segunda-feira

Back to the future: o tabulopes...

Image Hosted by ImageShack.us
  • Com aquela declaração, black & whith, que dá para tudo e não serve para nada, um figurão do teatro político luso despede-se dizendo que precisa de descansar por uns dias, mesmo quando o jornalista de serviço o interroga se as férias vão durar um ano.
  • Confesso que cada vez mais me surpreende. Ver um treinador a acumular derrota sobre derrota, no final o sujeito dá uma conferência de imprensa para dizer: "vou só ali a baixo ao Algarve rosar-me um bocado, ver as estrangeiras, curtir a noite. Depois estamos aí, prontos para olhar para as presidenciais, mesmo que para o efeito - se tenha de engendrar mais um tabú: o "tabulopes", que é uma degenerescência da matriz. Ou seja, perde-se mas ganha-se. Ganha-se transferindo factores de risco e incerteza para os outros. O que interessa, no caso vertente, e não estou a falar do treinador do Benfica cujo nome me escapa, é o élan que a coisa provoca nas revistas do co-ra-ção.
  • Toda esta "estória" tem contornos esquisitos, obriga-nos a deixar a razão e a normalidade para compreender a anormalidade e ganharmos intimidade com o absurdo, entretanto assumido como padrão no último ano político que incendiou Portugal, apesar do frio e da neve. Em Portugal, até o clima é paradoxal...
  • Em rigor, o tabulopes faz lembrar aquela despedida que já cheira a regresso. O regresso d'alguém que nunca partiu. Ora é este tipo de raciocínio - que podemos designar de "raciocínio Lili Caneças", que explica muito do que ocorre hoje na direita moribunda, escorraçada recentemente nas urnas.
  • Traduzido em miúdos, o tabulopes consiste no seguinte: imaginem um automobilista que viajava entre S. Bento e Belém. De súbito, o carro pára: estava sem gasolina, o combustível tinha-se esvaziado completamente. Perto havia uma povoação e nela um jovem, com mãos sapudas e olhar esgaziado, que fazia as vezes de mecânico. Examinou o carro e disse: - Não posso arranjar o depósito. Mas posso fazer outro igualsinho.
  • De acordo - diz o automobilista. Colocado o novo depósito, devidamente abastecido, o homem lá partiu. Mas depois, o carro voltou a parar. A gasolina tinha-se sumido de novo. O jovem mecânico tinha feito, como prometera, um depósito rigorosamente igual ao anterior.
  • Inclusive com um buraquinho...
  • Nota: esta "estória" é dedicada aqueles que consideram o poder da História e da Lenda um elemento essencial para explicar o real do nosso absurdo. A anormalidade da nossa realidade. Sem, contudo, nos confundirmos com esses materiais políticos e com esses personagens. Mas para que as coisas aconteçam, temos de nos envolver na estória de que somos - quase - parte. Como diria Vergílio Ferreira: para vermos a casa temos de sair dela...
  • Mas também podemos espreitar o mundo através da sua janela...
Image Hosted by ImageShack.usImage Hosted by ImageShack.us

O regresso de Marcelo

Image Hosted by ImageShack.us>Image Hosted by ImageShack.us
  • Marcelo regressou. Mais jovem, mais desconstraído, mais nutrido e também mais soft. Suavemente brilhante. Mas menos incisivo e contundente como, aliás, seria de esperar. O resultado eleitoral acalmou os ânimos dos portugueses, e depois do climax vem sempre o cigarro (para quem fuma). Depois o organismo acumula mais energias até ao momento crítico seguido da explosão. É biológico. É biopolítico.
  • A dupla Santana e Portas saíu de cena pelas portas traseiras. Foi enxovalhada nas urnas. Disse o que disse de Sócrates: um boneco programado vazio de ideias. E as que tem serão, porventura, sopradas por Guterres e Vitorino. Dizer mal de quê? De quem? Marcelo não é kamikaze nem faz crítica gratuita. Tem senso comum. E as contas políticas (já foram, em parte) saldadas, pelo povão de esquerda, que falou por ele expressivamente. Ou foi ele que, expressivamente, lhe antecipou a vontade quando geriu cirurgicamente a perseguição que lhe foi movida por uns players impreparados da política articulados por um empresário da Comunicação que não leu Maquiavel e gaguejava muito (e corava ainda mais) quando a jornalista lhe perguntou: afinal, pressionou Marcelo!?
  • Marcelo aparece soft, mas sem interlocutor à altura. Pergunta e responde ao mesmo tempo. Conduz a jornalista que, coitada, parece que é "consagrada", resta saber porquê e por quem. Ou, como refere Adelino Maltez, no seu blogue, por sinal dos melhores na área política em Portugal, é uma caixa de ressonância da vox do Professor.
  • Mas sempre pedagógico, preparado, articulado, sensivel às questões sociais do envelhecimento, da desertificação das cidades, do sofrimento humano, ou não fosse ele um crente confesso. Agora seria maior urgência que o interlocutor do professor se preparasse políticamente, sob pena de, amanhã, o professor aparecer no écran a falar sózinho para 2 milhões de portugueses, apesar do penteado da senhora que, para a semana, parece que regressa ao habitual. Mais valia, talvez, um pente 2 quando se assenta praça no Quartel-Geral de Abrantes - tudo como dantes...
  • Para quem tinha grandes expectativas ficou como aquele adepto de Santana Lopes, desmotivado, embaraçado, senão mesmo frustrado; para os mais realistas, a coisa não arrasou. Mas sempre podemos ler a biografia de José de Mello, senhor duma grande fortuna, mas a quem o dinheiro não roubou a qualidade da escrita, hoje indispensável para perceber a evolução do salazarismo para o marcelismo. Enfim, um livro para Moreira & Simão lerem ao serão numa tarde de Verão - e nunca digam que não.. Ou então, para Belmiro - que apesar da fortuna, não se exime a levar umas farpasitas - na farpela, com o devido respeito pelas compras que faço no seu supermercado, onde lhe tenho dado muito dinheirinho a ganhar.
  • Amanhã, lá estará o PS a pedir conselho educativo, reitoral e sensorial à velha duplas de restolhos que ainda olham para as pessoas com as pu-pilas dos olhinhos a piscar-a-piscar, fazendo-os sentirem-se gigantes mirando formigas de asa. As formigas da democracia contra os restolhos salazarengos que transitaram para a democracia e nunca se aposentam.
  • Mas tudo isto pode mudar, e Marcelo voltar a ser o l´énfant terrible doutros tempos. Mas para que isso aconteça temos de esperar. Esperar que Sócrates forme governo e mostre a cara do país-político e comece a governar. Só aí, então, os erros começam a ter lugar e a fazer carreira, e a análise a aguçar as facas para espetar nos factos vindouros.
  • Até lá o país real segue deprimente para o cabeleireiro da Isabel Queirós do Valle que, espero, para a semana tenha também o gosto de arrumar uma outra geometria capilar à senhora jornalista que, provavelmente, se fará acompanhar de gravador. Não já para concordar e servir de camara de eco roto, mas para gravar as respostas em directo e mostrar aos netos quando chegar a casa, pela calada da noite. Num teatro que, ao menos, podia ser melhor ensaiado, assim os 2 milhões de portugueses sempre pensariam que ninguém faltou aos ensaios.
        • Afinal, como vai ser ser o corte: misse e permanente, ou pente 2 e uma trança à hippie.!?
        • Saí um Martini para a mesa 4, on the rock's, please.
Image Hosted by ImageShack.usImage Hosted by ImageShack.us

