quarta-feira

Lula e a "legalidade" amiga de Dilma - prestes a ser destituída -


- Em Portugal, quando um/a ministro/a - no exercício das suas funções - beneficia uma financeira, uma empresa ou um grupo delas é convidada para integrar o seu "board" ou concelho de administração, onde dá uns bitaites duas vezes per week e leva para casa 10 mil €uros mês; ou servindo-se do Estado e envolto em negócios obscuros na aquisição de submarinos, que na Alemanha levou à prisão alguns corruptos envolvidos nesse negócio de luvas que envolveu o BES de Ricardo Salgado, é igualmente convidado a trabalhar nas empresas do sector, com isto relevando o conúbio de interesses entre Estado e empresas - que ligam interesses corporativos para tramar o interesse comum das populações. 
- Lula devia explicar algum do seu património e não ser convidado para ministro, circunstância em que irá intervir directamente no processo legislativo, além de gozar de imunidade política (de que hoje não dispõe e de que precisa como de pão para a boca!!); em Portugal alguns dos players que hoje se passeiam na esfera pública e choram lágrimas de corcodilo nos congressos também deviam explicar inúmeros aspectos da sua ruinosa governação no sector da Defesa - e não serem promovidos para lugares de gestão de topo nos concelhos de administração de grandes empresas, que agora lhes pagam os favores que prestaram enquanto aqueles mesmos agentes públicos estavam - alegadamente - ao serviço do Estado e do bem comum. 
- A política, como diria o nosso Rafael Bordalo Pinheiro, é uma grande porca... 
- Vivemos hoje, um pouco por todo o mundo, um processo progressivo de legalização da corrupção, e esse branqueamento não só secundariza a Justiça como dá uma indicação clara ao povo que há duas justiças: uma para políticos corruptos, que escapam às malhas da justiça; e outra para aqueles que não têm acesso aos esquemas de branqueamento que lhes permitem escapar às malhar da lei e, por essa razão, acabam por ser os bodes expiatórios daqueles. 


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terça-feira

De Notário a Arquivador: o sr. Silva é tudo nesta miserável República

De Notário a  Arquivador do regime...


- O sr. Silva será o coveiro desta III República, que definha!!!

O sr.Silva, ainda locatário de Belém, ficou conhecido na sua "alta seriedade" por aconselhar (vivamente) os portugueses - no Verão de 2014 - a investirem de forma segura nas aplicações financeiras do banco do seu amigo Ricardo Salgado (BES), que lhe financiou todas as campanhas eleitorais. O resultado foi o que se viu: os clientes acreditaram no sr. Silva, o Notário do BES - e estamparam-se contra uma muralha de vigaristas encartados, protegidos pelo sigilo bancário e o medo da classe política em mandar para a cadeia o pai dessa mega-fraude: Ricardo Salgado..., que ainda anda por aí..


Agora, Cavaco abandona o seu papel de Notário para colocar outra máscara: a de 
Arquivador da petição que reclama, legitimamente, a destituição do alegado PM, pelos motivos bem conhecidos. 

Cavaco precisa de Passos de modo a que este o ajude a terminar o seu mandato presidencial com alguma dignidade presidencial; e Passos precisa de Aníbal para continuar a vegetar no Palácio de S. Bento, ante o descrédito da Nação - que passou a desprezar - pessoal e políticamente - ambos os personagens, agora no papel de Notário e Arquivador - dum PM que passou à condição de INOMINADO

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Cavaco Silva arquiva petição que pede demissão de Passos Coelho, link


Cavaco Silva arquiva petição que pede demissão de Passos Coelho
Fotografia © José Coelho/Lusa

Presidente da República determinou o arquivamento da petição com mais de 19.000 assinaturas "em face do conteúdo".[...]
O Presidente da República, Cavaco Silva, decidiu determinar o arquivamento da petição que pede a demissão do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, informou hoje fonte oficial de Belém.
No passado domingo, a petição pela demissão do Passos Coelho, com mais de 19.000 assinaturas, foi entregue nos serviços da Presidência da República.
(..)
A petição tem por base a polémica acerca da carreira contributiva do primeiro-ministro, intitula-se "Demissão imediata do Primeiro-Ministro Pedro Passos Coelho" e cita vários artigos da Constituição da República Portuguesa, para justificar o seu objetivo.

