domingo

Direito de admissão - por Rosa Fernandes Oliveira -



Poema picado aqui
Rosa Fernandes Oliveira
Poética - Volume IV
Antologia de poesia e prosa poética portuguesa contemporânea, 102 autores
Editorial Minerva 


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Cientista que desvendou ADN vende medalha do Nobel. Rifar o locatário de Belém

O biólogo norte-americano que ajudou a desvendar a estrutura do ADN vai vender a medalha que recebeu quando ganhou o Nobel de Medicina em 1962. O leilão acontece na próxima quinta-feira, em Nova Iorque, segundo o jornal "The Guardian". A expectativa é que a peça seja arrematada por uma valor a rondar 2,8 milhões de euros.
O cientista tomou a decisão como parte de uma estratégia para voltar à vida pública depois de se ter aposentado em 2007, por ter feito comentários racistas. Em entrevista ao jornal britânico "The Sunday Times", o cientista afirmou, na altura, que «todas as nossas políticas sociais são baseadas no fato de que a inteligência deles [dos negros] é igual à nossa, apesar de todos os testes dizerem que não. Pessoas que já lidaram com empregados negros não acreditam que isso [a igualdade de inteligência] seja verdade».
Após estas declarações, Watson foi afastado do instituto Cold Spring Harbor Laboratory, em Nova Iorque, onde trabalhou durante 40 anos. O biólogo norte-americano não participou em mais nenhum evento público e foi dispensado dos cargos em empresas das quais fazia parte. Decidiu depois aposentar-se.
Agora, com a venda da medalha, o cientista diz que pretende gastar o dinheiro que irá ganhar na compra obras de arte para aumentar seus rendimentos e fazer doações para instituições de caridade e universidades.
James Watson ganhou o Nobel da Medicina em conjunto com o britânico Francis Crick e o neozelandês Maurice Wilkins. Watson venceu por ter revelado a estrutura de dupla hélice do ADN e a sua função, nos anos 1950. A descoberta revolucionou a biologia e trouxe inúmeros avanços na medicina, em pesquisas, diagnósticos e terapias genéticas.

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Obs: A "estória" deste cientista revela quão graves podem ser certas declarações públicas (porque de pendor racistas) e imprevisíveis as suas consequências. 
Estas declarações, mutatis mutandis, podem ser comparadas às declarações feitas pelo PR português no Médio Oriente, em que apelou aos investidores árabes a olharem para Portugal como pólo de atracção, pois o país tem mulheres bonitas, cavalos e aviões..
A consequência para o investigador foi o seu afastamento do local onde trabalhava. Pergunto-me, neste caso, e dada a gravidade das declarações públicas do sr. Silva - se os portugueses não poderiam envidar esforços para fazer uma quermesse e, assim, rifar o ainda locatário de Belém...

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A verdade para o santo domingueiro em matéria presidencial



Achei deveras interessante que o alquimista da linha de Cascais - com avença na TVi - tenha declarado que a prestação presidencial de Cavaco nos EAU correu muito bem...

Porventura, o douto Marcelo está na posse d´informações que a generalidade dos portugueses não dispõe e, nesse particular, arrisco-me a dizer que - com a mesma subjectividade de MRS - Cavaco vendeu muitos cavalos, mulheres e aviões naquela região do Médio Oriente!!!

Um bom negócio, portanto.

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PS:Os amigos são para as ocasiões...

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Rosa Fernandes Oliveira - Poesia -



Rosa Fernandes Oliveira ©
p.476 Poética IV Editorial Minerva
setembro 2014

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Phil Kinley - Cool Blue Energy



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A Loja do Anibal

A VIDA TAMBÉM FEITA DE MISÉRIAS DESTE QUILATE...



