A sorte de vivermos neste Arco-íris do tempo finito
- ESTE ESPAÇO DESEJA A TODOS QUE O VISITAM UM PRÓSPERO ANO DE 2009. Bebel Gilberto - Aganju
Macro de grande, skopein de observar: observar o infinitamente grande e complexo. Tentar perceber por que razão a ave vive fascinada pela serpente que a paralisa e, afinal, faz dela a sua presa.
Não raro a frustração assalta-nos: na economia, na sociedade, na política. Não há área em que não ocorram frustrações, quando o técnico, o político, o artista desenvolve noções que depois entram em desacordo com a realidade que visava explicar. Naturalmente, este gap gera ânsias e frustrações nas pessoas. De resto, as pessoas felizes nunca têm fantasias, só os insatisfeitos, como diria Freud.
E o artista, para evocar Miguel de Cervantes, é ecce hommo que está em desacordo com a vida, porque a concebe de modo diferente daquele que ela é na realidade. Aqueles que se conformam com ela são, no dizer de Virginia Woolf, os silenciosos, e destes não reza a história.
Decorre isto do facto de Dom Quixote ser o símbolo clássico, imortal do artista em desacordo com a realidade. Do mesmo modo que não se consegue chegar a um acordo na política, e o caso flagrante do Estatuto dos Açores revela o ponto a que chegou o absurdo da política em Portugal (com tanto irracionalismo, de parte a parte), do mesmo modo que também não se consegue chegar a um acordo com a rotina da vida vulgar. Quando se identifica este limite, esta finitude - é quando se abre a porta para criar um mundo imaginário próprio, que cada um de nós, no plano pessoal e/ou institucional - acaba por criar.
E criando esse universo imaginário acentua-se o afastamento da realidade. A delusão de D. Quixote nem sequer é uma caricatura exagerada da auto-desilusão do artista, mas uma tentativa de ajustar o mundo às reivindicações de um indivíduo que reage contra a realidade intolerável através de ideias imaginárias.
Ora, tanto o artista como o louco preferem sacrificar o mundo em vez das suas próprias pretensões ou, como preferem chamar-lhes, ideias. Aquilo que creio ter-se passado no lamentável e até ridículo caso em torno do Estatuto dos Açores foi a derrota da razão perante os comandos dos caprichos e dos egos políticos inflamados que atingiram todos os absurdos.
E aqui temos de ser sérios: Cavaco esteve mal porque deveria ter solicitado o diploma/Estatuto dos Açores ao TC para que este expurgasse as normas inconstitucionais nele inclusas; e o grupo parlamentar do PS na AR deveria ser mais humilde e não converter a maioria em supremacia que, a prazo, pode sofrer de um efeito de boomerang político. Embora tenha sido Cavaco que tivesse averbado a derrota política (imediata) é, doravante, a maioria de deputados no hemiciclo que joga à defesa na aprovação de futuros diplomas com os quais Belém pode "querer" implicar, nunca se sabendo, verdadeiramente, qual ou quais deles o são por vontade autêntica ou qual ou quais deles resultam de mera implicância política de Belém - ainda que adornado pelos sistemas intelectuais de justificação usados para dourar a pílula. Logo, o confusionismo e a litigância política em Portugal tenderá a aumentar em 2009.
Esta falta de equilíbrio no jogo de poderes constitucionais levou a que o artista se afastasse mais da realidade, a distância que separa hoje a realidade interior da realidade exterior em Portugal aumentou, aumentando o fosso entre o que os actores políticos pensam e fazem, projectam e realizam. É esta falta de autenticidade entre os homens - que hoje alastra ao sistema político - que gera desconfiança nas pessoas e nas instituições, uma fronteira que hoje se agrava em virtude da grave crise de recursos económicos, morais e espirituais que nos encostam à parede - alimentando um universo de fantasias e de fantasmas que nem sempre culminam em grandes obras d'arte.
Por vezes, até o subproduto dessas fantasias conduz a sérias crises políticas que, quando encadeadas com graves crises sociais, económicas e financeiras, criam o molotov explosivo para que passemos a andar todos algemados na nossa própria terra.