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quinta-feira

Miguel Frasquilho aderiu à doutrina Bava vis-à-vis BES

Da escola de Ricardo Salgado...


O internacionalizado Miguel Frasquilho, hoje na AICEP, e alto quadro do BES, também resolveu aderir à famosa doutrina Bava, assente no triplo pressuposto: não leio jornais, não me lembro e não tenho consciência...


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Inquérito BES: Frasquilho garante que nunca soube de problemas no GES, TSF


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quarta-feira

Declarações fantasmas do sr. Silva

Nota prévia: Declarações FANTASMAS:

- Em matéria de BPN, BES e Grécia - o sr. Silva tende a misturar "alhos com bugalhos" e a fazer grandes concessões à mentira, à perfídia, ao interesse próprio em nome duma carreira feita à custa do Estado - de tudo resultando uma congénita falta de seriedade.
- De facto, os portugueses mereciam melhor. Muito melhor!!!
- Pior do que isto, só isto em versão reincidente, ou seja, em versão cavaco.
- Os contributos - modestos - de Portugal para o "bolo" comunitário (e para a Grécia em particular!!) resultam do seu magro PIB e da sua população, cada vez menor por força da emigração compulsiva pressionada pelo incompetente XIX Governo (in)Constitucional - activamente apoiado pelo ainda locatário de Belém. 

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Cavaco diz que Portugal é um dos países que fez e fará maiores doações à Grécia

(...)

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segunda-feira

Voto de não-confiança - por Vasco Pulido Valente -

in Público

Obs: O analista diz em voz alta o que Portugal inteiro pensa hoje do (ainda) locatário de Belém, um dos maiores erros de casting da vida pública do Portugal pós-Abril/74. 


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sábado

Narrativas Psicóticas acerca da Denegação da Realidade:


Cavaco Silva irritado recusa mais esclarecimentos sobre o BES

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Narrativas Psicóticas acerca da Denegação da Realidade:

- Quem viu e ouviu as declarações do sujeito acerca do BES (no decurso de 2014), em que o mais alto magistrado da nação RECOMENDOU ao mundo o banco falido do seu velho amigo Ricardo - e compulsa hoje as ditas declarações com esta fuga para à frente - só pode concluir que o sr. Silva tem um grave problema com a realidade. 

- Cavaco foi o notário que certificou o BES e as suas aplicações financeiras na opinião pública, na vã esperança de salvar o banco falido e corrupto do amigo, mas o efeito (na sociedade e na economia) foi perverso e permitiu que milhares de clientes - particulares e institucionais - fossem literalmente esbulhados nas suas poupanças. As quais serviram para pagar luvas ao negócio fraudulento da aquisição dos submarinos aos alemães, entre outras coisas. Parece que Salgado também reconheceu uma reunião com Paulinho Portas...

- A esta luz, cavaco foi cúmplice das "jogadas" fraudulentas do BES e a partir de 2016, já com cavaco fora de Belém, veremos se a questão do ex-BPN e também o velho problema da Tecnoforma - não serão os temas (reeditados) mais quentes da agenda da Justiça - que esta terá de tratar, exactamente com o mesmíssimo método com que a dita justiça meteu Sócrates na cadeia, i.é, sem "lei nem roque".

- Portugal não mudou muito desde o tempo do Marquês de Pombal, o que mudaram foram os protagonistas, os adereços e a face das cidades.

- A natureza e a condição humana, essa(s) continua(m) a ser as mesmas miseráveis de sempre. 