sábado

O Mercedes, o cigano e o casaco..

  • Image Hosted by ImageShack.usImage Hosted by ImageShack.usImage Hosted by ImageShack.us
  • Com o inverno vem o frio. E o frio obriga-nos a comprar roupa porque já não aguentamos viver como os nossos antepassados. Vai daí, o mercado de rua é, ainda, o local de oferta e procura mais eficiente para adquirir essa segunda pele que já não dispensamos...
  • Geralmente, quem melhor e mais vende, é essa categoria socio-antropológica que responde pelo nome de raça cigana. Esses nómadas do tecido que fazem com que já não haja Norte nem Sul. Apenas comércio. A dada altura, quando comprava o casaquito, barato e de melhor qualidade do que em muitas casas da especialidade que vendem pelo quíntuplo do preço, perguntei ao dito Senhor - se não me fazia um desconto.
  • Asseverei, na brincadeira - e também na expectativa do tal desconto, que muitos deles - da sua categoria sociológica - até já compram Mercedes, tal é a prosperidade e estilo de vida que muitos ciganos já conseguem ter em Portugal.
  • Mal acabava de pedinchar o desconto, está o amigo cigano a ripar da carteira para mostrar, com orgulho metalizado, o livrete da sua máquina. Um mercedes, ouviu bem!! Um Mercedes de 2002, comprado na Alemanha com um valor na casa dos 50.000 euros (10 mil cts.)
  • Comprei o casaco, mesmo sem o desconto. Despedimo-nos cordialmente, e pensei para comigo: isto é mais real do que a própria realidade.
  • E por ser tão verdade quanto o oxigénio que respiro, resolvi testemunhar esta pequena grande "estória". Uma estória de sucesso que não integra, certamente, as estatísticas dos 20.000 desempregados (extra) inscritos em Janeiro de 2005 nos centros de emprego de Portugal. Esta "malta" não anda, de certeza, de Mercedes, mas gostaria...
  • Se contasse esta estória em família ou entre amigos, provavelmente, poucos seriam os crentes.. Assim, escolho o espaço virtual - mais real do que a própria realidade.
  • Não é isto admirável!?
  • Visto por trás...
  • (Óh chefe compre aqui um casaquinho ó cigano...")
Image Hosted by ImageShack.us