E assim fica sempre mais difícil qualquer artista pintar o povo que somos ou retratar os homens que já fomos. Se é útil que o artista se afaste um pouco da realidade, para poder criar e recriar com melhor perspectiva, é bom que esse afastamento não seja radical, sob pena de rompermos equilíbrios sociais importantes que não se restabelecem em duas penadas.
O ridículo Estatuto dos Açores, de que daqui a uns meses já ninguém se recordará, nem o próprio PR, evocou-me a história do artista que entra em desacordo com a realidade. O que também foi uma maneira simpática de evocar Miguel de Cervantes e D. Quixote - que tem andado um pouco esquecido.
UM EXEMPLO DE LOUCURA POLÍTICA NA CAPITAL, UM CASO EM QUE O AFASTAMENTO DO "ARTISTA" DA REALIDADE É GROSSEIRO.
Santana - que gerou a dívida e agravou o buraco financeiro na capital entre outras trapalhadas urbanísticas - propõe-se agora sanear a autarquia, e com a ajuda de quem? - Do Governo.
Ensandeceu.
Para modelo urbanístico - a dupla-maravilha Santana-Carreras - elege Berlim Leste.
Se isto não é um exercício puro e aplicado de demência política na capital, é melhor chamar a polícia que eu não pago...
Com jeitinho ainda integram o deputado Bernardino do PCP - e acabam todos em Pyongyang a tirar as medidas aos centros culturais locais para reproduzir nas avenidas novas.
Hoje o espaço para a fantasia é limitado. A realidade psíquica e política de Santana e seus muchachos ultrapassa sempre a ficção.
É a loucura total no psd de Manela.
PSD prepara programa para Lisboa, in DN
[...]
A renovação urbanística que se fez em Berlim-Leste é um exemplo para o PSD/Lisboa, que, no programa eleitoral com que se vai candidatar às próximas autárquicas, pretende "ver o que os outros fizeram bem" e depois aplicar. "Não são projectos ideológicos", afirma Carlos Carreiras, o chefe do PSD de Lisboa e o principal impulsionador da candidatura de Pedro Santana Lopes à CML.
A primeira prioridade será, contudo, o saneamento financeiro, um drama que "decorre de um tempo anterior à gestão do PSD na câmara". Sem este problema resolvido, qualquer programa "será mera demagogia" e o PSD pretende obrigar o Governo a resolvê-lo, pelo menos parcialmente: "É preciso chamar o Governo à responsabilidade que tem na capital."
Para o partido de Santana Lopes, a cidade deve desenvolver-se com uma estratégia de fixação de "tecnologia", "talento" e "tolerância". Lisboa foi ultrapassada por Barcelona, Valência e Vigo nos campeonatos regionais de cidades e o PSD conta arranjar um programa para travar o avolumar do fosso. [...]
... À sr. Ferreira Leite qual era o principal problema actualmente em Portugal: - ela respondeu que era o Estatuto dos Açores. Como porta-vox de Belém, era uma resposta esperada. - Depois fizeram a mesma pergunta a Al berto Jardim: - que alegadamente respondeu que o problema em Portugal residia nos "bastardos" dos jornalistas e nos maçons imperialistas. Em 3º lugar colou-se a mesma questão a Luís Filipe Vieira - que disse ser o facto de o Benfica já não ganhar um título há anos. Como se vê a realidade é complexa e multidimensional. Por fim, colocou-se a referida questão a um "almeida" da CML - que referiu que o grande problema reside no facto de Santana querer regressar à edilidade, o que aumenta exponencialmente a possibilidade de existirem mais buracos na cidade adensando o caos urbanístico.