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sexta-feira

O comissário

O empresário Pedro Queiroz Pereira foi ontem à comissão parlamentar de inquérito ao BES/GES e acrescentou uma informação relevante. Disse ele: o Banco Espírito Santo foi, desde o início, um projeto construído sobre dívida e mais dívida, já que o capital dos investidores era escasso para a escala ambicionada. Os últimos anos, os anos da crise financeira mundial, expuseram esta fragilidade inicial, que a má gestão - e talvez mais... - agravou numa descontrolada fuga para a frente que tinha nas empresas do GES um formidável sorvedouro de recursos. A partir de certa altura, deixou de ser possível alimentar este carrossel. Não só o mercado de dívida secou como deixou de ser possível ocultar os buracos cada vez mais fundos. A pressão fiscalizadora do Banco de Portugal - estimulada pelo BCE - fechou de vez as saídas aos Espírito Santo e ao líder, Ricardo Salgado, obrigando-os a encarar a realidade. Não havia mais dinheiro nem tolerância dos reguladores - nem sequer apoio do governo - para tapar os esquemas, e foi isso que fez desabar o grupo inteiro em seis meses. O que Salgado e Ricciardi fizeram na terça-feira não foi explicar este percurso sinuoso. Cada um à sua maneira confirmou o que já saíra nos jornais. Isto é, contaram o que aconteceu desde outubro de 2013 até agosto de 2014 e como cada um deles geriu a crise e procurou salvar a pele quando já tudo ardia. Mas não é neste período que serão descobertos os eventuais crimes financeiros. Será preciso recuar no tempo, verificar negócio a negócio, operação a operação, para então, sim, apanhar o enredo ou parte dele. As próximas audições deveriam, portanto, ser mais específicas, mais técnicas, deveriam ser uma autópsia financeira. Talvez o famoso commissaire aux comptes seja a faca capaz de descascar a cebola. Os deputados que se preparem para o interrogar com datas e números bem estudados. Até os silêncios podem ser reveladores. O resto fica para os tribunais aprofundarem.

por André macedo

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quarta-feira

Ricciardi diz-se surpreendido que a "culpa seja do contabilista" quando a liderança de Salgado era "centralizadora"


Ricciardi diz-se surpreendido que a "culpa seja do contabilista" quando a liderança de Salgado era "centralizadora"

Presidente do BESI seguiu-se ao primo Ricardo Salgado na comissão parlamentar de inquérito ao caso BES, link


Ricciardi diz-se surpreendido que a 'culpa seja do contabilista' quando a liderança de Salgado era 'centralizadora'
"A liderança [de Ricardo Salgado] era centralizadora e indiscutível, não havia nada que não
passasse pelo líder. Agora fico muito surpreendido que ninguém soubesse de nada e que a 
culpa seja do contabilista", disse José Maria Ricciardi ao início da noite desta terça-feira, na
comissão parlamentar de inquérito ao caso BES.
Ricciardi, em resposta ao deputado do PS Filipe Neto Brandão, prosseguiu dizendo que "esta
ideia de descentralização é um pouco estranha, pois todos sabem da concentração de poder
que havia no BES". "Agora no BES ninguém sabia de nada e a culpa era do contabilista... 
deixo para vós a conclusão", afirmou Ricciardi.
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Obs: Digamos que a conclusão já está firmada há muito, mas the show
must go on para evitar que o ex-DDT conheça o sol aos quadradinhos...
Em suma: em Portugal pode-se mandar para a cadeia políticos
alegadamente corruptos, mas nunca banqueiros estruturalmente
corruptos que, com base no dinheiro e numa teia de
influências complexa, corromperam o regime político em Portugal
desde 1990 até ao presente. Salgado, sem revelar qualquer 
arrependimento, é a face mais negra dessa degradação pública e do
funcionamento das nossas instituições.  
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segunda-feira

Pedro Passos Coelho e José Maria Ricciardi: à COTOVELADA


Pedro Passos Coelho e José Maria Ricciardi estiveram juntos em público, pela primeira vez, desde o escândalo do BES

Imagem picada aqui
Pedro Passos Coelho e José Maria Ricciardi estiveram juntos em público, pela primeira vez, desde o escândalo do BES /  Luís Forra/Lusa

Os psicólogos defendem que uma das razões pelas quais os adolescentes começam a fumar é porque, nos intervalos das aulas, não sabem como ocupar as mãos  e o recurso ao cigarro é um eficiente meio para preencher esse vazio de comunicação, especialmente numa idade em que os jovens procuram afirmar-se na relação com os colegas, perante a sociedade e no quadro das instituições com que, crescentemente, têm de interagir. 

Sucede, porém, que na imagem supra o que vemos já não são dois adolescentes em luta por afirmação e protagonismo no recreio do liceu, pois um, o da esquerda, é o alegado PM de Portugal, o qual se tem revelado um tremendo erro de casting; o player da direita, que se autoproclama um destemido, é um banqueiro do GES que viu afundar o ex-BES do primo, seguramente com a agravante de conhecer por dentro muitos dos erros, gestão danosa, participação económica em negócio a par de mais uma dezena de crimes económicos lesivos do erário público e nada disse à República, nem nada participou às suas instâncias judiciais no sentido de observar a lei e de acautelar os legítimos interesses dos pequenos e médios accionistas e clientes em geral do ex-BES. 