A vida é uma viagem

A vida é uma viagem Image Hosted by ImageShack.usImage Hosted by ImageShack.us A minha vida é um autocarro cheio de dúvidas passageiras e de problemas diários e habituais que entram nas paragens da hesitação, da baixa auto-estima, insegurança e falta de conhecimento. Lá vai seguindo, engarrafado em dificuldades e falta de soluções, não respeitando sinais num qualquer cruzamento A minha vida é um carro eléctrico com trajecto marcado no chão em linhas rígidas e paralelas. Saltar dos carris é uma tentação para a aventura e a ousadia que sorriem, atrevidas, emolduradas nas janelas. A minha vida é um comboio do metro correndo por baixo das dificuldades e, como seta afiada, penetro no coração das obscuridades. É uma veia cada túnel, é uma artéria, com sangue feito de electricidade, aço furando a inerte matéria, levando cada sonho à estação da felicidade. A minha vida é barco cruzando o rio, coração motor mecânico, unindo margens, abrindo o casario, levando braços para um trabalho titânico. A minha vida é táxi apressado ceifando o tempo, vencendo o espaço, para chegar ao avião. Ao hospital, a um encontro amoroso, tantas vezes adiado, ou a triste despedida fraternal selada com derradeiro abraço. A minha vida são meus pés, meus sapatos, minhas pernas, percorrendo ruas, praças, escadas, largos, vielas e avenidas entre prédios de fachadas modernas ou casas onde moram, aprisionadas, histórias que nunca serão esquecidas. A minha vida é um viajante sem bilhete, simples ou de ida e volta, passe social ou título de transporte. É uma viagem solta, Percurso de um só sentido, Único, exclusivo, pobrete que só por mim pode ser vivido até que chegue o cobrador trazendo a morte. A minha é viagem diária, A horas mortas, fins de semana, horas de ponta, sei de onde é originária mas não sei dizer onde o seu fim se apronta. Tenho a razão por companhia e o bom senso é o meu guia mas o que será esta viagem, tão fantástica e tão apenas minha só o saberei na última paragem, quando o meu coração, cansado, chegar, por fim, ao fim da linha…Agradeço ao autor – Domingos Freire Cardoso, por me ter permitido ler este seu belo e fecundo poema
Image Hosted by ImageShack.usImage Hosted by ImageShack.us

sexta-feira

Santana Lopes elogia Jorge Sampaio. Sans rancune...

P Image Hosted by ImageShack.us
SL
  • Que remédio... Com jeitinho ainda lhe vai pedir apoio para as presidenciais..., sans rancunes...

O primeiro-ministro cessante despediu-se esta sexta-feira do Presidente da República «sem rancores» e com a convicção de que Jorge Sampaio fez a leitura certa da vontade popular quando decidiu dissolver o Parlamento e convocar eleições.

  • O dr. dr. Lopes - conhecido por ter uma grande memória, parece tê-la perdido agora, no momento da despedido(a)... Ou já está a pensar em Belém!? Julgo até, a aferir pelos seus comportamentos e atitudes públicas, manifestamente conhecidos, que quer ou gosta de, pontualmente, fazer os portugueses de parvos e, no limite, transformá-los em sistemáticamente estúpidos. Pois o povo, dito de esquerda, não crÊ numa só vírgula que ele diz. E vem agora, do alto da sua lamentavel hipocrisia, dar razão a Sampaio só porque o país real deu a maioria absoluta ao PS... O dr. Lopes tem de compreender uma coisa: nem toda a gente privou com Sá Carneiro ou é uma sumidade em Direito Constitucional como alguns, agora, dizem que ele é. O tempo não parou, salvo na sua cabeça, e as leis universais também não. E foi por inobservância daquelas leis que o dr. Lopes foi corrido do país pelas portas traseiras, sem dignidade... Ante a derrocada, precisou até de dois ou três dias para digerir os estragos que fez ao país real e perceber que já não tinha condições, nem apoios... A política é a arte do engano, da força e da fraqueza, mas também da traição. Neste caso, a arte de dar tiros nos pés... Calculo que se o povo caísse na asneira de lhe dar a vitória, por uma qualquer maldição dos deuses, admito até que enviaria de imediato Sampaio para o Ruanda ou para a Libéria...

Após o almoço de despedida, no Palácio de Belém, Pedro Santana Lopes quis deixar claro que, apesar das divergências políticas do passado, a sua relação pessoal de «há muitos anos» com Jorge Sampaio permanece «intocável e inatacável».

  • "Caudilho"..., chama a isto divergêngias??? Sampaio é um caudilho..., ó dr. Lopes, tem de rever os velhos manuais de Ciência Política. Será que passou do índice??? ou então faça uma consulta rápida aos artigos da Polis do dr. Lili Rogério, que é considerado em Portugal como o maior especialista em generalidades... De tal modo, que há dias foi abordado por ña rua por um paciente que precisava de aspirinas e o confundiu com uma farmácia, ambulante... Outra opção, é recorrer aos serviços do dr. Delgado, sempre pronto para ajudar.. Aquilo é que amizade. Teve sucesso... Ao invés de um conhecido meu, que se fartou de elogiar o dr. P. Portas - na expectativa de subir a ministro dos submarinos... Descurando que estes não sobem, descem... Com o trauma da não promoção, passou-se para o Bloco de Esquerda, onde, hoje, serve o mano...

«O meu lema é sempre "sem rancores" e não guardo rancores nenhuns porque acho que eles não são devidos», acentuou o primeiro-ministro cessante, afirmando que procura sempre «não ser rancoroso».

  • Pois, pois, e eu sou o Bill Gates, até tenho mais dinheiro do que ele.. tanto que o Ricardo Salgado - Espírito Santo - (não confundir com os santos das capelas, já amarelados com o tempo, e de faces rachadas por verem tanto pecado intramuros) até já teve de abrir uma dependência no deserto só para mim...
Depois de sublinhar o «modo exemplar» como decorreu a relação institucional com Sampaio, Santana Lopes admitiu que o Presidente da República fez uma leitura correcta da situação política quando decidiu dissolver o Parlamento e convocar eleições legislativas antecipadas.
  • Compulse as declarações comicieiras que fez com o que diz agora... Em política há uma máxima que o senhor Lopes já deveria saber. E se não sabe, digo-lhe eu agora aqui: a credibilidade é como a virgindade, uma vez perdida nunca mais...
«É isso que revela o resultado das eleições. Com certeza que o povo disse que o sr. Presidente tinha decidido bem», reconheceu o chefe do Governo cessante, embora recordando que em democracia as maiorias têm legitimidade, mas nem sempre razão.
  • Graças a Deus

«O povo não decide bem só quando nos dá razão a nós», acrescentou.