Via Submarino Amarelo

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Obama diz que ama Meryl Streep

Obama ama Meryl Streep. E o mundo também
É uma paixão global que acabou com um tabu: as atrizes com mais de 60 anos têm lugar de honra nos grandes papéis. A reboque do charme de Streep, atrizes como Annette Bening, Julianne Moore ou Cate Blanchett também ganham.
Medalhas, estatuetas, estátuas, distinções e todos os tipos de prémios. Condecorações é com Meryl Streep, porventura uma das figuras públicas mais premiados no mundo inteiro. Na semana passada a atriz recebeu do presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama, a Medalha Presidencial da Liberdade, a mais alta condecoração civil da América. Na cerimónia, Obama, confesso fã de Streep, foi mais longe e disse: "Eu amo a Meryl Streep. O marido dela sabe que a amo. A Michelle sabe que a amo. Não há nada que possam fazer em relação a isso."
O presidente disse, derretido, que fica fascinado com a empatia que a atriz consegue junto dos espectadores e lembrou que alguém que é capaz de cantar Abba no grande ecrã é capaz de tudo...
E tem razão, Meryl Streep é um tesouro nacional que desperta em todos um sentimento de amor. Sim, há muita gente apaixonada por Meryl, fazendo que vá por água abaixo aquela ideia feita de que em Hollywood senhoras depois dos 60 anos não têm lugar. Além desse consenso quase sagrado, a atriz abre filmes com o seu nome no poster e faz dinheiro para os produtores. Um caso em que prestígio coincide com valor de mercado. Dezoito nomeações e três Óscares ao longo de quatro décadas atestam também uma aura intemporal, ainda que tenham sido nos últimos anos os seus maiores sucessos comerciais, nomeadamente Mamma Mia!, de Phyllida Lloyd,Amar... É Complicado!, de Nancy Myers, e O Diabo Veste Prada, de David Frankel.
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Obs: Digamos que Obama, à semelhança de um seu predecessor, Ronald Reagan, também daria um excelente actor na 7ª arte. 

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Diabo-marinho

O diabo-marinho tem um capital genético, uma configuração e uma forma sui generis. Escapa à imaginação de qualquer concepção mecânica que opere com este tipo de animais, até no domínio da 7ª arte. Um caso em que a realidade transcende - em muito - a ficção, ou em que esta poderá encontrar inspiração na realidade. 


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Giorgio de Chirico - The Enigma of Arrival e Primavera



The Enigma of Arrival” | tarnmoor
Paintings by Giorgio de Chirico


Torino a Primavera 
by Giorgio de Chirico
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Ricardo Araújo Pereira - Rouba e não faz



Via CC
in Revista Visão, 28 Nov. 2014.

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O processo Sócrates

in Expresso


Via CC

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A entronização e consagração de António Costa como SG do PS


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sábado

Sampaio da Nóvoa a voar alto com LIBERDADE


Sampaio da Nóvoa não quer ver a sua pátria parada à beira dum rio triste...


- Uma aposta na Economia social - com Liberdade;
- Um novo tempo - com tempo de Mudar - com Liberdade;
- Uma aposta na Cultura, no Conhecimento e na Educação;
- Uma aposta numa nova Europa - mais igual entre os pares;
- Enfim, uma tentativa de síntese de todas as esquerdas a fim de catalisar um movimento geral para Belém.

Nóvoa - ali a voar alto (no Congresso do PS)!!!

- UMA PROMESSA...

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Sérgio Godinho "O primeiro dia" [letra]


A história é cíclica e renovada pela promessa da Esperança. 



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A noite passada - Sérgio Godinho



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Portugal em guerra civil.Evocação de Pablo Picasso em português




Talvez nunca como hoje, desde 1974, e já em pleno regime democrático (fomal), Portugal se encontre tão mergulhado numa tremenda guerra civil. Uma guerra civil causada pelo bombardeio sofrido pela draconiana carga fiscal, que faz com que cada cidadão trabalhe para o Estado até Maio-Junho de cada ano; uma guerra civil lavrada pela impreparação e incompetência decorrente de políticas públicas erradas e de pendor experimentalista, selváticas e neoliberais; uma guerra civil que pôs jovens contra velhos, num Estado social em rápido desmantelamento e numa sociedade compulsivamente de emigrantes de luxo - e a quem o Governo convida que vá para fora. Nem no tempo de Salazar se viu este tipo de apelos anti-patrióticos, lesivos da economia e do orgulho nacionais. Eis o nosso cubismo social e político, cheio de fracturas e injustiças sociais, num Portugal cada vez mais assimétrico, de Norte a Sul, do interior ao litoral. Guernica é, hoje, não a cidade espanhola, outrora a capital basca aquando da Guerra Civil Espanhola (1937), mas um retrato cubista e sociológico deste nosso imenso e (des)querido Portugal. 

