A sincronicidade de Jung ou a LIberdade e necessidade de Tolstoi
Macro de grande, skopein de observar: observar o infinitamente grande e complexo. Tentar perceber por que razão a ave vive fascinada pela serpente que a paralisa e, afinal, faz dela a sua presa.
in CM
A investigação da Polícia Judiciária à Universidade Independente remonta há quatro anos. Entre as varias ilegalidades alegadamente cometidas destacam-se os pagamentos feitos pela conta corrente da universidade a guarda-costas e motoristas e despesas familiares. Um dos processos em que Rui Verde é protagonista é de insolvência pessoal, no valor de 585 mil euros.
A Universidade Independente é um estabelecimento de Ensino Superior privado, com cerca de 1500 alunos distribuídos por 14 cursos. AMEAÇAS DE MORTE Rui Verde, em declarações à SIC Notícias, negou ontem todas as acusações, dizendo que foi alvo de ameaças de morte por parte do filho de Luís Arouca. “Veio o filho do senhor Arouca que me disse: ‘Ou sais a bem ou sais a mal. Se for a mal levas um tiro’. São pessoas loucas que não sabem nada de gestão. Chamaram 20 ‘capangas’, que ocuparam a UNI, e dizem que sou culpado. Têm de o provar em tribunal”, referiu.
Riley, de 107 años, ha sido declarada como la persona más anciana de la blogosfera desde que hace unos días decidiera escribir su propia bitácora, The Life of Riley .
Uma simples evocação:
O mais importante na vida
Poema de António Botto*
O mais importante na vida
É ser-se criador – criar beleza.
Para isso,
É necessário pressenti-la
Aonde os nossos olhos não a virem.
Eu creio que sonhar o impossível
É como que ouvir a voz de alguma coisa
Que pede existência e que nos chama de longe.
Sim, o mais importante na vida
É ser-se criador.
E para o impossível
Só devemos caminhar de olhos fechados
Como a fé e como o amor.
* António Botto (1897-1959)
in Expresso on line
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PS: Texto dedicado a Albert Cossery.
Este blog deveria ser dedicado à filosofia portuguesa, se eu estudasse, mas eu sou um mau aluno, daqueles do curso nocturno que acham que chegarem esgotados às aulas justifica adormecerem nelas. Compro livros que não leio e calculo que por osmose a coisa funcione. Hoje encontrei um desses muitos livros em que um dos capítulos se intitula «perguntas interessantes e respostas conhecidas». Não era um manual de filosofia, era um caderninho de introdução à linguística, organizado pela Maria Helena Mira Mateus e pela Alina Villalva. Quando eu andava pela Faculdade de Direito, errante entre os compêndios e refugiado das sebentas, soube que ela dirigia um Centro de Linguística Teórica. Fiquei com a ideia de que era junto à Feira Popular. Ou estou certo ou já baralho tudo, tartamudo de todo, linguisticamente incapaz.
As razões de Barreiros «A Justiça que julgue o que está em julgamento. A História julgará o que ficou por julgar» – afirmou ao SOL José António Barreiros, a propósito da sua saída da equipa de advogados que representa os jovens no processo Casa Pia O advogado não quer dar mais pormenores sobre o seu abandono. Mas, segundo o SOL apurou, as razões estarão relacionadas com acontecimentos no processo movido por Jaime Gama, presidente da Assembleia da República, contra um dos ex-alunos da instituição, que o implicou no caso.
O valor da estabilidade é apreciado pelos cidadãos portugueses e entre eleições e referendos as consultas têm sido muitas, mas a crise recente na Câmara Municipal de Lisboa merece alguma atenção, pois a capital foi-se transformando no palco do País.
É verdade que o que se passa em Lisboa já aconteceu em outros municípios, mas a prudência dos partidos perante a crise é excessiva e pode contribuir para o aumento dos sentimentos anticlasse política.
O caso português caracterizava-se no passado por uma grande passividade do sistema judicial relativamente às eventuais ilegalidades do poder municipal, mas hoje estamos ainda longe do perigo do justicialismo.
Quando Carmona Rodrigues diz que o País ficaria paralisado se todos os autarcas indiciados suspendessem funções, isso é o espelho infeliz de uma realidade pouco saudável.
Nesta conjuntura curiosa em que os principais partidos, nomeadamente o PS, não estão a pedir eleições, porque estaríamos a falar de um mandato curtíssimo, de cerca de ano e meio, talvez fosse altura de estes pensarem mais no interesse geral, dando sinais positivos e apresentando rapidamente alternativas à sociedade civil.
Talvez fosse também uma boa altura para evitar que os sentimentos antipolíticos de uma parte da sociedade portuguesa, associados à passividade e ao desinteresse, evoluam para uma conjuntura propícia ao surgimento de partidos populistas e anti-sistema, à semelhança do que aconteceu em países como a Holanda.