  • Amen, agora todos)))
Após a refeição, Jorge Sampaio fez questão de acompanhar Santana Lopes à sala das bicas do Palácio de Belém para se despedir, naquele que deverá ser o último encontro institucional entre ambos.
  • Amen, 1000 vezes...
O primeiro-ministro cessante escusou-se a revelar pormenores sobre o futuro político, designadamente se retoma o cargo de presidente da Câmara de Lisboa, concentrando todas as declarações nos elogios ao Presidente da República.
  • Oh, meu Deus, outra vez não..., pfv. O aprofundamento e o alargamento dos buracos que dão cabo das suspensões e armortecedores aos veículos automóveis, não pára de aumentar. Terá o Lopes alguma comissão com o negócio das oficinas & reparações.. Óh meu Deus, por pfv, mais buracos não...
«Aprendi com os meus pais que para as decisões importantes deve dar-se pelo menos 24 horas. Já tomei a decisão de convocar um congresso do PSD, já tomei a decisão de não me recandidatar"
  • Pronto, lá está ele a ofender a família e a pendurar-se outra vez em Belém... Julga que os portugueses além de parvos são também estúpidos... Alguns, são até hermeneutas de 1ª água. Por isso, até os sorrisos, omissões e bocejos têm um significado preciso na figura do sr. Lopes. Por isso, o melhor mesmo é não aparecer em público nos próximos anos... Talvez até ao cumprimento do próximo Quadro Comunitário de Apoio - 2010-13. Ah, e a srª minestra da educação & ciência - que foi tudo quase la même chose, aussi...

«Quero apenas dar público testemunho do modo exemplar como decorreu o trabalho institucional», concluiu o primeiro-ministro cessante, que esteve no Palácio de Belém acompanhado pela sua chefe de gabinete, Ana Costa Almeida.

  • Bom, agora vou até ao Kremlim. Kremlin, não, pois ainda me chamam comuna. Vou antes até ao Plateau.. Mas isto também já foi chão que deu uvas.. Talvez a Kapital... do Burundi. Ou Ruanda, sempre fica mais perto do Corno d'África... Do que Portugal se livrou, meu deus, mesmo que o pesadelo tenha durado meio ano. Mais do que qualquer intervalo de filme de terror.
  • Diário Digital / Lusa 25-02-2005 15:33:00
  • A preto segue o texto do Sr. Lopes
  • PS: A Azul - seguem as nossas sugestões ou hipóteses de resposta.
  • Caro leitor,
  • Estimado amigo - Faça você o teste e responda por si.
  • Last remarque:
  • dr. Lopes guarde, pfv, os seus bons sentimentos para si. Jamais os partilhe com quem quer que seja. Em tempos, confesso, ainda tive alguma simpatia pessoal e até política pela esperança que representou em Portugal, numa dada altura. Mas depois de perceber que é um tigre de papel, e das dificuldades e imbróglios que gerou em Portugal nestes últimos 6 meses, estamos conversados. Confesso, que até um presidente de secção do PsD, daqueles que telefonam aos "intelectuais" para lhes escreverem os textos e burilarem as ideias que no dia seguinte apresentam nas conferências como sendo suas, faria melhor. O senhor, afinal, nada percebe de política. Nem um político soube ser. Andou rebocado por um partido pequeno, de 3 ou 4%, pediu conselhos a toda a gente. DEcidiu mal. Perseguiu muita gente boa. Colocou os amigos no poder, que o chamuscaram ainda mais. Não apresentou uma única ideia sustentável neste Portugal contemporâneo, que ficou estarrecido a olhar para si. E a descentralização para Santarém, a culminar na Golegâ, só podia ser uma brincadeira hípica que se esgota numa cavalgada de 3 segundos. Qualquer campino, de vara na mão e barrete na cabeça, o desaprovaria enfastiado..
  • Medite nestas linhas, e, em solidão verá que até estou a ser seu amigo. Releia, ou leia mesmo pela 1ª vez, o velho Nicolau. Olhe que ele não tem só O Príncipe, veja também os Discorsi...Verá quão longe está da boa e alta política. Fale com o prof. Marcelo, talvez possa dar explicações ao domicilio e faça um desconto especial para ex-companheiros.. Mas nada de ofensas, perseguições e pancadaria. Para ter sucesso, tem de se prometer isto a si próprio.. Seja resistente, como o maoista bruxelense, que hoje se ri de todos, inclusive de si... Já viu que não teve de fazer mais um congresso para o derrotar. Derrotou-o entregando-lhe o poder, de mão beijada. E você, naíf, aceitou. Ora o poder jamais é uma esmola... Por isso, é que quando o tentou conquistar nas urnas o povo, zangado, só lhe deu 28%... E roubou-lhe 32 deputados.. Isto mata qualquer partido.
  • Ah, lembre-se duma coisa. A política não é o que julga que ela é.
  • Ela nem sequer é exclusiva dos seus bons sentimentos. Por isso os deve guardar só para si.Bem guardadinhos.
  • E onde existe demagogia, populismo, ofensa, rumor, boato, assassinato político, tudo isso não basta para se dizer que se tem uma política. Aliás, isso é tudo menos política.É a sua antítese. Ora, em rigor, foi tudo isto que permitiu nos últimos 6 meses. E depois vai a Belém dizer o que disse! Humilhar-se de novo!?
  • E onde existe Habilidade e Astúcia - só o é por pouco tempo, para logo se impor o domínio da Força - que demonstrou não ter. O Direito, às vezes. Que demonstrou desconhecer.
  • Mas, afinal, quem deveria estar hoje a ser moral e políticamente julgado era do sr. Durão. Você acabou por ser um inocente, um ingénuo que acreditou que a política se faz com os amigos.
  • Não tenho qualquer dúvida que se hoje Sá Carneiro fosse vivo, lamentaria profundamente a sua performance. E acho também que desaprovaria a atitude moral e políticamente censurável tomada pelo dr. Durão, escravo do seu desejo e desmedida ambição.
  • E mais não digo, porque a Política é tudo e não é nada. Cheira mal sem que ninguém, ao certo, saiba explicar bem como e porquê!
Estas duas imagens significam:
  • 1) A presença d'alguém sans rancune no Palácio de Belém
  • 2) A face de Janus - esse deus de duas cabeças que olha para leste e oeste ao mesmo tempo
Agora, como já não pode olhar para S. Bento tenta olhar para Belém...