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A Espuma dos dias - Boris Vian...

O surrealismo afectivo de Boris Vian descentra-nos da rotina dos dias, e serve-nos esta espuma que vale bem uma meditação lenta e suave. Até para medirmos a distância que vai das intenções à realidade, do pensado ao realizado, da potência ao acto. Vian - fica. 





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Balada dos Cãotribuintes - Boris Vian -

  • Dedicada ao estarola de Massamá, não apenas por ser o pior PM desde 1974, mas por sê-lo cumulado com a faceta de player experimentalista que mais impostos cobrou às pessoas, às famílias e às empresas em Portugal. É a esse verdadeiro amador da política à portuguesa, mais troikista do que a troika - que APRISIONOU - 10 milhões de portugueses - que este poema de Vian encontra destino. Um destino trágico. Não há pior PRISÃO do que essa.  



Balada dos CãotribuintesSomos nós os desventurados 
Os pobres contribuintes 
Obrigados a sofrer até ao fim dos tempos 
A sorte a que imper 
A que impertubáveis 
Nos condenam os nossos governos 
Todos os nossos governos 

Se meteres cem francos de gasolina 
Oitenta vão para o Estado 
Olha cheio de concupiscência 
Os Cadillac... Olha pra outro lado 
No teu dois cavalos de brincar 
Saltita ao longo dos caminhos 
É uma sorte poderes circular 
Amanhã vão-to proibir 
Taxa sobre o álcool e a cerveja 
Sobre os definitivos e os provisórios 
Sobre o triste celibatário 
Castigado por ser só um 
Controlam-te todos os passos 
Ah compraste um belo naco 
Tudo corre às mil maravilhas 
Paga guloso paga prò saco 

Refrão 

Numa bandeja o Estado dá-te 
Um prato... apanhas um desgosto 
Está vazio E tu admiras-te 
Mas é o prato do imposto 
Tu passeias pela vida 
De peito feito cheio impante 
Cuidado com o imposto sobre a energia 
É para ontem... ou mesmo antes 
Um belo dia sobre o oxigénio 
Ligar-te-ão o contador 
Tarifa simples o ar do Sena 
Tarifa dupla o ar da serra 
Eis porém que tu te fartas 
Preferes andar aos caídos 
Ou tornar-te engolidor de facas... 
Taxa de engolidor acrescentada  [...]

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José Sócrates ao Expresso: "Sinto-me mais livre do que nunca".

José Sócrates ao Expresso: "Sinto-me mais livre do que nunca"

A primeira página do Expresso


Antigo primeiro-ministro foi avisado pelo filho.
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Obs: Sou dos que entende que a justiça que o sentenciou à priori não é justiça nem um elemento digno de um estado de direito; é um direito empenado aplicado por quem tem do Direito uma noção de talhante, arbitrária, desproporcional e desnecessária. Uma pura vendetta corporativa.  Mas também julgo que os indícios que recaem sobre o ex-PM são graves e carecem de explicitação e, consequentemente, de defesa. Mas um homem, qualquer homem, não se pode defender estando privado da sua liberdade. Por isso, deverá ser imediatamente liberto para, assim, preparar a sua defesa e explicar-se perante a justiça. Depois, em virtude dos factos e da prova que deles se fizer, ser condenado ou inocentado.  
Seja como for, aquela frase (a amarelo), dita nas circunstâncias que conhecemos, só pode ser lida de duas (ou três) maneiras: ou um acto de clarividência absoluta que servirá para desmontar um conjunto pesado de factos que desmentirão tudo aquilo que sobre ele se conhece, incluindo as fugas de informação (um crime impune que reina em Portugal); um acto de pré-loucura; ou ainda a tentativa de superação de si mesmo numa situação limite. 
Talvez o tempo nos diga qual das três vias será a que mais se aproxima da verdadeira realidade. 
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Justiça e Vingança



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sexta-feira

A luz e o mar


A luz, o mar, o vento. E as flores, os animais, a vida inteira. Não te apetece gritar? Explicar tudo isso num grito? Num excesso do excesso?

