Cavaco e o BES. Um tratamento privilegiado
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De facto, relativamente ao caso BPN, que foi até ao momento a maior fraude do século XX-XXI e é objectivamente um caso de polícia, Cavaco demarcou-se sempre de tecer quaisquer comentários sobre o banco criado por Oliveira e Costa, seu ex-secretário de Estado (e pelo seu inner circle), procurando até poupar e/ou salvaguardar até às últimas o papel daqueles, como Dias Loureiro (à época Conselheiro de Estado), tiveram importante acção naquela mega-fraude do século e foram e são profundamente lesivas do erário público.
Perante as dificuldades do BES, Cavaco não se coíbe de assumir o papel de "notário" e certificar e recomendar o BES.
Será que esta falta de equidade no tratamento de instituições financeiras remete para o facto de, num caso, o PR ter tido acções e as ter vendido out of market e, noutro, aparentemente, nada ter que ver com o banco dirigido por Ricardo Salgado?!
A que se deve, afinal, esta DISCRICIONARIDADE no tratamento que Cavaco Silva concede às instituições financeiras em Portugal?
Não podemos crer que essa desigualdade de tratamento decorre apenas de a pessoa em questão ser ou não titular de acções dos bancos ou manter com eles qualquer tipo de envolvimento.
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