Image Hosted by ImageShack.usImage Hosted by ImageShack.us

quinta-feira

É a vida...

Image Hosted by ImageShack.usImage Hosted by ImageShack.us
  • - Meus Amigos, a pedido de um Psiquiatra conceituado publica-se o seguinte:
  • - Reenviem aos v/ amigos e inimigos, poderia ser um de vocês ou familiar -
  • Por uma questão de solidariedade para com um quase sem abrigo, procura-se com URGÊNCIA um emprego (não confundir com trabalho!) - contrato de seis a um máximo de vinte e quatro meses - se possível sem emissão de recibo verde, para um cidadão, ex-Presidente do Sporting, ex-Presidente da Câmara da Figueira da Foz, onde fez plantar várias palmeiras na marginal, ex-Presidente da Autarquia de Lisboa, onde promoveu altos estudos sobre a Feira Popular, Parque Mayer, casinos e como ex-libris o buraco do Marquês; ex-Vice-Presidente do PPD, Primeiro Ministro demissionário, próximo ex-Presidente do PPD/PSD.
  • Sofre de vários traumatismos pelas agressões intra-partido aquando na incubadora, e de graves equimoses, hematomas e úlceras profundas nas superfícies sobrelombares provocadas por ataques com armas brancas (vulgo facadas nas costas). Poderá vir a ser sujeito a tratamento psiquiátrico com diagnóstico de esquizofrenia por perda de contacto vital com a realidade, com permanentes estados delirantes por lhe haverem retirado a rede a meio do seu espectáculo circense na residência oficial de S.Bento.
  • Apenas, e num prazo previsível de cerca de um mês, poderá contar com o ridículo proveito de benesses como Deputado da República, com o qual terá de suportar fortes encargos de imagem pessoal.
  • Tem como registo curricular positivo, "grande" capacidade de argumentação como actor-comentarista televisivo, enorme capacidade para visões astrais, cliente cartão platina nos vários espaços de diversão nocturna lisboeta, desmedida força de luta e de defesa passiva - a carne é fraca - aos constantes assédios das fãs de jet-oito e..., enfim, que lhe atribuíram o cognome de Lavagante (um ascendente sobre seu antecessor que não passou de Cherne) nas suas últimas tournées nacionais.
  • Muitos se perguntam se Gueterres não tivesse abandonado o poder o que teria sido de Durão e de Lopes...
  • Afinal, porque é que a política não é reservada aos melhores!? Procuro as razões e só encontro lavagantes...
  • Esperemos que a competência, o rigor e a coragem de Luís Marques Mendes invertam este ciclo de improvisação política que precipitou Portugal no abismo dos últimos anos..
Image Hosted by ImageShack.us