VF











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Um azar dos Távoras e a detenção ilegal


Se por um azar dos Távoras, não obstante os indícios contra o ex-PM que são já do conhecimento público, o MP, a PGR e os procuradores de instrução criminal que têm o processo entre mãos - não conseguirem converter aqueles indícios em factos passíveis de serem tipificados nos crimes de que o detido já foi acusado publicamente (na praça pública, num festim mediático!!!) - mas sem culpa formada - é mais do que legítimo perguntar ao sistema de justiça, ou melhor, à democracia representativa, se também será possível ou legítimo mandar para a cadeia todos aqueles operadores judiciais que, porventura, poderão ter-se enganado ou abusado das suas competências e poderes. Devendo, neste último caso, permanecerem na cadeia até se demonstrar que, de facto, são inocentes. 

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O Silêncio - por Eugénio de Andrade - Sonhar com poetas -


SONHAR COM POETASO SilêncioQuando a ternura 
parece já do seu ofício fatigada, 

e o sono, a mais incerta barca, 
inda demora, 

quando azuis irrompem 
os teus olhos 

e procuram 
nos meus navegação segura, 

é que eu te falo das palavras 
desamparadas e desertas, 

pelo silêncio fascinadas. 

Eugénio de Andrade, in "Obscuro Domínio"

mTema(s): Palavra  Silêncio j 

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Sampaio da Nóvoa e Reis Novais - abrem o PS de Costa

Costa convida independentes para falar no Congresso


[...]

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Obs: Não resta outra alternativa credível a A.Costa senão isso mesmo: abrir o PS aos independentes credíveis na sociedade portuguesa. E aqueles são dois excelentes nomes. 

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quinta-feira

Triangle Sun - 100 stars



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Frank Wendel (?)



F. W. 

Falta fazer a Revolução Cultural em Portugal. O país carece de um banho à João da Ega

Vemos, lemos e ouvimos: Portugal está de tanga, é miserável, e precisa de vender parcelas da sua soberania para atrair o chamado IDE - Investimento Directo Estrangeiro. Nunca se viu isto em Portugal - como forma de escapar à miséria. Nem no tempo da ditadura de António Oliveira!!
Bem sei que a globalização (económica e financeira) alterou as regras de seduzir os grandes investidores, agora a invenção dos vistos, que é uma porta aberta para a venda da nossa própria nacionalidade a troca de dinheiro, vem revelar, afinal, que Portugal converteu-se numa meretriz de luxo que entra ao serviço da classe média e alta chinesa. 
É aviltante. Se este é o Programa de Recuperação Económica do Governo de Passos & Portas, com o mais alto patrocínio do sr. Silva - então - estamos todos conversados!!! Mas se não é, parece...
Diante isto, pouco mais haverá a dizer, a não ser que a salvação para esta decadência lusa repousa numa velha ideia de Eça, perdão, de João da Ega, que postulava a via revolucionária para salvar Portugal, ou caso esta falhasse - pugnaria pela sua integração no Reino de Espanha. Entre ser colonizado pela China - prefiro aquela opção, pois a língua, a proximidade geográfica e os costumes facilitariam mais essa convergência peninsular.
Naturalmente, essa revolução tenderia a terraplanar as actuais classes dominantes, o que seria uma excelente oportunidade para fazer a limpeza ao GES/BES, ao famoso caso dos submarinos onde Portas se financiou para adquirir aqueles, ao caso dos vistos GOLD, à não menos relevante TECNOFORMA (que envolve directamente o ainda PM em funções) e outros casos de alta corrupção que se encontram em segredo de justiça, mas que, na prática, vivem de fugas para imprensa para queimar os políticos que interessa queimar e poupar os que importa salvaguardar.
Talvez ainda possamos ver uma qualquer soirée dos Cohen - em que Ega aparece disfarçado de Mefistófeles - para representar este nosso novo Lodaçal. Veremos se desta feita - e para que o povo português se possa vingar de todo o mal que os banqueiros e políticos e também juízes têm provocado ao povo - a restauração e regeneração do Portugal contemporâneo encontra um novo rumo. 
Veremos?!
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O Teatro da República Portuguesa

