Os gordos do poder local....
Hoje, mais do que nunca, o poder local está em avaliação em Portugal: os casos de alegada corrupção, peculato e muitos outros ilícitos na Câmara Municipal de Lisboa - assim como noutras autarquias, vieram levantar a lebre à mediacracia que assim encontra também a sua raison d´être no palco de robertos do nosso tempo.
Os gordos no poder local são, desse modo, todos aqueles agentes que visam enriquecer, traficar influências, empregar os amigos e os apoiantes à custa das funções públicas que exercem e dos dinheiros públicos que gerem, e pouco ou nada zelam pela defesa e promoção do bem-comum da colectividade. Os gordos no poder são, assim, o outro nome para os corruptos do poder local neste 1º decénio do III milénio em Portugal.
É essa a imagem que hoje cola à actual equipa-de-aviário encabeçada por carmona e imposta pessoalmente por MMendes aos lisboetas.
Se compararmos esta gordura dos corruptos do poder local em Portugal, que estão sendo investigados pela PGR como ontem informou o Sr. Pinto Monteiro na RTP, com a necessidade de fazermos uma dieta a sério, concluímos pelo seguinte: ao longo da nossa vida, cada ser humano ingere, em média, cerca de 50 a 65 toneladas de comida. Nela está a sobrevivência, mas também a causa de reacções adversas e inesperadas. Hoje sabe-se que o mal dessa gordura e adiposidade tem nome: a incompetência de braço dado com a corrupção, o nepotismo e o peculato. São todos esses crimes juntos, e outros mais que ainda nem sequer foram tipificados na lei e não têm previsão conceptual e legal, que entravam a gestão eficaz do governo e boa gestão e progresso das vilas e cidades de Portugal. É por essa razão que o País tem urgentemente que fazer uma dieta, e trocar a gordura por músculo, sobe pena de muitos mais ficarem obesos afogando com eles toda a polis nesse peso. Quando se olha para aquele gordo balanceando desesperadamente sobre aquele cilindro, a imagem que nos é devolvida não é apenas a de MMendes de braço dado com Carmona, mas a de umas centenas de autarcas e de caciques locais deste Portugal profundo que, desde logo, tem na Madeira o seu mais pernicioso exemplo de demokratura anti-pluralista.
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