quarta-feira

Portugal em três actos: execução, mendicidade e metamorfose

Image Hosted by ImageShack.us Portugal em três actos:
I acto
  • Era uma vez um país à beira-mar plantado que tinha um presidente que exercia o poder com total rigor. Detinha as rédeas da governação através da “bomba atómica”, ou seja, do poder de dissolver a Assembleia e de zelar pelas leis de forma lenta e rigorosa. Depois de ter sido permissivo e de premiar a monarquia em plena democracia, arrependeu-se e tornou-se cada vez mais impiedoso nas suas sentenças. A situação, porém, não se resolvia. Pois o presidente sentia a sua autoridade cada vez mais enfraquecida.
  • Um dia mandou chamar o seu primeiro-ministro (PM) e disse-lhe:
  • - Mandei executar um grande número de pessoas (e leis) e, no entanto, ninguém me teme. Como explica isso?
  • - É simples – diz o PM. – Tem que aprender o segredo da autoridade. Todos os que mandou executar eram incompetentes e culpados intramuros. Portanto, os outros não têm razão alguma para o temerem. Assim, se quiser realmente ser temido tem que mandar executar também alguns inocentes, juntamente com aqueles que fugiram para o estrangeiro e por lá ficaram com o sorriso maoista.
  • O presidente concordou. Tinha compreendido a lição que o seu PM lhe dera. Um dia depois mandou executar o primeiro-ministro.
II Acto
  • No momento em que escrevo já se sabe a dimensão da mudança em Portugal. A cartografia política alterou-se. Cerca de 30 deputados do PsD terão de regressar às suas “brilhantes” carreiras privadas de advogados para tentar fazer a política por outros meios, mas com menos certeza na previsão do salário. Regressando donde partiram: ao anonimato, deixam de ter imunidade e ficam mais expostos às doenças e aos vírus da realidade que atinge meio milhão de portugueses. Agora é que eles saberão dar valor ao último dos três pilares da revolução francesa: igualdade, fraternidade e “mendicidade”.
III Acto
  • A 3ª parte desta reflexão regressa ao presidente que, com a ajuda do seu povo, executou o PM. Trata-se de um presidente transformado em mulher. Em circunstâncias especiais um soberano deve ser capaz de resolver um enigma antigo em prol do bem comum. Vejamos esta metamorfose. Aquele presidente, por causa de uma qualquer maldição, foi severamente punido. Os deuses ofendidos com a sua lentidão e arrependimento transformaram-no em mulher e obrigaram-no a exilar-se na floresta, o que ele fez.
  • Aí, após umas semanas de errância e de mendicidade, tal como aqueles 30 deputados, o rei-mulher encontrou um jovem e vigoroso cortador de madeira que vivia só. O lenhador e a recém-mulher foram invadidos pelo amor. Uniram-se, viveram juntos e até tiveram meninos.
  • Quando a maldição terminou, o presidente voltou a ser homem. O lenhador ficou estupefacto ao ver que a sua mulher se tinha transformado no seu presidente. Este abandonou o lenhador (seu marido), abandonou os filhos (confusos) e tomou o caminho do palácio. Foi acolhido com manifestações de alegria e júbilo, e até as meretrizes do leste que negociavam o corpo na rua brindavam com champanhe francês. Enfim, uma verdadeira festança com bandeiras vermelhas e rosas pregadas nelas. Nas bandeiras.
  • Pois a despeito do pecado que lhe tinha valido a maldição, gozava de uma reputação de grande bondade e de verdadeira justiça. Assim que se soube do seu regresso, todos os amigos regressaram ao seu convívio, pois ele era o único que podia responder à pergunta: no acto de amor, quem experimenta o prazer mais intenso, o homem ou a mulher?
  • Consciente da importância das suas palavras, mandou reunir o País no pátio do seu palácio e mandou que se servisse uma sopa quente, copiando o método da sopa dos pobres ali aos Anjos. Fez-se uma sessão solene e meditou-se. Entretanto, alguém em representação do PM executado, reitera a questão. E o presidente responde: o prazer mais intenso é o da mulher. Tanto que até os deuses no-lo invejam. O povo agradeceu e retirou-se, satisfeito.
  • Antes de partir, o inquiridor ainda chamou o presidente e disse-lhe algo baixinho. Não se sabe bem o que murmurou. O facto é que no dia seguinte o presidente tinha desaparecido e nunca mais fora visto no palácio. Depois o povo, seu conhecido, encontrou o lenhador, já com o sorriso recuperado.
  • Então, adeus e até ao meu regresso...
Image Hosted by ImageShack.us
Image Hosted by ImageShack.us