Nota prévia: Quem os viu... Quem os vê!!! Portas jurava a pés-juntos que não desistia do jornalismo Indy - sem destruir politicamente Cavaco - e o cavaquismo. Conseguiu!! Hoje é seu leal e interesseiro aliado, para se firmar no poder. Cavaco, por seu turno, quer que a muleta do PSD se mantenha no Poder para que o locatário de Belém termine a sua comissão de serviço de 30 anos em prateleira e reforma dourada: num convento pago pelo Zé Povino. Vemo-los ali, aos dois, em amena cavaqueira, a venderem mais vistos GOLD. A esfarraparem o que resta das parcelas de soberania do país. Pobre Portugal!!! Voilá, o teatro possível desta República doente...

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Portugal é "parceiro confiável e valioso" para o Dubai "entrar rapidamente" em três continentes, link


Portugal é "parceiro confiável e valioso" para o Dubai "entrar rapidamente" em três continentes
Fotografia © ESTELA SILVA/LUSA
Portugal é "um dos países mais seguros, estáveis, pacíficos e amigáveis do mundo", garantiu Cavaco Silva.
O Presidente da República garantiu esta quinta-feira, aos principais investidores e empresários do Dubai, que Portugal "é um parceiro confiável e valioso" para as empresas do emirado "entrarem rapidamente" nos mercados europeu, africano e da América Latina. [...]

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Esta Gente - por Sophia de Mello Breyner Andresen

Recupero Sophia, uma "aristocrata" da poesia e também por ser imensa - cujas mensagens ecoam como búzios - mas cabe aqui. Este poema poderia ser o "CANTE" de Sophia. Um hino a um Portugal digno, justo e limpo!!


Esta GenteEsta gente cujo rosto 
Às vezes luminoso 
E outras vezes tosco 

Ora me lembra escravos 
Ora me lembra reis 

Faz renascer meu gosto 
De luta e de combate 
Contra o abutre e a cobra 
O porco e o milhafre 

Pois a gente que tem 
O rosto desenhado 
Por paciência e fome 
É a gente em quem 
Um país ocupado 
Escreve o seu nome 

E em frente desta gente 
Ignorada e pisada 
Como a pedra do chão 
E mais do que a pedra 
Humilhada e calcada 

Meu canto se renova 
E recomeço a busca 
De um país liberto 
De uma vida limpa 
E de um tempo justo 

Sophia de Mello Breyner Andresen, in "Geografia"

Tema(s): Povo 

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O inferno são os outros...

--- disse Sartre.
E é sobretudo por isso que se usam óculos escuros. 


VF.

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Concluída a edição da obra integral do Padre António Vieira

Concluída a edição da obra integral do Padre António Vieira


Depois de mais de “15 tentativas falhadas” desde 1851, a obra integral do Padre António Vieira chega finalmente ao público. O lançamento é dia 3 de dezembro, no Salão Nobre da Reitoria da Universidade de Lisboa.
Depois de mais de “15 tentativas falhadas” desde 1851, a obra integral do Padre António Vieira chega finalmente ao público. O lançamento é dia 3 de dezembro, no Salão Nobre da Reitoria da Universidade de Lisboa. /  D.R.

