Amuos de perdedores - por António Vitorino -
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Macro de grande, skopein de observar: observar o infinitamente grande e complexo. Tentar perceber por que razão a ave vive fascinada pela serpente que a paralisa e, afinal, faz dela a sua presa.
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Obs: Este também é um retrato da psicologia colectiva do tuga, que quer ter sempre mais do que as suas verdadeiras necessidades, animado pela ganância, gula e soberba. Enfim, um "casal perfeito" à moda do Portugal contemporâneo.
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Os dados preliminares do Recenseamento Agrícola de 2009 (o censo realiza-se de dez em dez anos, como o da população), recentemente disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), mostram que a área ocupada pela produção agrícola em Portugal correspondia a cerca de 50 por cento da superfície territorial do país - 4,6 milhões de hectares. Este valor representa um recuo de meio milhão de hectares, o equivalente a 20 mil albufeiras do Alqueva. Em 2009, os recenseadores do INE apuraram a existência de 304 mil explorações agrícolas em Portugal. Este valor resulta do desaparecimento de 112 mil empresas, cerca de 25 por cento das existentes no estudo anterior (realizado em 1999). Conjugados os dois factores anteriores, conclui-se que a área média das explorações agrícolas aumentou 2,5 hectares, para 11,9 hectares, o que garante economias de escala e torna a produção mais competitiva. Mesmo assim, o sector continua a evidenciar imensos contrastes. Por exemplo, o facto de três quartos das explorações agrícolas portuguesas terem uma dimensão média abaixo dos cinco hectares, enquanto "um reduzido número de explorações (cerca de 260), com mais de 1000 hectares, exploravam, em 2009, 12 por cento do total da superfície agrícola. Família predomina O INE assinala que, apesar das mudanças na paisagem agrícola portuguesa, 80 por cento do volume de trabalho realizado no sector continua a depender da mão-de-obra familiar, reforçando assim a permanência do retrato do agricultor típico como factor dominante. No entanto, as explorações que já funcionam como empresas devidamente estruturadas, apesar de serem apenas 2 por cento do total, cobrem uma área que representa 25 por cento da superfície agrícola portuguesa. No espaço de dez anos, o panorama agrícola português conheceu uma evolução sensível. O INE assinala uma redução significativa das terras aráveis e o aumento das pastagens permanentes, em termos relativos e absolutos. Os principais recuos evidenciados pelo censo encontram-se nas culturas industriais (beterraba e tomate, por exemplo), na batata e nos cereais. Também na fruticultura se verifica uma redução (25 por cento) da área para a produção de frutos frescos tradicionais, enquanto sobe (17 por cento) a que é dedica aos frutos sub tropicais, com o kiwi na liderança clara deste incremento. A mudança do quadro de ajudas à produção, no âmbito da Política Agrícola Comum, será uma das explicações para esta evolução. Ao mesmo tempo, verificam-se aumentos na utilização de área agrícola para culturas forrageiras, hortícolas, flores e plantas ornamentais. Do lado da prática animal, os resultados preliminares do censo agrícola mostram que Portugal tinha, em 2009, 5,8 cabeças de gado, menos 1,4 milhões do que dez anos antes. O definhamento do efectivo animal é de cerca de 20 por cento. O volume de bovinos em exploração manteve-se perto de 1,4 milhões de cabeças, salientando-se as perdas significativas ocorridas nos suínos e nos ovinos. Neste caso, a concorrência estrangeira, com explorações de muito maior dimensão, apresenta preços muito mais competitivos a que os produtores portugueses não conseguem responder. Segundo os resultados do censo, o sector agrícola continuou a envelhecer em Portugal: a idade média do produtor aumentou quatro anos e cerca de metade dos agricultores têm mais de 65 anos. As mulheres são apenas um terço do universo profissional do sector. A actividade continua a não ser totalmente recompensadora. Apenas seis por cento dos agricultores obtêm o seu rendimento exclusivamente da actividade e 64 por cento declararam, no censo, que recebem pensões e reformas.
Obs: Um quadro nacional preocupante que torna Portugal um país progressivamente dependente das importações alimentares, o que significa que também neste sector o país empobrece, e ao comprar no exterior aquilo que poderia produzir internamente, está a subsidiar as economias dos países importadores, fomentando aí o emprego, a riqueza e o bem-estar. Tudo isto num país com os solos e o clima que temos, é algo que está na fronteira dum crime de lesa-pátria.
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ATÉ O SPORTING MERECIA MELHOR DESTINO, EM VEZ DE ANDAR A APANHAR BOLAS.
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Herman Enciclopedia diácono remédios O avisoEtiquetas: Distúrbio Emocional Extremo: um mar de justificações. O Aviso do Diácono Remédios
Obs: Não sei por que gosto de Camilo: porque é um clássico dos bons, como Eça (que foi mais cosmopolita), porque compreendeu a fundo a natureza e condição (da miséria) humana, porque até o lia ao tempo do Liceu - em que também passeava os seus livros. E outras vezes fingia que lia. Enfim, saudades deste conjunto múltiplo de tempos, de vivências, de cheiros, de ilusões - que até me evoca o cheiro e as imagens de há 30 anos atrás. Com ou sem crimes passionais. Seria hoje interessante que Camilo regressasse ao nosso convívio e fosse para N.Y., the Big Apple colher inspiração para escrever o seu novo romance. Fica a promessa deste milagre.