A Câmara Municipal de Lisboa tem-se transformado nas últimas décadas, aliás desde Jorge Sampaio, numa plataforma política nacional, perdendo o regionalismo "alfacinha", se é que não o tinha perdido há mais tempo.
Políticos nacionais, ex-secretários-gerais e futuros primeiros-ministros e presidentes já passaram por lá e é de prever que o movimento continue.
Lisboa é hoje vista como espelho de políticos nacionais e os danos são mais fortes.
Os partidos deveriam ter por isso mais atenção ao tema, apontando alternativas e dando sinais de que estão preparados, caso a crise se agrave.
Nessa altura, com ar emproado, José Sócrates começou a rir: - Ha! Ha! Ha!.... Para que é que vocês têm um Ministro da Marinha, se o vosso País não tem mar?
O Presidente da Suiça faz um ar digno e respondeu: - Não seja inconveniente. Quando você apresentou os seus ministros da Educação, da Justiça e da Saúde, eu também não me ri.
PS: Agradeço à Cristina Pereira a amabilidade do envio desta bela história que nos interpela a todos.
Francisco Fanhais @ V.R.St.º António - Menino Bairro Negro
Por ser em V.R.St.O António - esta é dedicada ao amigo Volenski Sudjanski e sua Mãe que entre Espanha e o Céu haverá de ouvir isto...
O que poderá um miúdo lembrar sobre a vida e obra de Zeca Afonso hoje, vinte anos após o seu desaparecimento? Nada ou muito pouco... Umas sonoridades, umas guitarradas, uns sonhos, uns idealismos, uns copos de tinto misturados com uns frangos e umas cervejolas e graçolas da época contra o velho "Botas" ou resquícios dele, uns quilos de utopia e uma vontade transformadora do mundo, como diria o velho barbudo Carlinhos Marx. Que, porventura, toda aquela geração de músicos e compositores, politizados pela velha Coimbra da Universidade, do fado e das farras consolidou.
Ainda batia com a testa na esquina das mesas e esbracejava para chegar ao botão dos rádios a válvulas quando ouvi pela 1ª vez as músicas do Zeca Afonso. Na altura não havia hip op, rap, house e outros estilos musicais. Cedo percebera que havia alí luta de homens através da música: os que queriam a manutenção da situação política e aqueles outros que queriam a transformação do que estava e só servia meia dúzia de senhores instalados no poder, na banca e na alta e medíocre finança daquele - então - Portugal rural, agrícola, apartado da Europa com uma economia frágil então muito importadora e pouco exportadora. Ou seja, muito dependente do exterior e pouca produtiva e inovadora intramuros. Hoje parece que a coisa não está assim muito diferente, apesar das redes sociais e das estruturas conectivas ampliadas pelo Rizoma que é a Internet.
Na altura vivia em Abrantes, ou melhor estudava no velho liceu de Abrantes, e notava que nos dias em que o meu falecido Pai me levava à escola no Porshe 911 preto com aleron, nesse dia tinha muitos amigos, nos dias em que chegava de mota também tinha alguns amigos, mas nos dias em que chegava a pé ou by bus tinha apenas os livros como companheiros. Era assim na velha e rural cidade de Abrantes onde hoje as motivações, apesar de terem mudado de modelo, de marca e de cilindrada, não mudaram assim tanto, e por uma razão simples: o homem continua a ser o velho-cão materialista de sempre e nem o banho de cultura o civiliza.
A internet também não faz milagres, em certos casos até amplifica o analfabestimo digital, a avaliar pelas respostas e considerações que o actual Procurador-Geral da República dá ao País...
Foi nesse contexto social e relacional que guardei ecos da voz misteriosa, profunda e sonhadora de Zeca Afonso, apesar de nunca ter sido um adepto daqueles sonhos de transformação que rápidamente o PCP se apropriou estragando, por vezes, o melhor que a música e a letra do Zeca tinham. Aqui cabe uma palavra a Mário Soares, talvez a peça mais importante na altura porque travou Cunhal e os ímpetos comunistas que desejavam lançar Portugal num modelo de comunismo à soviética. Hoje estaríamos ao lado da Albânia em termos de índices de desenvolvimento comparativo. Mas como não seguimos esse modelo à soviética, resta-nos pensar que ainda estamos à frente do Chipre!!! Do Chipre?!!!Hoje faz já 20 anos após a morte de Zeca, o cantor-compositor de músicas que ouvia no carro com o meu Pai, o meu irmão e alguns amigos no tempo em que as viagens demoravam horas, mesmo que fosse para percorrer breves kilómetros. Mesmo os que não o apreciavam, tinham sempre por ele o respeito de o ouvir em silêncio, pois quando não se apreciava a música a letra batia forte; quando a letra era secundarizada era a música que produzia impacto nas nossas consciências. Letras e impactos que hoje pouco ou nada dizem às novas gerações dos morangos com açucar, que miram o mundo em permanente transformação, sem que tenham de pensar que já muitas pessoas tiveram como ideal de vida o apenas viver em Liberdade, livre da censura, da PIDE/DGS e de muitas outras malhas que as ditaduras tecem, de forma clara ou oculta.