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A apresentação científica da obra vai ser feita pelos professores Carlos Reis, da Universidade de Coimbra, Eduardo Lourenço, da Fundação Calouste Gulbenkian, e Viriato Soromenho-Marques, da Universidade de Lisboa. O ator Júlio Martín encenará um sermão de Vieira, não se sabe qual, numa sessão marcada também pela participação da Orquestra Académica da Universidade de Lisboa. 
Iniciada em 2012, sob a direção de José Eduardo Franco, diretor do Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (CLEPUL), e Pedro Calafate, professor na mesma instituição, a obra completa do jesuíta António Vieira, que o poeta Fernando Pessoa considerava o imperador da língua portuguesa, reúne não só textos já publicados em edições parciais como manuscritos inéditos, procurados em bibliotecas e arquivos em Portugal, Espanha, Itália, Inglaterra, França, no Brasil e nos Estados Unidos.
Apresentado como um projeto inédito - em 1851 foi feita a primeira de "quinze tentativas falhadas" para publicar tudo o que Vieira escreveu, entre sermões, textos proféticos, escritos políticos, poesia, teatro e outros textos -, o trabalho contou com o apoio da Santa Casa de Misericórdia (principal mecenas), da Universidade de Lisboa, de instituições académicas e culturais de Portugal e do Brasil e do Círculo de Leitores, ediora responsável pela publicação da obra em tiragens de 10 mil exemplares por volume.
A edição da obra integral do padre António Vieira, "o maior orador português de todos os tempos", assim descreve a nota de imprensa, pretendia "colmatar uma grave lacuna da nossa cultura" e disponibilizar ao grande público a obra de um pensador "cujos textos ainda revelam uma grande atualidade no plano da sua reflexão sobre os Direitos Humanos, a paz, a crítica à corrupção, o diagnóstico que faz aos problemas estruturais perenes de Portugal e as soluções que apresenta para tornar o nosso país mais empreendedor".
Com esta obra integral, "Vieira torna-se novamente, como acontecia com os seus textos publicados avulso no século XVII, um best-seller", refere a nota de imprensa. 
O projeto, que não termina com o lançamento no dia 3 de dezembro, prevê ainda a preparação de um dicionário intitulado "Dicionário Multimédia de Vieira" e a tradução e edição da obra do jesuíta em 12 línguas: inglês, francês, espanhol, italiano, russo, mandarim, japonês, árabe, polaco, alemão, holandês e búlgaro.
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Obs: Pessoa tinha razão ao chamar a Vieira - o imperador da língua portuguesa. Nunca se enganou. Quando se cita Vieira, só mais três outros escritores portugueses podem ser evocados - em linha: Camões, Pessoa, Eça e talvez Camilo. 
O legado de Vieira é múltiplo e denso. Um exemplo de grandeza, de cultura, enfim, ele próprio um marco civilizacional. É uma pérola num Portugal decadente e a definhar. 
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Para um amigo Tenho Sempre - António Ramos Rosa -



Para um Amigo Tenho Sempre
Para um amigo tenho sempre um relógio 
esquecido em qualquer fundo de algibeira. 
Mas esse relógio não marca o tempo inútil. 
São restos de tabaco e de ternura rápida. 
É um arco-íris de sombra, quente e trémulo. 
É um copo de vinho com o meu sangue e o sol. 

António Ramos Rosa, 
in "Viagem Através de uma Nebulosa"Tema(s): Amizade ______________


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quarta-feira

Prendem Sócrates para “não tocar em Portas e Barroso”, diz Garcia Pereira


Prendem Sócrates para “não tocar em Portas e Barroso”, diz Garcia Pereira, Link

QUARTA, 26 NOVEMBRO 2014 16:32 | JOÃO MIGUEL RIBEIRO
Garcia Pereira, advogado e dirigente do PCTP/MRPP, teceu uma das mais violentas críticas ao processo de detenção e prisão (preventiva) de José Sócrates.
Frisando que “o PCTP/MRPP nunca morreu de simpatias por José Sócrates e pelo seu governo, um dos piores que o país teve”, Garcia Pereira recordou várias polémicas envolvendo figuras políticas como Miguel Macedo, Paulo Portas e Durão Barroso para questionar a atuação do Ministério Público e da Polícia Judiciária.
Partilhado no Facebook, o texto de Garcia Pereira enumera ainda os “justiceiros como Rosário Teixeira”, o procurador responsável pela investigação envolvendo José Sócrates.
“Mas não é isso que agora está em causa, quando a Polícia Judiciária, pela mão de famigerados justiceiros como Rosário Teixeira, com a cobertura de agentes do Ministério Público e de juízes como Carlos Alexandre, depois de ter abortado prematuramente a Operação Labirinto no caso dos vistos gold, permitindo que Miguel Macedo e outros altos quadros do Estado, do governo e do PSD pudessem escapar à prisão; depois de deixar à solta Ricardo Salgado, chefe do maior gang de gatunos e financiador das campanhas eleitorais de Cavaco e do PSD, e de não tocar em Paulo Portas e Durão Barroso, a mesma PJ e Ministério Público decidem precisamente prender uma importante figura do Partido Socialista, com quem os actuais dirigentes do PS mais se identificam politicamente”, escreveu o dirigente do PCTP/MRPP.
O post serve de ligação para um comunicado do partido, que pode ser lido na versão completa aqui.
Nesse texto, o PCTP/MRPP considera estar a ser vítima de um “golpe de Estado”: “A rocambolesca e provocatória prisão de José Sócrates realizada ontem à noite pela Policia Judiciária constitui um verdadeiro golpe de Estado em curso, desencadeado por intermédio daquela polícia e que visa directamente os partidos à esquerda do PSD”.
Depois de repetir a parte que Garcia Pereira partilhou no Facebook, o comunicado do partido aponta também o dedo ao silêncio de Cavaco Silva sobre a investigação, a detenção e a prisão preventiva de um antigo primeiro-ministro.
“O PCTP/MRPP não pode deixar de denunciar o facto de o Presidente da República estar a colaborar objectivamente com aquele plano, pois fecha os olhos e deixa passar uma situação que é, para todos os efeitos, de manifesto irregular funcionamento das instituições democráticas e de crise constitucional, e se recusa a usar dos seus poderes para dissolver a Assembleia da República e marcar logo as novas eleições legislativas”, conclui o texto.
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Obs: Medite-se em tudo o que está a ocorrer à democracia portuguesa!!!