No fórum empresarial do Algarve, contexto em que este encontro ocorreu, o que vemos?

Vemos um PM a oferecer resistência física (dissimulada) com o cotovelo à tentativa de abraço por parte do banqueiro, que força, sem sucesso, o desejado abraço largo e fraterno a que Eça, epistolarmente, inúmeras vezes aludia. 

Assim sendo, e se interpreto bem aquela resistência física do PM, será legítimo perguntar a que se deve, por um lado, o desejo de Ricciardi em querer abraçar publica e afectuosamente Passos Coelho; e, por outro lado, como se explica o desejo de Coelho em querer manter as distâncias de um banqueiro que, no passado recente, lhe telefonara a propósito da alegada obtenção de informação privilegiada no caso das privatizações da REN e da EDP, ou seja, em processos que envolvem alegado tráfico de influências que são objecto de investigação por parte do MP. 

Por outro lado, Passos Coelho quando é surpreendido pelas mais diversas circunstâncias apresenta uma característica que acaba por o denunciar e, assim, deixar numa situação vulnerável: cora, cora muito. Parece um mega-tomate de Almeirim. Ou uma tonelada deles. E como é muito branquinho, embora não tão branquinho quanto uma alforreca, Portugal inteiro fica imediatamente a saber quando o ainda PM é apanhado em contra-mão, o que prenuncia algo ainda mais estranho e que se verte na seguinte questão: será que o seu staff assessorial não o informou que na sua mesa de jantar estaria o referido banqueiro?!

Minudências à parte, uma coisa é certa: quando Passos Coelho está comprometido com a verdade revela-se incapaz de olhar as pessoas de frente, joga, sim, o olhar para o chão como quem pede desculpa por erros que cometeu mas que nunca quis (ou quer) assumir. 

Tamanha obstinação tem penalizado a relação dos portugueses com a economia, cujo tecido produtivo Passos Coelho se tem encarregado de destruir, e, por outro lado, o locatário de S. Bento revela ainda uma incapacidade gritante de lidar, com seriedade, com os vários sectores da economia e da banca. Embora este último sector seja nevrálgico e da maior importante para os dirigentes políticos no activo...

Pedro Passos Coelho sabe que amanhã, no quadro de futuras eleições legislativas, se o governo não cair antes, será corrido ao pontapé por parte do eleitorado. O que significa ficar literalmente desempregado. Não podendo já regressar à Tecnoforma nem à Ong onde supostamente apenas recebeu honorários a título de "despesas de representação", nem se afigura previsível que volte a ser empregado do seu ex-mentor, o eloquente Ângelo Correia da Fomentinvest, o que é expectável é que Pedro Passos Coelho seja, num futuro próximo, recrutado por um qualquer banqueiro, à semelhança de Luís Amado (ex-MNE de Sócrates), para o board de um banco; ou por uma grande Construtora - que desenvolveu o culto de recrutar ex-ministros das Obras Públicas (ex. Jorge Coelho) e agora também autarcas, como luís Filipe meneses.

Esta possibilidade, como alternativa realista ao futuro desemprego a prazo, poderá explicar a razão pela qual o PM não quis abraçar o banqueiro, poupando-se publicamente ao efeito de associação negativo de tudo o que seja oriundo do GES/BES e, por outro lado, não levou longe demais essa resistência porque sabe, antecipadamente, que amanhã pode muito bem ser Ricciardi o seu novo patrão...

Talvez essa dependência psicológica, representada por cada cm do conjunto da gestualidade de Passos Coelho, explique por que razão os políticos portugueses dependem tanto dos banqueiros, especialmente quando perdem eleições e ficam literalmente desempregados. 

E enquanto esta dependência da política - e dos políticos - se verificar relativamente à alta finança - e aos banqueiros (ou alguns deles) - será lícito concluir que algo fede neste nosso Reino da Dinamarca... 

Talvez seja por isso que Passos Coelho cora tanto quando é confrontado com situações que evidenciam a sua dependência e fragilidade. 

Se assim for, e os argumentos aduzidos encontrarem correspondência nos factos, pode dizer-se que esta imagem pesa toneladas, por isso esmaga a própria realidade.

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terça-feira

Marcelo integra o banco-bom...




