecimento, ele já viu toda uma geração de homens partir: Mota Pinto, Sá Carneiro, Magalhães Mota, Salgado Zenha, Cunhal entre muitos outros.
Contudo, nesta entrevista Soares procura fazer três coisas: 1) dar uma mão a Sócrates; 2) intimidar PPCoelho que elogia para, logo de seguida, designar de inexperiente; 3) e dar mais uma sticada no poeta Alegre - que espartilhou o eleitorado do PS nas últimas eleições presidenciais que serviram, entre várias coisas, para humilhar políticamente o velho leão da política portuguesa.
Tudo isto revela que, afinal, Soares continua a ter uma memória de elefante. Ele não perdoa nem esquece. E a prova disso é que o vemos valorar as iniciativas de Cavaco (de Cavaco!!!) só para minar o terreno a Alegre.
De resto, este é um candidato em que nem o próprio PS acredita. Alegre é, assim, uma imposição ao PS, ante o deserto de candidatos credíveis para disputar com Cavaco o 1º lugar no aparelho de Estado. Ainda por cima, comportando a estrondosa desvantagem de o poeta ser o candidato apoiado, em 1ª instância, pelo BE, o partido político mais radical e anti-sistema em Portugal.
Ou seja, com esta entrevista Soares, por um lado ajuda Socas, intimidando PPCoelho; mas, por outro, limita o campo de actuação do poeta apoiando o campo sociológico de Cavaco a Belém.
Nesta cambalhota, Soares dá com uma mão aquilo que com a outra tira ao actual PM. E com isso procura executar a sua vendetta pessoal que remonta às últimas eleições presidenciais traduzidas no milhão de votos de Alegre, o que prova que a política está cada vez mais personalizada e fulanizada em Portugal, como demonstrámos na reflexão infra sob a designação: as birras da república.
Etiquetas: Soares não esquece o que Alegre lhe fez nas últimas presidenciais
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Portugal, com excepção do turismo e da história gloriosa feita através da gesta dos Descobrimentos, pouco mais tem para oferecer ao mundo. Somos um país pequeno, pobre e ingovernável. Estamos na sociedade europeia mas com um imenso desfasamento temporal, com um atraso enorme relativamente aos níveis de desenvolvimento económico, que em Portugal são manifestamente inferiores em termos de produtividade e dos demais índices de economia de bem-estar, se comparados com os parceiros europeus. Pagamos a energia e os combustíveis mais caros da Europa, temos uma miserável carga fiscal, e como se tudo isso não bastasse temos também o maior líder da oposição e um PM que, doravante, como ao tempo de Francisco Pinto Balsemão e de Ramalho Eanes, só aceitam falar um com o outro mediante testemunhas.
Vá lá, ainda pensei que requisitassem o device mais conhecido nas décadas de 70 e 80 do séc. XX, hoje pouco em voga, o gravador. Isto diz bem do escol político que temos no aparelho de Estado e nas máquinas partidárias de Portugal.
Por este andar, creio que nem o FMI estará interessado em assentar, pela 3ª vez, arraiais em Portugal. Somos, de facto, ingovernáveis nem nos deixamos governar. E o mais grave é que os problemas económicos, sociais e financeiros estão todos por resolver no quadro do OE para 2011. Enfim, Portugal está como aquele ceguinho analfabeto e esfomeado numa noite de breu que deseja comer mas não sabe pedir o prato que deseja ao empregado de mesa.
É triste quando as emoções tomam conta das racionalizações!!!
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... e exterminar de vez com o ciclo político socrático. Disso não restam dúvidas. E serve-se da sua dupla legitimidade para o fazer: a sua componente política aliada à sua componente técnica, de economista respeitado que cedo deu provas na sociedade. Nogueira Leite foi o negociador do PSD com o ministro das Finanças, o objectivo era - e é - cortar nas despesas públicas, sob pena de os mercados agravarem mais a situação económica e prejudicar a vida aos portugueses. Por outro lado, Leite diz não ceder nos impostos e nas medidas de austeridade que o governo subscreveu, mas que no entender do PSD não estão a ser observadas. É aqui que o caminho se bifurca: Leite - e o PSD - de que é conselheiro nacional com a vantagem de ser politicamente independente - não estão dispostos a ceder caso o Governo não altere a sua política de impostos e de tributação dura sobre os portugueses, pois o PSD sabe que o país real está farto de ser tributado, esbulhado por uma máquina fiscal e estatal demasiado acéfala com muita gordura e pouco músculo. O Governo, pelo seu lado, também não pode arriscar no póker dos impostos, pois saberá que caso vá a eleições - tratando-se dum governo minoritário e com grande desgaste - as possibilidades de perder o poder são, neste caso, superiores às verificadas no último acto legislativo. Portanto, temos aqui uma alteração da correlação de forças entre PS e PSD, com aquele mais fraco e à beira de perder o poder pelo odioso do excesso de impostos junto das empresas e das famílias portuguesas, e um PSD mais vigoroso, mais enérgico - e também mais errático - mas, ainda assim, preferível 100 mil vezes ao PSD amorfo de Ferreira leite - que foi um erro acidental e de que não rezará memória. Na prática, Nogueira leite vem agora cobrar a factura a Teixeira dos Santos por em Maio último ter permitido negociar o pacote que aumentou o IVA e o IRS, mas, é bom lembrar, e disso Nogueira Leite não se esqueceu, que essa concessão do PSD ao PS implicaria (que teve imensos custos políticos para Passos Coelho) - no futuro - que hoje é presente - o tal corte na despesa de mil milhões de euros ainda em 2010, cortes que não estão sendo realizados. Tal implica que o Estado não consegue libertar recursos para a economia privada se financiar e internacionalizar e competir lá fora em boas condições de concorrência, o que penaliza a actividade económica nesta pescadinha de rabo-na-boca em que Portugal caiu.
