A situação política na autarquia de Lisboa
Algumas questões:
1. Que credibilidade poderá ter a autarquia de Lisboa com um executivo sobre quem impede suspeitas de corrupção e deixou a cidade ingovernável?
2. Porque razão a oposição - o PS e o PCP - não apresentam, como seria seu dever, uma política alternativa para a cidade? Nem que fosse um plano de salvação provisório, mas que apontasse um caminho que remediasse esta situação do reino da Dinamarca... Por mero calculismo político, certamente. E porque nem o Ps nem o PCP querem pegar numa autarquia por a meio dum mandato e depois, quiça, perderem novamente as eleições para o PSD... Eis os vícios, os males e as preversões da democracia pluralista... 3. Como se sentirá MMendes quando foi ele o responsável pessoal que escolheu e impôs o nome de Caramona para edil de Lisboa? Que tempo lhe restará para pensar em políticas públicas e em alternativas para Portugal já que é o líder do maior partido da oposição que aspira a ser PM... 4. Quanto tempo levarão as autoridades judiciais a apurar e a julgar os casos de corrupção e de peculato envolvidos directa e indirectamente nesta gestão autárquica do psd em Lisboa? Será tudo arquivado por falta de prova, não obstante as sindicâncias da PGR à Câmara Municipal de Lisboa???5. Como corrigir o sistema político de modo a prevenir que situações perversas desta natureza possam ocorrer no futuro próximo em Lisboa e noutras cidades do País e na democracia local? 6. Que modelo de gestão político deverá ser inventado para aumentar a transparência, o rigor e o campo de previsibilidade entre os actos dos autarcas e a sua relação com as empresas públicas municipais e os cidadãos que neles votaram? Seja para gerir um hospital, escolas, universidades, prisões ou a Gebalis...que hoje serve de arma de arremesso por parte dum deputado insignificaante do psd contra Zezinha Nogueira Pinto...que já disse "não ter nem idade nem estatuto para brincar no quarto dos brinquedos" deste psd.7. Como limitar esse poder gigante dos pigmeus municipais - tão associado à formalidade, à ineficácia, ao compadrio e ao desperdício? Eis algumas questões que merecem reflexão, porque delas decorrerá a solução para alguns dos problemas que hoje permitem a prática da corrupção e a proliferaçãao de zonas cinzentas no dia-a-dia das autarquias em Portugal que lesam o bem comum de que falava Aristóteles.
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