Com tanta promoção era suposto que o BPN estivesse em alta
Um debate parlamentar, várias audições na Assembleia da República e o reinício do julgamento de José de Oliveira Costa não vão deixar que o caso Banco Português de Negócios (BPN) saia, nas próximas semanas, do debate das eleições Presidenciais. Económico
Até dia 23, a agenda política e judicial está preenchida. Já amanhã a comissão parlamentar de Orçamento e Finanças vai decidir sobre as audições do presidente da Caixa Geral de Depósitos e do governador do Banco de Portugal para darem explicações sobre a situação do BPN.
No dia seguinte, terá lugar o debate potestativo sobre o banco agendado pelo Bloco de Esquerda. E sexta-feira é dia de o presidente do BPN, Francisco Bandeira, ser ouvido pelos deputados.
O ministro das Finanças também vai à comissão de Orçamento e Finanças falar sobre o caso a 11 de Janeiro. Na semana seguinte, será o "velho" BPN a marcar a agenda, como reinício do julgamento do antigo presidente do banco, Oliveira Costa, e mais 15 arguidos, pelas irregularidades cometidas na instituição. Neste período, poderá ainda ter lugar o aumento de capital de 500 milhões do BPN e a transferência dos activos problemáticos para o chamado "bad bank". Obs: Com tanta promoção à imagem institucional do BPN - que tem uma boa rede de balcões e gestores tão qualificados quanto o são os gestores da demais banca em Portugal, a grande questão é saber se Cavaco irá atribuir a medalha de mérito a Oliveira e Costa por ter centenas de administradores, adjuntos, secretários - e, apesar disso, ter sido o único elemento a ser detido por crimes de colarinho branco praticado por dezenas e dezenas de altos quadros da SLN. O que é bem revelador do estado miserável do que é a justiça em Portugal.
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