E como desta vez o PSD está convencido de que caso vá a eleições captura o poder, o partido da Lapa não está disposto a - mais uma vez - perder a face e co-adjuvar o governo a viabilizar o OE para 2011. Por isso, não tenho dúvidas de que será o governo a ceder nas negociações que se irão realizar a fim de cumprir os acordos imperfeitos que PS e PSD fizeram, até para evitar - mais uma vez - a humilhação do regresso do FMI entre nós, a mais pura manifestação de incompetência de que não nos sabemos governar. Mal comparado, seria como ter em casa uma mulher linda e pedir ao vizinho - de que até nem apreciamos - que fosse lá a casa fazer o "trabalho" por nós. Etiquetas: impostos, Nogueira Leite, Sócrates, Viabilidade governamental
A dificuldade hoje em Portugal, e amiúde pela Europa, reside no embotamento institucional das nossas sociedades, o que implica uma dificuldade adicional para a esfera política dar forma racional às emoções - que quer os agentes individualmente conduzem na acção do aparelho de Estado, quer as emoções colectivas com o fim de proporcionar a toda a sociedade um adequado curso de acção. Eis o que se verifica hoje em Portugal, uma profunda incapacidade em nos governarmos, num país pequeno, pobre, improdutivo somos capazes de ter a classe política mais inepta de que há memória no burgo. É pena, porque Portugal merecia mais e melhor. Começa a ser um sonho o regresso do FMI - nem que seja para provar que, de facto, não nos deixamos governar - e quando tal sucede governamos mal.
Pai nosso, que estais nos céus,
Santificado seja o Vosso nome.
Venha a nós o Vosso reino.
Seja feita a Vossa vontade,
Assim na terra como no céu.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje.
Perdoai-nos as nossas ofensas
Assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido.
Não nos deixeis cair em tentação,
Mas livrai-nos do mal.
Ámen.Etiquetas: FMI, ingovernabilidade, Portugal merecia melhor
Etiquetas: Eleições ao semestre
O cenário do psicodrama na vida política portuguesa está, gradualmente, a montar-se. Vejamos algumas dessas cenas: 1) o Governo diz que o chumbo do OE para 2011 significa a demissão do governo em funções e, consequentemente, ir a eleições; 2) a oposição, mormente o PSD, que aprovou o PEC, diz que só aprova o OE se não houver subida de impostos que, pela certa, ocorrerá em 2011.
como o director do grupo do seu lado, sendo que a sua função é dupla: facilitar e, simultaneamente, dificultar a vida ao governo para obter dele pequenas concessões a fim de que, no final das negociações, possa aparecer diante da opinião pública com algum trofeu para mostrar aos portugueses. Caso contrário, perderá a face mais uma vez diante do país real (na sequência da ratificação do PEC), o que só adiaria a possibilidade de Passos Coelho vir a ser PM nos próximos anos. Anexos a cada director de representação aparecerão os respectivos egos-auxiliares que sabem de normas constitucionais e cuja missão é contrapor ao Estado liberal de PPCoelho o Estado social de Sócrates. Tudo já se prefigura demasiado previsível neste imenso role-playing à portuguesa. Nós, os quase 11 milhões de tugas, integramos o imenso grupo dos otários que comprou bilhete - através dos nossos impostos - para assistir no 1º balcão a toda esta xarada. Umas vezes seremos convidados a bater palmas pelo Governo se formos simpatizantes do PS, outras vezes seremos instados a bater palmas por PPCoelho seformos simpatizantes do PSD. Outras ainda, não sendo adeptos de uns e de outros, tendemos a denunciar ambos como uma forte e estridente pateada. Tudo me evoca a história duma rapariga que em tempos conheci que teve o azar (ou a "sorte") de ter um câncer que, entretanto, foi debelado. Mas ela foi tão ardilosa no fomento da sua rede de relações sociais - que à boleia desse problema de saúde conseguiu gerar uma tal compaixão no ambiente profissional em que se mexia que daí conseguiu extrair um conjunto de vantagens e de benefícios - de âmbito socioprofissional - que jamais conseguiria se não tivesse essa doença. Há pessoas e instituições (que não deixam de ser manietados por pessoas) que pautam as suas acções orientadas por interesses exclusivamente pessoais, materiais, etc. Esperemos, contudo, que no caso da negociação do OE para 2011 impere aquilo que é o verdadeiro e efectivo interesse nacional de Portugal. Sem manhosices e condutas capciosas... Etiquetas: psicodrama do orçamento de Estado para 2011
Frank Sinatra & Tom Jobim - Garota de Ipanema (HD) Baby Consuelo - Menino Do Rio
Etiquetas: Baby Consuelo - Menino Do Rio, Joao Gilberto - Garota de Ipanema (junto a Tom Jobim)
Etiquetas: António Vitorino, Pedro Passos Coelho e a sua revisão constitucional