quarta-feira

Ex-dirigentes do BPN integram comissão de honra de Cavaco

Nota prévia:

Esta Comissão de Inquérito servirá tanto para apurar a verdade dos factos como as sucessivas comissões de inquérito para apurar o que verdadeiramente se passou em Camarate, em 1980, cujo acidente (ou crime!?) vitimou o então PM, Sá Carneiro, o MDF, Adelino Amaroda Costa e outras pessoas. Se há valor que em Portugal deve ser completamente desvalorizado são as condições em que se desenvolvem processos de justiça altamente politizados. De resto, a inclusão de certas personalidades influentes em processos políticos (como são as eleições, em que todos os players dão tudo por tudo) dos mais diversos quadrantes(finança, política, empresariado, etc) é, precisamente, para obstaculizar a realização plena da justiça, ocultando provas que possam prejudicar a ascenção ao poder.

Neste contexto, pergunta-se: para quê, então, reeditar Camarate através do BPN (em que se sabe que cavaco especulou à margem dos mecanismos bolsistas e ganhou muito dinheiro com isso)?!

Nada de mais se descobrirá, a não ser do que confirmar o humor negro de Oliveira e Costa que funcionalizou a sua lei da Omertà que aqui tratámos recentemente.(link)

Público
A nacionalização do banco justificou a criação de uma comissão de inquérito à supervisão e nacionalização do BPN, o que não foi alheio ao facto de a sua falência ter tido repercussões na esfera política. A instituição possuía nos seus órgãos sociais ou na estrutura accionista dirigentes políticos do PSD no activo, sendo os mais emblemáticos Dias Loureiro, nomeado por Cavaco para o Conselho de Estado, e os ex-ministros Arlindo Carvalho, Daniel Sanches e Rui Machete. E clientes como Duarte Lima. Também Cavaco Silva, a filha e o genro eram clientes do BPN e accionistas, posição que largariam antes de Cavaco avançar para Belém.
O Presidente disse ontem, nos Açores, que não falará mais sobre este assunto (ver texto nesta página).
A ligação de Abdool Vakil, economista e líder da comunidade islâmica, ao actual Presidente é antiga. Foram contemporâneos na faculdade, ambos passaram pelo Banco de Portugal, e o ex-presidente do Banco Efisa foi mandatário de Cavaco nas últimas presidenciais. E foi como presidente do Efisa, vendido por si em 2002 a Oliveira Costa, que passou a integrar a administração do BPN SGPS.
Alargamento ao PS
Mas a intenção de Oliveira Costa, principal arguido do processo BPN, era alargar a sua esfera de influência ao PS. Num email enviado a seu pedido, Vakil sugeriunomes ligados ao PS para integrarem os órgãos sociais do Efisa. José Lamego, Augusto Mateus e Guilherme Oliveira Martins chegaram a assumir funções no conselho superior do Efisa. Mas foram equacionados outros nomes como os de Fernando Castro, ex-chefe de gabinete de Pina Moura, e dos deputados socialistas Vera Jardim, João Cravinho e Alberto Costa.(...)

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