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domingo

Deviam estar todos presos - por Nicolau Santos -



Se não, vejamos. Depois de ter sido proibido pela Banco de Portugal de continuar a conceder novos créditos ao Grupo Espírito Santo a partir de Janeiro deste ano, o BES continuou a fazê-lo – e, segundo as indicações, fê-lo no montante de 1,2 mil milhões de euros. E das duas uma: ou fê-lo com conhecimento de toda a administração, que sabia da proibição do Banco de Portugal; ou fê-lo por decisão de apenas duas pessoas – Ricardo Salgado e Amílcar Morais Pires. No primeiro caso, todos deviam estar já presos; no segundo, os dois deviam estar detidos. Para além de desobedecerem ao banco central, lesaram gravemente o património do banco, sabendo conscientemente que o estavam a fazer. Quanto aos outros membros do conselho de administração, se não foram coniventes, foram pelo menos incompetentes. Tinham responsabilidades em várias áreas de controlo da actividade do banco e ou não deram por nada ou, se deram, não fizeram nada. Por isso, fez muito bem o Banco de Portugal em afastar Joaquim Goes, António Souto e Rui Silveira..

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Obs: Medite-se nesta evidência e tente-se compreender a razão pela qual a lei não se aplica aos prevaricadores.

Que papel têm nesta xarada os polícias do mercado: BdP e CMVM?!

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segunda-feira

A lógica do Absurdo na política à portuguesa



Não deixa de ser absurdo ver a líder do partido político com menor representatividade política no Parlamento, o BE, assumir ela (Catarina Martins) o papel de Primeiro Ministro de Portugal perante a crise grave que afecta o GES/BES e, através dele, boa parte do sistema financeiro, económico, social e político português. 

Ficámos a saber que, doravante, o Governador do BdP já interiorizou a fraude no BES que antes ocultava, e descobriu, também extemporaneamente, que há offshores que lesam a economia nacional. 

A noção de traição na mente de Carlos Costa, que manifestamente não está à altura dos desafios, é igualmente problemática. A sua credibilidade como REGULADOR do BdP é equivalente à de Ricardo Salgado como banqueiro.

É a todo este quadro de desconfiança, fraude, cumplicidades e conivências, crimes de colarinho-branco que integram a tal lógica do ABSURDO, que hoje minam a confiança dos clientes nas instituições financeiras em Portugal, com particular incidência neste "Novo Banco" - que é já um nado-morto. 

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Incógnito...







Ainda que mal pergunte: alguém viu por aí o alegado PM?!

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sábado

BES será mais um caso de Polícia - como BPN - mas em larga escala

ECONOMIA
Lágrimas ao revelar que BES financiou GES com dinheiro dos clientes

A diretora do departamento de mercados financeiros do Banco Espírito Santo explicou, na semana passada, a “engenharia financeira” quer permitiu ao BES colocar os seus clientes a financiarem o Grupo Espírito Santo sem que os mesmos soubessem e contra todas as indicações do Banco de Portugal.
Segundo explica hoje o Expresso, Isabel Almeida revelou, em lágrimas, como tudo se processou.
Através da emissão de obrigações oriundas de Londres, Panamá e Luxemburgo e utilizando uma holding na Suíça (Eurofin), o BES usou o dinheiro de clientes para financiar o GES e as suas holdings.
Esta prática, escreve o Expresso, foi contra as indicações do Banco de Portugal e produziram um lucro fictício, que não existia. Este falso lucro acabou por se transformar em (mais um) prejuízo para o BES.
O leque de crimes cometidos dentro da instituição bancária agora liderada por Vítor Bento implica falsificação de documentos, gestão danosa e até favorecimento de credores.
O caso segue para o Ministério Público.

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Obs: Não é necessário ser expert em contabilidades criativas para perceber que há muito que os capitais dos pequenos, médios e grandes aforradores, particulares e algumas empresas e institucionais, estavam sendo utilizados indevidamente sem o conhecimento e/ou anuência daqueles para financiar os "buracos" das empresas participadas do GES. Tudo feito, certamente, com o conhecimento directo e pessoal de Ricardo Salgado e dos seus colaboradores mais directos. 

A esta luz, talvez com mais sofisticação na engenharia financeira, o BES replica as fraudes do BPP e BPN.

Perante este mega-caso de Polícia só há que apurar o montante dos prejuízos causados aos clientes e pagar-lhes com os devidos e juros de mora e investigar as práticas de índole criminal que conduziram a esta mega-fraude e meter essa gente na cadeia. Até para prevenir práticas futuras semelhantes. 

