Muppet Show Moreno and Animal
Macro de grande, skopein de observar: observar o infinitamente grande e complexo. Tentar perceber por que razão a ave vive fascinada pela serpente que a paralisa e, afinal, faz dela a sua presa.
Obs: O poeta M. Alegre tem um capital simbólico de combate à ditadura salazarista estimável, foi fundador de um partido importante do regime democrático, é um poeta admirado pelos seus amigos e seguidores, tem uma veia romantica e uma voz tonitroante que ainda assusta alguns eleitores, mas isso não faz dele, automaticamente, um candidato credível a Belém. Alegre não tem experiência governativa, não conhece a máquina do Estado, nunca exerceu funções executivas (de ministro ou sequer de secretário de Estado), nem autarca numa câmara de província, não se lhe conhece nenhum projecto infra-estruturante para o país, nem mesmo quando foi um dos deputados mais sedentários da república para garantir a sua reforma dourada. Alegre só é hoje responsável por um mau precedente na democracia em Portugal: desencadear um processo eleitoral a um ano de distância da sua realização, obrigando os media a dar-lhe atenção e a distrair o país daquilo que é nuclear: a economia e a sociedade. Neste sentido, Alegre é, à priori, um candidato que viola uma das regras formais da democracia, e, desse modo, um mau democrata perante a ânsia de ser o 1º a apresentar-se na pool position. Alegre, como é caçador, já deveria saber que a política tem regras e procedimentos e timings, como a caça, e violar essas regras é como ir à caça no tempo do defeso. Alguém irá lembrar ao poeta, talvez Cavaco, que é ilegal caçar no defeso, mas, pelos vistos, a vaidade e a gula de poder do poeta é tanta e tamanha que o Alegre anti-salazarista deconhece uma das regras básicas da democracia pluralista: respeitar os prazos próprios da democracia. Bastaria que Diogo Freitas do Amaral desse à costa - apoiado pelo PS de Sócrates, como aqui defendemos há dias, para que Cavaco encostasse à box e a virtual aventura presidencial de Alegre não passasse duma miragem poética numa noite lírica.
Nota: Digamos que Teixeira dos Santos terá de ler (ou reler) alguns dos escritos de Max Weber para evitar que, de futuro, incorra no mesmo erro. É o velho problema do Político e do Cientista que o articulista talvez desconheça, mas ainda vai a tempo...
Obs: O PSD nasceu duma conflitualidade entre potenciais líderes a desejar ocupar a liderança do partido. Tem sido assim ao longo da história, e se exceptuarmos o marco da sua fundação (com Sá Carneiro) - as escolhas pelo líder foram sempre aguerridas e polémicos, e nem sempre com proveito para a nação. Assim como pouco proveitoso para a nação é o putativo candidato do PS, perdão do BE, a Belém, na figura do poeta-Alegre, ser lançada de forma extemporânea e a um ano das eleições. Isto nunca se viu na democracia portuguesa, pelo que Alegre apenas oferece ao país um mau precedente para a nossa democracia formal, que tem procedimentos, prazos e regras. Tudo coisas que o poeta, não sei se por ser poeta, ou desconhece ou subverte, o que é lamentável para Portugal. Mas são aquelas características que também fazem a democracia - que o poeta desfaz no impulso descontrolado de vaidade pessoal que nenhuma relação tem com a democracia nem com a modernização nem com o desenvolvimento da sociedade e da economia do país.
Nota: Imagine-se a angústia do ministro das Finanças a tentar compor o ramalhete que é o Orçamento de Estado para 2010 - com um Estado gordo, ineficiente e parasitado por 3 milhões de pessoas (os 700 mil directos mais os indirectos) e ainda muito improdutivo, com algumas excepções em certos sectores da AP e de direcções e delegações regionais. Faz lembrar a manta do Bocage: quando tapa a cabeça destapa os pés, e quando tapa os pés, destapa a ...
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A ser assim, fragmentaria a já débil credibilidade de Cavaco (em cujo eleitorado Freitas entra), que tem feito um mau mandato, limitaria a 2ª aventura de Alegre e oferecia a Portugal uma possibilidade de reconciliação consigo próprio porque federaria e consensualizaria muitos sectores da sociedade civil que hoje não se revéem nem em Cavaco nem em Alegre. De resto, importa recordar que Freitas do Amaral foi MNE do Governo maioritário de Sócrates - que teve de abandonar por motivos de saúde. Logo, por razões políticas (e pessoais), e apesar de ser um dos fundadores do CDS mas que conquistou um estatuto supra-partidário, é um ex-dirigente político mais próximo do PS de Sócrates (cujo governo integrou) do que, curiosamente, o próprio poeta Alegre que, sendo originário do PS - andou (com o BE ao colo) durante um ano a sabotar a execução do programa de Governo chefiado por aquele que hoje é PM dum Governo minoritário e de quem o proto-candidato, implícitamente, reclama apoio. Por estas razões, atendendo a este mega-perfil e em face da conjuntura delicada que Portugal e os portugueses vivem, Diogo Freitas do Amaral é, hoje, o melhor candidato à PR que o PS de Sócrates poderia (e deveria) lançar para Belém.
Nota: Esta eventual candidatura de Freitas do Amaral até Mário Soares apoiaria. Bastaria, para o efeito, o encontro de duas vontades: a de Freitas e a de Sócrates, tanto mais que o professor de Direito Administrativo não está conotado com nenhum partido como hoje está Alegre com o BE, apesar de ser oriundo do PS (mais esquerdista). Daí a maior liberdade de acção de Freitas - que contrastaria também com o percurso de Cavaco - que hoje também está muito encravado com o psd de Ferreira Leite - cuja eleição para PM apoiou através dos seus assessores de Belém - demonstrando que não está preparado para saber ser um PR isento, imparcial e representante de todos os portugueses.
Obs: João Marcelino terá razão, mas em política, ou em teoria política - há sempre a possibilidade de cenarizar, e nesse campo o quadro de possibilidades é imenso. Poderá ocorrer na cabeça de Sócrates que Diogo Freitas do Amaral preencha o perfil dum excelente PR, e se isso vier a acontecer - como seria interessante e útil para Portugal - a candidatura de Cavaco ficaria esfrangalhada, a aventura do poeta-Alegre diminuída, as possibilidades de Sócrates ter um candidato vencedor (e não imposto, como Alegre) às presidenciais em 2001 agigantar-se-íam, e este artigo interessante de João Marcelino também ficaria rapidamente desactualizado. Tudo dependeria da vontade do grande Freitas, já recomposto da sua operação à coluna e com a possibilidade de se recompensar duma batalha perdida em 1986 contra Mário Soares.
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