... Apoiado em muletas, dizia Salvador Dali - talvez influenciado por Freud - com quem conviveu. Mas em Portugal, a principal figura do Estado, aquele que ocupa o vértice da pirâmide do poder e chefe supremo das FAs - ocupa boa parte do seu tempo preocupado com um Estatuto insular - que é um "doce" para juristas, mas nada diz aos milhares de portugueses que estão desempregados, aos empresários que hesitam entre abrir falência e continuar a endividar-se, aos milhares de portugueses que fazem uma terrível ginástica para assegurar a prestação da casa ao banco e aos jovens licenciados que terminaram os seus cursos e as caixas dos supermercados - entre outros trabalhos menores - acabam por ser a tábua de salvação para não continuarem a viver em regime de CP (casa dos pais) - o que retarda e amputa a taxa de natalidade e envelhece este nosso querido Portugal. Mas com este passivo, com este capital de queixa cavaco não está preocupado. Lamentável. Eis alguns dos problemas sociais dos portugueses, e em vez de verem o PR a ir à TV fazer um comunicado informando o país que conseguiu, em virtude da sua imensa carteira de contactos políticos internacionais feita ao tempo em que foi PM, de um novo investimento por parte de uma multinacional que empregará 2 mil trabalhadores qualificados, aumentando a competitividade da economia portuguesa melhorando também a performance das nossas exportações, aquilo que os portugueses vêm é um PR, com um ar muito enjoado, fazer comunicados à nação sobre o Estatuto jurídico dos Açores. Na época de excepção em que vivemos, em que os portugueses passam por tantas privações, isto é aviltante para a dignidade colectiva e só reforça a sua crença de que os políticos que têm apenas se preocupam com as aparências e os poderes formais de que são titulares - marginalizando a busca de soluções sociais e económicas alternativas que melhorem as condições de vida dos portugueses, potenciando a sua liberdade de escolha - que é o verdadeiro objectivo do desenvolvimento. Com melhores serviços sociais, de saúde, de educação - interligando todas estas oportunidades sociais num sistema mais personalizado e transparente. Ora, no discurso de Cavaco nem uma única vez se ouviu a palavra desenvolvimento, modernização, crescimento, emprego (ou empregabilidade), coesão social, combate à pobreza, redes de comunicação, etc. Cavaco é um político do séc. XX - fechado na sua torre de marfim, recebendo as cartas do zé povinho em Belém, denunciando a sua pobreza nos media, ecoando as suas privações mas, na realidade, na prática, na substância das coisas - cavaco pouco ou nada faz para potenciar o crescimento e o desenvolvimento dos portugueses. Discursos e mais discursos é a especialidade do actual locatário de Belém. Cavaco anda mal aconselhado, e quando pensa por si assemelha-se a Ferreira leite, denunciando uma visão limitada, sectária e provinciana do país e da sociedade, mas o que os 10 milhões de portugueses precisam é de alargar o seu leque instrumental de liberdade de escolha - que hoje não existe, nem cavaco tem contribuído para que exista. A resposta que Cavaco encontra - em final de ano - para dar aos desempregados, aos empresários em dificuldades, à classe média-baixa que em Portugal constitui a maioria das pessoas - é o Estatuto dos Açores. É com esse estatuto que os tugas vão arranjar empregos, pagar as prestações da casa ao banco, comer e beber, comprar roupas e garantir bem-estar. Por este andar, ainda acabo por votar no poeta Manuel Alegre nas próximas eleições presidenciais. Dezenas de pessoas que conheço - que votaram Cavaco nas últimas presidenciais - hoje afirmam já não o fazer. Porque a perspectiva de liberdade da autoria do sr. PR acerca dos fins que escolhe para presidir a Portugal e desenvolver a nossa sociedade é tão processual e segmentária que nem uma sociedade de grilos gostaria de viver assim no rectângulo. O rectângulo do estatuto dos Açores. Para um país que enfrenta hoje sérios problemas sociais, económicos e financeiros - isto, no mínimo, é tão lamentável quanto ridículo.
São conhecidas as relações tensas entre Cavaco e o grupo parlamentar do PS a propósito do Estatuto dos Açores, que se saldou numa derrota política para Cavaco, apesar de ter sido um braço-de-ferro gratuito e inútil - sem aproveitar ninguém. Antes pelo contrário, deixou um traço amargo no ego de Belém que se reflectirá nas relações com S. Bento.