Bem sei que hoje a utopia se mede pelo balanço bancário, a ideologia está vertida no emprego e no modelo de automóvel que se tem ou nas roupas de marca que se ostenta, os sonhos estão espraiados na casa que se conseguiu comprar e por aí fora. Estou desconfiado que se Zeca Afonso cá regressasse hoje a 1ª coisa que perguntaria era saber em que País estava, depois talvez pedisse desculpa por ter cantado o que cantou por saber, antecipadamente, que hoje só muito dificilmente alguém o ouviria, respeitaria ou mesmo lhe solicitaria um autógrafo.
É isto que a merda do tempo que passa faz às pessoas. Os que têm memória ou estão velhos e caquéticos recordam para dentro e ficam nostálgicos; os mais novos ofendem aqueles que se lembram por se tratar de música cafona e de letras que hoje parecem, à 1ª vista, não terem fundamento ou relação com as suas vidas, não obstante as novas e gritantes desigualdades intergeracionais que o capitalismo de casino desta globalização predatória impôs às sociedades europeias e aos seus filhos, que somos todos nós: aqueles que hoje habitamos o Velhinho Continente.
Com ou sem Zeca Afonso ou ecos das suas belas e utópicas músicas e letras, que ainda hoje nos ajudam a envelhecer mais lentamente, porque somos obrigados a recordar o tempo perdido, como diria Marcel Proust...
Fez hoje 20 anos após a morte de Zeca Afonso e o mundo parece hoje mais desigual, fragmentado e sacana do que nunca...
No decurso destes últimos 2 anos tenho visto este psd fazendo malabarismos sem sentido, direcção ou propósito sério. Nas cúpulas, evidentemente!! Creio que isto decorre de duas coisas: 1) da falta de ideias claras para o País, o que conduz a um certo desnorte ante uma liderança do executivo socialista forte e vigorosa; 2) e um experimentalismo coxo cujo paradigma negativo está bem plasmado na opção de nomear Carmona para edil da Capital. Uma escolha pessoal de MMendes, note-se - que este o impôs ao partido e, indirectamente, ao país. O resultado está à vista... E nem me reporto aqui aos inúmeros casos de alegada corrupção, reporto-me sim à falta de um plano integrado para Lisboa que faz dela hoje uma cratera maior do que a própria cidade, cada vez mais afastada dos índices de desenvolvimento das megapolis europeias que nos poderão servir de referência em matéria de gestão municipal ou de desenvolvimento sustentado.
Mas isto não explica o descalabro em que estamos, ou melhor em que nos enfiou este pequeno líder do psd e, por extensão, Carmona e toda a sua impreparada e néscia equipa-de-aviário. Um dia ainda gostava de encontrar na Baixa lisboeta esse veterano da treta do sr. Fontão para lhe perguntar onde é que o sujeito tirou o curso de gestão, e se ele gere para o teceido social ou para si!!!
O desastre ou a sinistralidade política do psd + autarquia lisboeta resulta, a meu ver, do seguinte: da pretensão que os políticos têm de ver na Política uma ciência certa capaz de elaborar e monitorizar experiências controladas: nacionais ou, neste caso, municipais visto que é de Lisboa que se trata e não de Freixe de Espada à Cinta...
Ora, a política não é bem o laboratório dos físicos que podem criar vácuo, ou dos químicos que podem estabelecer ambientes estéreis, ou até mesmo o ambiente funcional dos médicos que podem realizar testes cegos, especialmente em contexto de autópsia em que os cadáveres já não se queixam das cruzes ou da dores de bico de papagaio. Ou mesmo estrebuxar caso sejam acusados, à posteriori, de corrupção, nepotismo ou peculato como sucede a alguns vivinhos da silva...
"Silva" aqui não denota nenhuma indirecta para Cavaco, como aproveitaria o Alberto da Madeira...
Creio que MMendes e este psd têm-se esquecido destes pequenos grandes pormenores, daí o descalabro em que se encontram, seja no plano pessoal, seja no plano político-institucional e partidário. Daqui decorre o grande desfazamento deste psd, que não consegue ver nem pensar aquilo que alguns economistas, sociólogos e politólogos estudam, teorizam e sabem, apontando para uma grande dificuldade de harmonizar aquilo que este psd pensa e pretende realizar e aquilo que é a realidade, nua e crua.
No fundo, a MMendes apenas deixo uma palavrinha: tenha cuidado, porque aquilo que o senhor sabe de política é, hoje, manifestamente insuficiente para ir além de director-geral, e isto é tremendo para quem já foi ministro e hoje aspira a ser PM. A realidade lá fora é muito diferente daquele que é congeminada hoje pelo pequeno cérebro de todo este psd: um partido verdadeiramente partido...