terça-feira

Assembleia de heterónimos… A força de Luís Marques Mendes

Image Hosted by ImageShack.usImage Hosted by ImageShack.us
  • A força e a velocidade de Luís Marques Mendes
  • Na liça para suceder a Santana Lopes estão já na corrida Luís Marques Mendes, Luís Filipe Menezes e, eventualmente, Manuela Ferreira Leite, que tem o patrocínio oculto de Cavaco Silva e de António Borges, um economista afamado que foi convidado e desconvidado por S. Lopes para um alto cargo na Caixa Geral de Depósitos.
  • Manuela Ferreira Leite será, provavelmente, uma lebre que acabará por apoiar Marques Mendes numa fase ulterior. Poderá ser uma secretária eficiente na arrumação do partido, mas faltam-lhe qualidades de liderança política, que objectivamente, Marques Mendes tem. Este tem uma visão integrada do país real, aliás, já o era no tempo de Cavaco quando no Parlamento era conhecido como o “laranja mecânica”, um workaolic, sempre ajudando e instruindo os seus colegas (ministros) a ensaiar as respostas no quadro da refrega parlamentar. É rápido, é culto, domina vários temas sem grande problema e, por isso, tem facilidade em descolar dos assuntos financeiros e económicos que, à partida, seriam apenas do domínio de Ferreira Leite. Tem ainda outra característica rara nos dias que correm: é politicamente solidário e muito empenhado na resolução dos problemas de incidência local, designadamente na autarquia de Oeiras onde tem uma especial responsabilidade.
  • Filipe Menezes, tem um problema grave. Tão grave que questiona sua própria termodinâmica: dá passos maiores que as pernas e tem um catálogo de lutas fratricidas que dividem mais do que unem. Se fosse avião nem sequer fazia o take-of, porque ao tentar descolar já as duas asas tinham entrado em conflito uma com a outra, e lá se ia o combustível que asseguraria a viagem.
  • No Porto e em Lisboa. por onde passa deixa mais um traço de desunião em chamas do que coesão. É um homem em guerra civil permanente consigo próprio. Agora está com Santana Lopes, mas objectivamente, contra Durão. Ora se Lopes elogia o trabalho de Durão e assume a sua herança, pela lógica das coisas, Menezes, fica numa posição insustentável. Amante do preto e agradado pelo branco. Isto em política é fatal. Hoje quer ser presidente do PSD. Ontem combatia o seu líder, Durão, que hoje Lopes elogia. Meneses é, assim, um poço de contradições e, mais grave, nem sequer se apercebe delas. E não ter consciência de um problema é o primeiro passo para o abismo. Salvo se se escolher o abismo para governar, reeditando o esquema político de Santana, que recorria ao improviso e cujos resultados são conhecidos.
  • Amanhã, quando tiver acabado a guerra civil no seio do PSD, poderá fazer as pazes com Rui Rio, que jamais o apoiará. Menezes é, pois, um nome para esquecer, salvo pelo próprio que o deseja ardentemente, talvez para ajustar contas antigas entre os “sulistas e os nortistas” – e sair pelas portas traseiras do país real com as lágrimas nos olhos, e salvo por seguranças que o imunizaram duma valente sova colectiva. Sim, porque o PSD enfurecido é pior que o circo da Roma antiga…
  • Esta é, sem dúvida, a pior das opções possíveis que estão em cima da mesa. Marques Mendes é, sem dúvida, o mais político dos actuais políticos do PSD para poder protagonizar uma oposição credível e ser alternativa nos próximos anos à governação socialista, que agora entrará em funções.
  • Meneses é um homem com alguma influência regional, Manuela Ferreira Leite seria, porventura, uma boa tesoureira do partido, mas é Marques Mendes quem corporiza o projecto mais sólido, é ele que tem uma dimensão mais nacional para arrumar a casa, fazer todos os trabalhos de casa e, num futuro próximo, assumir os destinos do país.
  • Contudo, as ideias e os projectos de ambos ainda não foram apresentados, mas o padrão de sucessivas substituições de protagonistas políticos sem que lhes correspondam efectivas mudanças de orientações políticas, é que é necessário evitar.
  • Mas é, sobretudo, pela experiência feita de provas dadas na política activa, que Luís Marques Mendes se pode posicionar como o agente político melhor colocado nesta Assembleia de heterónimos, cuja manifestação é mais o diagnóstico do imaginário fracturado (iniciado por Durão e agravado por Lopes) do que propriamente um projecto singular para modernizar e desenvolver Portugal.
  • Marques Mendes não será nem o tesoureiro do partido (Ferreira Leite), muito menos o seu coveiro (Meneses). Ele será, com o apoio de Marcelo e de milhares de quadros superiores, médios e intermédios qualificados deste país, o gestor de conflitos, o negociador hábil de consensos, o homem do aparelho mas sem perder de vista as correntes inovação e de modernização da sociedade que melhor integrará na gestão da polis.
  • Marques Mendes será, a nosso ver, a nova esperança de que Portugal espera e desespera, ante o caos gerado e multiplicado pela ineficácia política e a impreparação técnica, cultural e política deixada por S. Lopes nestes 4 meses que mais pareceram 4 anos.
  • Em suma: dos três candidatos, Marques Mendes é o que tem mais experiência política, mais carisma e dimensão e, sem dúvida, melhor preparação técnica e cultural para desbloquear Portugal e ser, por fim, uma oposição credível e imaginativa ajudando o PS a levar por diante as reformas mais importantes que estrangulam o país.
  • Além de tudo o mais, Luís Marques Mendes foi o único político com dimensão nacional a revelar coragem política para ir sozinho ao Congresso de Barcelos e dizer aos portugueses aquilo que a maior parte deles já sabia. É que Portugal estaria mal servido com S. Lopes.
  • Além de ter acertado no diagnóstico, foi o único político que o disse ao país em tempo útil. Por isso, além da coragem política tem também a legitimidade para se apresentar ao Congresso e ganhar o partido. Ganhar o partido primeiro para, daqui por uns anos, conquistar o país nesta rotatividade que faz da democracia o coração da modernização e o élan do desenvolvimento sustentado que Portugal desesperadamente precisa.
  • Outra das vantagens de Marques Mendes está patente nas imagens infra. É que ele tem uma invulgar capacidade de trabalho. Talvez superior à de Durão e Lopes juntos. É, na verdade, um workaholic. O que é uma vantagem nestes tempos de globalização competitiva...
Image Hosted by ImageShack.usImage Hosted by ImageShack.us