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O modelo de democracia moderna e os abusos da Justiça

QUEM NÃO SABE DIREITO NÃO O PODE APLICAR NEM EXECUTAR UMA BOA JUSTIÇA




O modelo da democracia moderna fundou-se na democracia dos antigos e em particular na da pequena cidade de Atenas, ao tempo em que o povo se reunia na Ágora e tomava livremente, à luz do sol, as suas decisões após ter ouvido os oradores que defendiam diferentes pontos de vista sobre os assuntos da polis.

Platão, que não cultivava a democracia, e para a denegrir chamara-lhe, como alguma propriedade, como podemos hoje constatar, teatrocracia, um termo depois sequenciado por F. Nietzsche. Uma das razões da superioridade da democracia, por contraponto aos regimes absolutos cultivados por Platão, discípulo de Sócrates (e que depois compilou e divulgou a sua obra), é que as decisões deixaram de ser tomadas nos arcana imperii, ou seja, nos gabinetes obscuros e secretos dos poderes públicos - longe dos olhares da opinião pública e do escrutínio dos parlamentares que representavam o povo. Ainda que a Justiça seja um mundo à parte do da política, e assim deverá ser, nada aconselha a que decisões judiciais, como a que foi tomada relativamente a um ex-PM, tenha sido executada sem a devida fundamentação e a explicitação à opinião pública. O que não aconteceu.

Pelo que, objectivamente, a decisão do juiz de instrução criminal, da PGR e demais operadores do direito que intervieram directamente no processo, cometeram, alegadamente, um excesso de garantismo, com uma medida presumivelmente desproporcional, e que só pode conduzir à opacidade do poder judicial, que recorta outro poder com máscara na sociedade portuguesa. 

Já kant, para quem o leu, defendia na sua Paz Perpétua que o princípio fundamental segundo o qual todos os actos relativos ao direito de outros homens cuja máxima não seja susceptível de ser tornada pública são injustas, querendo com isso significar que um acto que sou obrigado a manter secreto é seguramente um acto não apenas injusto, mas de natureza que, se fosse tornando público, suscitaria uma reacção de molde a impedir a sua realização. 

Que Estado poderia declarar, no exacto momento em que se celebra um tratado internacional, que não observará esse mesmo tratado?

Que juiz poderá declarar publicamente que utilizará em benefício do interesse comum a medida que adoptou para mandar prender determinado cidadão sem culpa formada?

Colocado o problema nestes termos, presume-se que a obrigação de tornar públicos os actos referentes à administração da justiça (bem como os actos correntes do Governo, excepto os protegidos por interesses especiais ligados à intelligence e o segredo de justiça, que em Portugal é objecto de negócio e de traficância comum entre operadores do MP e os media) é importante, não apenas para que o cidadão possa conhecer os actos dos que detêm o poder, controlando-os, mas também porque o facto de esses actos serem obrigatoriamente públicos é já em si mesmo uma forma de controlo, logo um expediente que permite distinguir o que é lícito do que não o é.

