domingo

Só Marcelo consegue ver e dizer coisas indizíveis na crise do GES-BES

DUPLO ESQUECIMENTO:


- Marcelo "historiou" (à sua maneira, é claro) a crise no GES-BES, mas esqueceu-se de revelar a conduta recalcitrante do seu amigo Ricardo relativamente ao deliberado esquecimento de declaração de impostos; a forma como as empresas do Grupo se emprestavam dinheiro entre si (dinheiro dos clientes - particulares e empresas - sem o conhecimento e/ou consentimento destes); e, acima de tudo, o que esteve na origem do estranho empréstimo de quase 900 ME da PT ao BES, pela mão amiga de Granadeiro.

Marcelo, como eficiente ilusionista que é, só conta uma parte da história, poupando literalmente o seu amigo de sempre, Ricardo Salgado; a parte restante, deixa que seja o espectador do circo a adivinhar neste jogo do "gato e do rato", e sem que se perceba os "fundamentos" das declarações do Governador do BdP relativamente à tranquilidade dos capitais do BES, sendo que, ao mesmo tempo, a nova administração - liderada por Vítor Bento - não descarta a possibilidade de mandar fazer uma auditoria verdadeiramente independente à situação do Grupo e do BES.

Nesse caso, qual a CREDIBILIDADE das declarações de Carlos Costa?!

Numa palavra: algumas considerações de Marcelo acerca da amizade ao banqueiro devem ser entendidas com a mesma credibilidade patente nas declarações do governador do BdP, Carlos Costa - que apenas têm o fito de fazer subir o valor das acções cotadas em bolsa, ou, no limite, impedir abruptamente a sua queda. 

Vivemos, pois, num verdadeiro labirinto digno de uma cena à David Copperfield.  

Só que neste caso, são os desgraçados dos depositantes, particulares e empresas, que ficam pendurados, porque o BES não lhes devolve os capitais aplicados. 

Perante tanto ilusionismo (leia-se, deliberadas omissões), pergunto-me se amanhã Marcelo será capaz de fazer desaparecer, simultaneamente, o Presidente da República e o alegado PM?!

Aquele deixa vago o lugar que o Conselheiro de Estado cobiça; e este, constitui o principal obstáculo que permite ao analista beneficiar do apoio do partido da Lapa na corrida a Belém - contra Guterres. 

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