Sucede que na vida, porque o tempo não pára, os factos ocorrem encadeadamente, nada é estanque e, hoje, termina o prazo de promulgação que a Constituição concede ao PR para promulgar o referido Estatuto.
Entretanto, está agendada uma declaração ao País por parte do PR, que será feita à noite - em que Cavaco poderá fazer algo de diferente, inclusive dizer que pensou recusar-se promulgar aquele importante diploma sob justificação de que os seus poderes constitucionais foram tocados, ainda que o PSD se tenha abstido na votação da AR. Mas nesse caso, o Governo caía - e o país teria eleições legislativas antecipadas (o que talvez favorecesse Sócrates e o governo), mas Cavaco jamais queria um fardo tão pesado sobre os seus ombros. Viabiliza.
É aqui que se abre uma bifurcação: ou Cavaco aceita, lambe as feridas e promulga o Diploma - que entrará em vigor a 1 de Janeiro; ou inviabiliza o diploma e solicita que se façam alterações ao mesmo para se acomodar melhor à realidade do sistema de poderes constitucionais vigente em Portugal. Mas já sem tensão política..(na esfera da fiscalização sucessiva da constitucionalidade).
Medina Carreira, aparte ser um ex-ministro das Finanças, um homem inteligente e culto, senhor duma fina e demolidora ironia, especializou-se em ir para a tv de Balsemão desempenhar o papel de profeta da desgraça. Com ele a realidade só piora pelo efeito psicológico que gera. Se existe violência civil em Atenas, ele teme que a coisa se generalize a Lisboa e às avenidas novas.
Foi também mandatário de Cavaco a Belém, se calhar é por causa disso que Belém tem cometido tantos erros políticos. Deus nos livre que Medina volte a ser governante em Portugal, se fosse os portugueses teriam de vender os anéis e penhorar os fios de ouro e de prata para comprar pão e andar de bus. Além de escavacar a bolsa de valores de Lisboa em 24h. Seria, em rigor, um atentado à economia virtual e um desastre para a economia real. Nenhum investidor viria para Portugal se ouvisse 5 segundos Medina carreira.
Resta a Medina cultivar o papel de entertainer anti-governo (seja ele qual for, porque o seu lema é ser sempre do contra), debitar mais umas piadas finas no domínio económico, entalar o jornalista da Sic, José Gomes Ferreira e, por fim, concordar com o Governo no essencial: aumentar o défice para 2009 (aliás, permitido pelo PEC - agora nos 3%).
No fundo, Medina discorda para concordar. É um prodígio da ciência económica, ainda irá fazer companhia a Paul Krugman...
Ou seja, Medina Carreira até vai atrás do governo, mas não resiste à piada. Em momentos de crise - servem para lavar a alma, e esse é hoje o papel do economista Medina Carreira na sociedade portuguesa.
Antes disso foi ministro das Finanças.
Confesso ter simpatia pelo economista, evoca-me um desenho animado da minha infância, o Mr. Magoo.
Lembram-se do Mr. MaggoO [link]??!! Mr. Magoo - Magoo's Buggy - 1961
Provavelmente, Leon desconhece a realidade política portuguesa, mas se conhecesse perceberia que a sua teoria acerca do humor encontra plena aplicação em Ferreira leite (humor trágico) e em Santana Lopes (humor cómico). Com aquela choramos e coramos, com este o riso é um fartar...
Ambos estabelecem o contraste do humor em Portugal, pena é que sejam do mesmo partido...