Veremos como arranca a investigação, como se desenvolvem as inquirições aos autores morais e materiais de tais crimes e como se instruem os processos pelo MP e se actua em conformidade com a lei. 

A justiça estará hoje confrontada com o maior teste à sua competência e eficácia. 

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quinta-feira

O valor das acções do BES...

Desconheço, a avaliar pela hecatombe bolsista das acções do BES, se a esta hora - ou à hora dos mercados (que são sempre caprichosos) já estão a oferecer as ditas acções - pedindo encarecidamente aos seus tomadores para ficarem com elas em carteira mais de uma semana. 

Talvez ainda não tenha acontecido, mas poderá vir a acontecer. 




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segunda-feira

BES compromete “ambições presidenciais” de Marcelo, diz Pais do Amaral

Miguel Pais do Amaral defende que a ligação de Marcelo Rebelo de Sousa ao BES “não pode ser maior e, como tal, as ambições presidenciais não podem ser mais afetadas”.
“O impacto político desta situação poderá ser muito relevante. Todos sabem ainda que a companheira do putativo candidato presidencial é administradora no grupo BES e que o seu filho é funcionário da PT”, afirmou o empresário, em entrevista sábado ao Dinheiro Vivo, acrescentando que “ele e a sua companheira eram os melhores amigos do casal Salgado. Viajavam juntos, passavam férias juntos”.
“Neste caso, diz-me quem são os teus amigos, dir-te-ei quem és”, disse Pais do Amaral, insistindo que “obviamente que uma pessoa que é a melhor amiga de alguém, se esse alguém não sair bem, não tem quaisquer condições para ser candidato presidencial, nem para alimentar essa candidatura”.
Lembra ainda o caso Madoff nos EUA em que, quando este foi preso, os “políticos amigos mudaram de carreira, não tinham qualquer hipótese de continuar a exercer a política, porque eram amigos de alguém que tinha feito coisas que não devia”.
O empresário acrescenta que os impactos políticos podem sentir-se tanto nas presidenciais, como nas legislativas. “Sabe-se que há alguns ministros que eram muito próximos do presidente da comissão executiva do BES [liderada até há uma semana por Ricardo Salgado] e essa proximidade poderá ser negativa”, disse, sem apontar nomes.
Há cerca de uma semana, João Rendeiro, o banqueiro acusado de burla qualificada aos antigos clientes da Privado Holding, tinha escrito no seu blog que Marcelo Rebelo de Sousa “é um dos danos colaterais da pesada queda de Ricardo Salgado”. Comentando a entrevista de Santana Lopes ao Expresso, em que admite candidatar-se às eleições presidenciais, disse que o ex-primeiro-ministro “percebeu imediatamente que as fortes relações pessoais de Marcelo com o BES e Ricardo Salgado são mortais para qualquer hipótese de candidatura presidencial”.
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Obs: MRS é o que é graças a ele próprio e a mais ninguém. Tem competência como académico, como eminente jurisconsulto, é considerado o príncipe dos analistas políticos nacionais e como agente político já granjeou algum sucesso no PSD, ainda que tenha caído em resultado duma coligação contra-natura com o CDS de Paulinho Portas, que não hesita em trair a confiança de alguém - se esse alguém não servir os seus intentos e a sua desmesurada ambição pessoal. Uma ambição que tem lesado os interesses da República.  
Afirmar que a eventual candidatura de MRS a Belém era condicionada pela banca e, em concreto, pelo banqueiro agora caído em desgraça - parece-me excessivo, além de apoucar as qualidades e virtudes que o ex-Presidente do PSD inequivocamente tem. Não sei se era esse o objectivo da opinião supra-referida.
Entre Marcelo e Santana lopes há uma distância que vai do Guincho à China. O banqueiro até pode passar uma década no Estabelecimento Prisional de Campolide (o que será tão verosímil como a estátua do Marquês de Pombal fazer break dance na Av. da Liberdade) e Marcelo ser, neste momento e na área do centro-direita, o melhor candidato para Belém. 
Se MRS é amigo do banqueiro - só lhe fica bem não terraplanar essa relação num momento em que o amigo caiu em desgraça, pois as pessoas que votaram, votam ou irão votar no candidato MRS nunca o fizeram em relação ou por referência às suas amizades pessoais. Se assim fosse, Cavaco há muito já teria sido destituído das funções presidenciais, pois ter Oliveira e Costa e Dias Loureiro, só para citar dois banqueiros encartados em offshores, no seu inner circle, a ajuizar pelo raciocínio ligeiro de pais do Amaral -  tal representaria uma catástrofe política. 
Sucede, porém, que Cavaco, consabidamente, ainda é, com custos é certo, o locatário do Palácio Rosa. 
Admitindo que MRS assuma o desafio de se candidatar a Belém nessas circunstâncias - terá também de considerar a possibilidade de perder para Guterres, caso seja este o candidato do centro-esquerda. 