Será que foi isto que se passou com a decisão do juiz que decretou a prisão preventiva para o ex-PM? Creio que não!!! Foi um juiz declarativo e pouco ou nada explicativo. E isso poderá implicar consequências negativas no funcionamento futuro da justiça na sua relação com a esfera política, que acaba sempre por interagir, dado que é impossível estancar esses dois mundos sempre em tensão. 

E por falar em tensão, todos nós assistimos à leitura daquela decisão judicial, a qual foi lida por uma senhora que dificilmente se continha a fim de evitar um choro compulsivo, diante do olhar de 10 milhões de portugueses. 

Neste contexto, torna-se inútil dizer que o controlo público do poder se revela ainda mais necessário numa época como a que vivemos, quando a separação de poderes é sistematicamente violada por um Governo troikista e autoritário, que nem as decisões do Tribunal Constitucional respeita, e, por esta via, cilindra os interesses legítimos (e constituídos) dos cidadãos que se deparam com um Estado com poderes praticamente ilimitados. A administração da justiça, no caso que conduziu à prisão preventiva do ex-PM, ilustra também essa arbitrariedade, logo violação do estado de direito que seria suposto observar.

Colocando a questão mais em perspectiva, podemos afirmar que o ideal do Estado todo poderoso, e é isso que hoje ocorre em Portugal (em que até o PR também é da cor política do Governo que suporta, e com quem anda ao colo!!!) foi sempre poder ver todos os gestos e escutar todas as palavras dos seus súbditos, de preferência sem que estes soubessem que estariam a ser vigiados e controlados. Ora, este ideal, até pela manipulação de algumas polícias (como o SIS, por ex.) relativamente à sua relação com a Polícia Judiciária (sabe-se lá por quem e em benefício de quem!!!) revela que se tornou numa prática concreta dos nossos dias. O que representa, naturalmente, um perigo adicional para a democracia representativa e para todos e para cada um dos cidadãos em Portugal. 

Dito isto, atingimos o cerne da questão - levantada pela decisão verdadeiramente desproporcional por um juiz que se julga acima da lei e que busca, ainda que de forma discreta, um protagonismo e uma fama de que já goza: engaiolar poderosos. Mas, nesse caso, pergunta-se por que não adoptou conduta equivalente para com pessoas que representam hoje maior perigo na sociedade portuguesa? Ricardo Salgado (e elementos ligados a si e à sua família), os players dos vistos GOLD e até a própria figura do PM ainda em exercício, que levanta as maiores suspeitas de corrupção e de participação económica em negócio, entre outros crimes igualmente tipificados na lei. Mas perante estes casos, o mega juiz responde com um silêncio ensurdecedor, como diria Miguel Torga, lá do outro lado das montanhas...

De tudo ressalta a grande questão: Quem guarda os guardas?

Ou quem controla os controladores?

Se não encontrarmos resposta adequada a esta pergunta, que é da máxima relevância, então a democracia está doente, e ela tende a ver agravada a sua doença à medida que o Governo vai manipulando - como pode - a administração e  gestão da cousa pública  e, desse modo, pondo em prática o seu poder austeritário, já sem troika, mas igualmente invisível e opaco na sociedade portuguesa. 

Ou seja, subtraindo aos cidadãos todo e qualquer meio de controlo sobre ele. Eis o ponto a que chegámos, e que aquela decisão arbitrária e desproporcional por parte de um juiz, que manifestamente não leu Platão nem sabe de Direito, muito menos aplicá-lo, será também inevitável concluir que não poderá (nem saberá) aplicar uma recta Justiça. 

Isto, independentemente, de o cidadão agora detido ter um património alegadamente avaliado em 20ME. Se tivesse 10 ou 40M€ a base de raciocínio seria idêntica. 

Presumo que os valores e os princípios que informam o rule of law ainda não se medem em função do número de euros que temos nas contas..., ainda que seja importante conhecer a origem admissível de tais capitais. 

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