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Costa abre porta a alianças com o PSD se Passos Coelho sair. Costa não deve ser o "alfaiate" de nenhum partido político em Portugal


António Costa abre a porta a alianças com o PSD se Passos Coelho sair, Link


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Obs: Por uma questão de princípio o líder (ou o candidato a líder de um partido), como é o caso de António Costa - e actual edil na CML - não deve imiscuir-se na liderança e gestão interna dos outros partidos, quaisquer que eles sejam.

Isso cabe ao eleitorado do psd e aos candidatos que se apresentem à sua liderança nos congressos para o efeito, não compete a A.Costa definir a sua estratégia de alianças por relação a factos, factores e variáveis que não dependem de si e, pela natureza das coisas, escapam completamente ao seu controlo. 

A menos que AC pretenda alicerçar a sua campanha interna (contra Seguro) na base de um renovado PSD, ou seja, ajudando a criar um "fatinho" à medida do edil da capital de molde a que o mesmo possa ser vestido por Rui Rio, o que, a ser verdade, ainda seria pior a emenda que o soneto. 

Nesta conformidade, A. Costa não deve ser o "alfaiate" do PSD, nem de nenhuma outra liderança de partido do sistema político com representação parlamentar.

Compreende-se que Costa queira punir a dupla Coelho & Portas por nos terem desgraçado, debilitando todos os indicadores socioeconómicos em Portugal, desde 2011. Todavia, é com alguma dificuldade que vejo A. Costa, que é um homem estruturalmente inteligente, fundar a sua estratégia de coligações nas legislativas com base numa ingerência na vida partidária doutro partido, e, ao mesmo tempo, afirmando no espaço público quem são os seus interlocutores predilectos na oposição. 

Se Seguro sabe disto ainda caricatura Costa por esta irracionalidade política, até porque ninguém tem a certeza de que com Rui Rio na liderança do PSD Portugal - e os portugueses - não estariam hoje piores. Pois não se conhece uma única ideia para Portugal a Rio...

Creio que isto não é pensar Política nem fazer Política, é, no mínimo, pedir a um partido da oposição que meta na sua liderança um líder à medida, e isto não é muito diverso daquilo que o mesmo PS - e a generalidade dos portugueses de bem têm criticado Passos Coelho - quando este pretende antecipar do Tribunal Constitucional quais são as medidas que este não vetará em ordem a que o Governo legisle impunemente. 

Entendo, pois, que neste particular AC está a pensar e a fazer política com os pés, e não com a cabeça, como tem sido seu apanágio. E também não será assim que se federam grupos, tendências ou sensibilidades na lógica do alargamento socioeleitoral necessário nesta contenda interna à vida do PS e, simultaneamente,no espaço de competição com o PSD e a direita em Portugal pela nova captura do Poder em 2015.  

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