GATO FEDORENTO - ZÉ CARLOS 6: Entrevista a Santana Lopes
GATO FEDORENTO - ZÉ CARLOS 5: Entrevista a Manuela Ferreira Leite
Obs: Supondo que nas próximas eleições autárquicas o nível de abstenção seja manifestamente inferior ao verificado em 2007 - nas eleições intercalares na sequência da queda do Executivo autárquico de Carmona Rodrigues - é de crer que em 2009 a massa eleitoral seja maior e queira punir o psd e o seu velho candidato a Lisboa - Santana lopes (que a abandonou à 1ª oportunidade de ir para o Governo) - e, desse modo, o PS e António Costa vejam confirmadas as margens de vantagem que esta 1ª sondagem revela sobre a relíquia representada por Santana Lopes, contra a sua própria líder. Desta feita, António Costa terá uma tarefa complexa, mitigada e abrangente - já que terá de ir buscar eleitorado a Carmona, ao psd mais conservador, ao PCP e ao BE - que já goza do apoio do seu ex-vereador. Aparte estes floreados eleitorais no plano autárquico, os projectos em curso na capital exigem continuidade, consistência e rigor ao nível da gestão dos recursos financeiros sem, com isso, comprometer uma visão de Lisboa para a próxima década, requisitos que só a candidatura de António Costa hoje está em condições de garantir. O resto são taticismos de circunstância que não resolvem os problemas da cidade.
“A reconciliação interna é sobretudo uma questão pessoal. E é quem abriu conflitos que a tem de fazer”, in Expresso
Agora é a vez de Paulo Portas, o candidato único ao último Congresso do cds, responder ao repto do antigo-líder do partido, Ribeiro e Castro. Recorde-se que Paulo Portas intrigou, manobrou, pressionou, chantageou para expulsar Ribeiro e Castro da liderança do CDS, conseguiu. Portas receava que a investigação aos sobreiros do Ribatejo denunciada pelo bes e a forma como o o seu partido era financiado - com pessoas que já haviam morrido, mas que continuavam a contribuir com as suas quotas - , havia que condicionar esse fluxo de informações, e estando dentro do partido a "abafagem" seria mais eficaz do que estando fora. Depois, havia o problema da compra dos submarinos e das milhares de fotocópias... Enfim, resíduos do Governo Barroso depois sucedido pelo experimentalismo de Santana.
Mas mais do que reconciliado, o cds carece urgentemente é duma limpeza, duma reciclagem. Sob pena de as demissões se sucederem em massa e Portas ficar no seu Smart-do-Caldas a fazer discursos para ele próprio.
in Expresso
Obs: É curioso que da história dos assaltos nenhuma notícia ainda deu conta que andam a roubar livros. Só se assaltam moradias, carrinhas de valor, bancos, carjacking, ourivesarias... Até aqui as livrarias são os parentes pobres dos assaltos. Como diria António Lobo Antunes, os assaltantes são pessoas de classe social média-baixa, como os leitores. No dia em que os leitores integrarem a classe A - então aí o preço dos livros baixará. E eu a pensar que eram os accionistas de bancos e administradores e até ex-presidentes dos Conselhos de Administração que concediam empréstimos e perdões aos próprios filhos, como era apanágio de um banqueiro compulsivamente reformado. O mesmo que nas décadas de 80 e 90 proibia que as mulheres fossem funcionárias do bcp porque ao parirem tinham direito a férias que o opus-banco do eng. Jorge Jardim Gonçalves, que viu a sua reputação na lama depois de décadas de trabalho na causa da prelatura financeira, não lhes queria dar. Ficava caro, mas já não fica caro pagar 70 e 80 mil euros/mês a uma administrador... Estou convencido que quando se começar a assaltar livrarias em Portugal o preço dos livros baixará. Até lá os assaltantes serão os analfabetos do costume.
Louçã vs. Sócrates: Crise financeira e regulação do mercado
Louçã propõe ao PM que mande descer as taxas de juro euribor para poupar os cidadãos com empréstimos à banca, o que para um académico de formação económica é algo do outro mundo; e o PM, revelando que desconhecia o que era a operação short selling (o que só lhe fica bem reconhecer) critica, e bem, essa atitude especulativa que gera mais mais-valias sem nenhuma ligação à economia real - na esperança de que sejam os governadores dos Bancos Centrais da Europa a propôr essa descida duma taxa de juro que o economista Louçã pensava ser da responsabilidade do PM.
Louçã é mesmo economista, não é?! pois...
E depois o Sócrates é que se formou na Independente...