Partilha dos prejuízos entre PS e BE no pós-presidenciais
Quando Diogo Freitas do Amaral perdeu as eleições presidenciais para Mário Soares, por uma unha negra, o PSD retirou logo o apoio a Freitas e mandou-o trabalhar para pagar os custos da campanha eleitoral, o que Freitas fez durante anos, segundo afirmou, fazendo uns pareceres e o habitual trabalho de jurisconsulto e de docente. Hoje, após a derrota esmagadora do candidato poeta Alegre, esquizofrénicamente apoiado pelo PS e, primacialmente, pelo BE, este cenário da divisão dos prejuízos de campanha coloca-se na mesma. Já que as subvenções do Estado, atendendo ao respectivo score eleitoral, não chegam para cobrir a parada gasta em logística e em material de campanha. É, pois, neste quadro de emergência e de esquizofrenia política que o congresso extraordinário do PS é agendado para Abril. E aí, talvez só as moscas consigam perceber a peixeirada que será na formulação dessa contabilidade criativa - com o PS a empurrar com a barriga para a frente essa despesa e o BE, por seu turno, a dizer que, afinal, o poeta até é filiado no PS, apesar de ter andado de braço dado com Louçã durante dois anos a fio em manifestação contra as políticas públicas (laborais e outras) do Governo cujo líder é, por acaso, PM, secretário-geral do PS e seu apoiante neste acto eleitoral. Houve quem avisasse 3 milhões de vezes que Alegre era um divisor no seio do PS, mas a facção mais esquerdizante do partido, com António costa a servir de charneira dessa irracionalidade política, empurrando Sócrates para um beco, canalizou o PS para a desgraça com os resultados humilhantes que se conhecem. E agora ambos terão de pagar a factura, veremos em que termos. Será também para isso que servirá o agendado congresso, ainda com local indeterminado.
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