Mas este será sempre um resultado provável independentemente das amizades do putativo candidato. 
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quarta-feira

São já 23 as demissões no Grupo Espírito Santo

  • DA SÉRIE: CASTELO DE CARTAS (FORA DO BARALHO)

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São já 23 as demissões no Grupo Espírito Santo


As renúncias têm-se sucedido, acompanhando o agravamento da crise no grupo. A Espírito Santo International lidera, com 12 demissões, seguida da Espírito Santo Financial Group, com seis
José Manuel Pinheiro Espírito Santo (sentado à esquerda na foto) e Ricardo Salgado saíram da administração do BES e são nomes em destaque nas demissões no Grupo Espírito Santo


Com a escalada da crise no Grupo Espírito Santo (GES), as renúncias de administradores do grupo têm-se sucedido nos últimos meses. Desde março, contam-se já em 23 as demissões, segundo o Expresso conseguiu apurar, repartidas entre o Banco Espírito Santo (BES), a Espírito Santo Financial Group (holding que agrega os ativos financeiros), a Espírito Santo International (uma das holdings de topo do grupo, com sede no Luxemburgo) e a Espírito Santo Control (outra das holdings de topo do grupo).

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Obs: O BES qualquer dia é um fantasma de si próprio. É, simultaneamente, um BPN+BPP+BCP juntos. Personifica a podridão do regime.

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segunda-feira

Cavaco e o BES. Um tratamento privilegiado



O PR, Cavaco Silva, não hesitou, mesmo a milhares de kilómetros de distância e reportando da Coreia do Sul, passar um certificado de qualidade ao BES, dizendo que está a salvo dos problema do GES e até elogiou a actuação do governador do BdP no caso.

De facto, relativamente ao caso BPN, que foi até ao momento a maior fraude do século XX-XXI e é objectivamente um caso de polícia, Cavaco demarcou-se sempre de tecer quaisquer comentários sobre o banco criado por Oliveira e Costa, seu ex-secretário de Estado (e pelo seu inner circle), procurando até poupar e/ou salvaguardar até às últimas o papel daqueles, como Dias Loureiro (à época Conselheiro de Estado), tiveram importante acção naquela mega-fraude do século e foram e são profundamente lesivas do erário público. 

Perante as dificuldades do BES, Cavaco não se coíbe de assumir o papel de "notário" e certificar e recomendar o BES. 

Será que esta falta de equidade no tratamento de instituições financeiras remete para o facto de, num caso, o PR ter tido acções e as ter vendido out of market e, noutro, aparentemente, nada ter que ver com o banco dirigido por Ricardo Salgado?!

A que se deve, afinal, esta DISCRICIONARIDADE no tratamento que Cavaco Silva concede às instituições financeiras em Portugal?

Não podemos crer que essa desigualdade de tratamento decorre apenas de a pessoa em questão ser ou não titular de acções dos bancos ou manter com eles qualquer tipo de envolvimento.


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domingo

Só Marcelo consegue ver e dizer coisas indizíveis na crise do GES-BES

DUPLO ESQUECIMENTO:


- Marcelo "historiou" (à sua maneira, é claro) a crise no GES-BES, mas esqueceu-se de revelar a conduta recalcitrante do seu amigo Ricardo relativamente ao deliberado esquecimento de declaração de impostos; a forma como as empresas do Grupo se emprestavam dinheiro entre si (dinheiro dos clientes - particulares e empresas - sem o conhecimento e/ou consentimento destes); e, acima de tudo, o que esteve na origem do estranho empréstimo de quase 900 ME da PT ao BES, pela mão amiga de Granadeiro.