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Obs: Após um enfarte do miocárdio o "democrata" que está alapado há 30 anos no poder no Gov Regional da Madeira, tem como principal preocupação mandar publicar uma lista candidata à CP do psd. Perante esta escala de preocupações, de interesses e de perspectiva de vida nada mais haverá a comentar acerca deste (OPL) "Objecto Político de Luxo" - que tem silenciado toda a oposição através de subsídios a jornais que telecontrola, adjudicação de obras públicas (só possível a empresas e a empreiteiros que paguem o "dízimo" ao seu partido) e doutros mecanismos e expedientes verdadeiramente lamentáveis e à margem dos mecanismos de democracia pluralista e do Estado de direito que o Portugal insular também deveria saber respeitar. De facto, o sr. Alberto não faz nenhuma falta à democracia em Portugal, a sua presença tem apenas dois objectivos: produzir um humor decadente por altura do carnaval, e fazer a vida negra aos madeirenses que não são afilhados do dito na bela ilha da Madeira - que o pequeno autocrata trata como se fosse uma extensão do seu quintal.
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Imagem picada no rizoma.
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Obs: Veremos se algumas destas importantes teorias da sociologia dos media encontram respaldo nos factos. Ou seja, veremos, em concreto, como é que o impacto negativo dessa mega-fraude de gestão danosa e criminosa do BPN afecta cavaco, porque na sua base estão e estiveram administradores do banco que, directa e indirectamente, foram os autores morais e materiais dos múltiplos crimes de colarinho branco praticados à sombra dessa nuvem negra que foi e é o chamado cavaquismo.
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Esta Comissão de Inquérito servirá tanto para apurar a verdade dos factos como as sucessivas comissões de inquérito para apurar o que verdadeiramente se passou em Camarate, em 1980, cujo acidente (ou crime!?) vitimou o então PM, Sá Carneiro, o MDF, Adelino Amaroda Costa e outras pessoas. Se há valor que em Portugal deve ser completamente desvalorizado são as condições em que se desenvolvem processos de justiça altamente politizados. De resto, a inclusão de certas personalidades influentes em processos políticos (como são as eleições, em que todos os players dão tudo por tudo) dos mais diversos quadrantes(finança, política, empresariado, etc) é, precisamente, para obstaculizar a realização plena da justiça, ocultando provas que possam prejudicar a ascenção ao poder.
Neste contexto, pergunta-se: para quê, então, reeditar Camarate através do BPN (em que se sabe que cavaco especulou à margem dos mecanismos bolsistas e ganhou muito dinheiro com isso)?!
Nada de mais se descobrirá, a não ser do que confirmar o humor negro de Oliveira e Costa que funcionalizou a sua lei da Omertà que aqui tratámos recentemente.(link)
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Matrix - why?
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Veremos, sumariamente, como as emoções das populações - como reacção aos discursos dos políticos - sofreram a erosão do tempo, por um lado, e a descrença progressiva das populações, por outro, que resultou do reconhecimento de que as promessas feitas em contexto eleitoral não eram depois realizadas no exercício do poder, além de que nem sempre o escol dirigente oferecia qualidade técnica, humana e ética necessárias para gerir a res publica.
Assim, os slogans e os conceitos-chave deixaram de fazer sentido na arena política, as populações são substancialmente mais ilustradas, muitas delas têm até mais formação do que os próprios agentes políticos, e isso evita que muitas pessoas possam cair em falsas ilusões, seja no plano autárquico, seja ao nível do Governo da nação.Por outro lado, as populações já interiorizaram a lei sociológica dos retornos decrescentes, ou seja, quanto mais repetidas são certas fórmulas, frases e promessas, menos eficazes elas serão. De resto, nenhum político está hoje em condições de manter a mesma carga fiscal, isenções várias no âmbito do chamado Estado social, etc. As variáveis externas são mais complexas, a incerteza e o risco são maiores.Em suma, as palavras perderam o seu poder evocativo quando passam de um meio restrito para o uso comum. Quando vemos e ouvimos, para dar um exemplo comezinho e paroquial, cavaco desligado das questões sociais durante um mandato, e à boca das eleições - arma-se em "penetra" de casamentos de gente humilde - para os quais não foi convidado, senão pela gula eleitoral, conseguimos ilustrar eficientemente esta quebra resultante da perda do significado evocativo das palavras, da ética na política, que não é indissociável da própria incapacidade do escol dirigente em resolver problemas, como também da descrença das populações na sua capacidade de resolução.Mas a toda esta descrença geral que correlaciona as palavras e os conceitos - que organizam o pensamento - aos factos e realidades que se procuram transmitir, não será alheio a circunstância de muitos dos agentes políticos que hoje se apresentam a eleições entre nós, não representarem qualquer significado político, social e cultural.
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