Marcelo, como eficiente ilusionista que é, só conta uma parte da história, poupando literalmente o seu amigo de sempre, Ricardo Salgado; a parte restante, deixa que seja o espectador do circo a adivinhar neste jogo do "gato e do rato", e sem que se perceba os "fundamentos" das declarações do Governador do BdP relativamente à tranquilidade dos capitais do BES, sendo que, ao mesmo tempo, a nova administração - liderada por Vítor Bento - não descarta a possibilidade de mandar fazer uma auditoria verdadeiramente independente à situação do Grupo e do BES.

Nesse caso, qual a CREDIBILIDADE das declarações de Carlos Costa?!

Numa palavra: algumas considerações de Marcelo acerca da amizade ao banqueiro devem ser entendidas com a mesma credibilidade patente nas declarações do governador do BdP, Carlos Costa - que apenas têm o fito de fazer subir o valor das acções cotadas em bolsa, ou, no limite, impedir abruptamente a sua queda. 

Vivemos, pois, num verdadeiro labirinto digno de uma cena à David Copperfield.  

Só que neste caso, são os desgraçados dos depositantes, particulares e empresas, que ficam pendurados, porque o BES não lhes devolve os capitais aplicados. 

Perante tanto ilusionismo (leia-se, deliberadas omissões), pergunto-me se amanhã Marcelo será capaz de fazer desaparecer, simultaneamente, o Presidente da República e o alegado PM?!

Aquele deixa vago o lugar que o Conselheiro de Estado cobiça; e este, constitui o principal obstáculo que permite ao analista beneficiar do apoio do partido da Lapa na corrida a Belém - contra Guterres. 

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quinta-feira

O Grupo Espírito Santo é o regime - a sua crise é a crise do regime

  • Imagem picada no rizoma
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A ideia de que o Banco de Portugal teve um comportamento exemplar - ao contrário do que se tinha passado com o anterior governador, Vítor Constâncio, relativamente ao BPN - é uma teoria que resiste tão bem aos testes de stresse como resistiu o BES durante estes anos de avaliações europeias. Em Fevereiro de 2013 - há quase ano e meio -, depois de o inoticiar o esquecimento de 8,5 milhões na declaração de impostos de Ricardo Salgado, o Banco de Portugal trata de produzir um raro comunicado em que declara toda a sua confiança em Ricardo Salgado. Sim, o Banco de Portugal tinha pedido "explicações", mas depois disso ficou muito satisfeito. Naquela peça não tão antiga assim, o governador afiança que "as informações recolhidas pelo banco não fundamentam as suspeitas lançadas pela comunicação social".

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Obs: Um dos lemas de Ricardo salgado, o ex-DDT (Dono Disto Tudo) era o de que, à semelhança das rameiras, tinha que estar sempre bem com o Poder. Bem ou mal, estaria sempre com quem mandasse, à direita ou à esquerda. Foi assim durante décadas a fio. E daqui nasceu a profunda promiscuidade da finança com as elites políticas - cuja compra de poder e de influência aquela instituição comprava. 

Tratava-se, no fundo, de tornar o universo de interesses GES-BES num mundo inteiramente previsível, facilitado, comprando decisões conformes aqueles interesses, mesmo as mais difíceis. Ora, isto é pura corrupção. 

Era a mão no Poder, e o Poder na mão. Mais do que um jogo de palavras, tratava-se de um facto material para a vida da instituição financeira, um lema de vida, enfim, a lei de ferro de Ricardo Salgado.

Depois, conviria saber, com rigor e precisão, se os fundamentos da decisão do actual Governador do BdP, Carlos Costa, quando declarou a sua (do BdP) confiança no banqueiro - tinham consistência nessa nova auditoria financeira independente ao grupo, ou se se trataria de mais um favor pessoal do actual governador do BdP, C.Costa, ao Sr. ex-DDT - que hoje se afigura a maior erva daninha do sistema financeiro, económico e político da República, dado que as ramificações do GES e do BES estão infiltradas em todos os domínios de decisão da sociedade portuguesa.

Só uma investigação verdadeiramente independente poderia apurar a boa fé de Carlos costa, ou determinar se ele também integra essa rede alargada de Omertá à siciliana que está sendo desocultada hoje na sociedade portuguesa e que tem ressonâncias e consequências abroad - e rebaixam os ratings da República.

Ou seja, este já não é um problema do GES/BES, mas de Portugal e dos portugueses no seu conjunto. E como tal deve ser tratado pelas autoridades judiciais e criminais do País.

Custe o que custar, doa a quem doer...

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