Pedro-gulho - o efeito de persistência autodestrutivo

Image Hosted by ImageShack.usImage Hosted by ImageShack.us Ou o chamado efeito kamikaze...
  • Certamente que muitos de nós nos interrogamos a razão pela qual Santana Lopes, antes a débacle, não se demitiu imediatamente, como fez Paulo Portas, que é um profissional da comunicação e terá, seguramente, um emprego sólido quando abandonar a vida política activa.
  • A resposta mais verosímil para esta atracção pelo abismo, mitigado com obsessão auto-destrutiva pelo poder, radica no seguinte. Com efeito, S. Lopes não é um político qualquer, ele é um romântico ligth, e com ele em cena esse efeito sensacionalista, além de perdurar, ainda se agrava.
  • Ora este perfil interessa, sobremaneira, aos jornais e aos media em geral. Pois tudo o que seja sentimental, ocupando fotos, podendo-se ver novas tendências na moda, que concorre agora com a 1ª Dama - Maria José Rita – no desporto e o mais que as revistas apresentam, tende a persistir. Ou seja, S. Lopes é esse efeito emocional que emigra do futebol para a sociedade (transportando consigo também essa conflitualidade larvar), à míngua do aparecimento de verdadeiros líderes, com perfil e sentido de Estado. Alguma vez passaria pela cabeça de Sá Carneiro "alapar-se" ao poder de forma obsessiva após uma derrota daquelas!?? Julgo que não. Até porque seria uma confissão objectiva de que não se sabe fazer mais nada.
  • Porém, S. Lopes além de estar a destruir a memória daquele que abusivamente invoca, está também a afundar o partido consigo. Pois pensa que é o coração e a emoção que movem todos os cordelinhos da vida, e, assim, subordina tudo a essa vontade paranóica, já deslocada da realidade e com uma acentuada mania da perseguição, esquecendo-se de que o maior adversário foi ele próprio, com as gafes monumentais e o facto de se ter rodeado de actores políticos de 3ª categoria que acabaram por implodir o seu já débil edifício político. Tudo por causa do amiguismo político e dos oportunismos que sempre se multiplicam à sombra do Estado nessas ocasiões.
  • A sua persistência é, pois, um efeito desse sensacionalismo recorrente, animado pelos mexericos de sempre, dispensando qualquer esforço intelectual sério, já que 95% das suas aparições, no mínimo, são fotos sem texto. Fotos que bem poderiam aparecer num filme mudo, que diriam exactamente o mesmo, além dos efeitos especiais a que se presta no plano da Banda Desenhada (BD) para adultos.
  • O sensacionalismo de Lopes, para onde hoje quer (e está) a afundar o Partido Social Democrata, decorre desse mecanismo psicológico de compensação de que precisa para existir. E é dele que parte um fragmento do maniqueísmo político em que aterrou Portugal, em que Durão também foi co-responsável, ante o qual se desenvolve este jogo de espelhos do passar do tempo.
  • Em síntese, diria que Lopes está profundamente frustrado porque perdeu em toda a linha, já não tem bússola, sente-se vazio, não obstante não desiste de querer aparecer e reaparecer, sempre com as mesmas fotos privadas de texto. Ele é, essencialmente isso: um fabricante de aparições, uma página sem texto, e o que existe está em nota de rodapé em letra de contrato de seguro que ninguém lê. Inconsistente, truculento, ilógico e assim flutua sem sentido. No entanto, é capaz de incendiar um congresso e arrncar umas centenas de palmas a gente alienada, que tem a razão paralisada, que sofre desse efeito cinestésico. Ora Portugal não é um congresso de gente inflamada que vai lá acertar contare fazer vendettas privadas que ficaram acumuladas com o passar do tempo. E o mais grave, é que o PsD tem este grande defeito: é um partido altamente fratricida e triturante. Mata os seus filhos e devora os entenados. Veremos como será com Lopes...
  • Veremos o que os órgãos do partido dirão, dependente que estão dele para se manterem nos postos de comando agarrados aquele pequeno estatuto de ser qualquer coisa no conselho nacional, na comissão política, no órgão jurisdicional e o mais. Pois também o aparelho que está com ele no partido terá de cair, nem que seja de podre, doutro modo não há renovação nem modernização do projecto político do PSD no futuro próximo, amarrado que está a uma memória de incompetência e de sucessivos e múltiplos falhanços: educação, saúde, comunicação social, etc, etc.
  • Ante esta bebedeira política que tolhe o actual presidente do PsD é indispensável um ócio mais enriquecedor, que dê mais utilidade aos tempos livres que aí vêm, porque as revistas também acabam por danificar muito a imagem das pessoas que já estão esfrangalhadas, com os seus defeitos, falhas e erros. Ora isto também é nocivo para a família daqueles que estão muito expostos nessa arena. As crianças não têm (nem devem) de pagar pelos erros dos pais.
  • Tudo aquilo começou na gula bruxelensse do Sr. Barroso para Bruxelas, e depois o desastre acentuou-se intramuros, logo na tomada de posse. Quem não se lembra daquela tarde de Verão em que Peter Pan voava baixinho sobre um "ninho de cucos" procurando papéis que não encontrava… Há certos indicadores que nunca enganam. E os maus prenúncios nunca nos dão a chave do euromilhões...
  • Hoje, temos um engenheiro com nome de filósofo no poder. Confesso que é uma incógnita. Mas também Cavaco o era e, por vezes, há circunstâncias na história em que são as funções que fazem o homem. Veremos se o engenheiro não dá cabo da filosofia e aterra o nome do filósofo..
  • É que depois, se as coisas correrem mal (o que não desejamos por amor a Portugal) até se deixa de estudar o Platão no país, porque como é sabido o verdadeiro Sócrates era tão bom que nunca escreveu nada, e até foi acusado de andar a corromper a juventude. Mas também, com uma ministra da educação e da ciência daquelas acham que alguém se importaria com Sócrates, ou melhor, Platão - esse homem de ombros largos!?
  • Portugal é um país lindo, mas tem sido conduzido nos últimos anos por condutores embriagados pelo perfume do poder, que fazem ziguezagues, em que tudo é permitido, tudo é possível porque tudo é sensacional. Ora o problema radica neste ingrediente-chave que dá cabo de tudo.
  • Ante um elefante dentro duma loja de porcelanas a banar o rabo e a agitar a tromba, e um homem programado, frívolo e standardizado com fatos Armani e com cabelo à George Clooney –os portugueses não hesitaram. Creio, contudo, que o melhor mesmo é ter metas concretas. Que sejam nobres, humanas, realistas e ambiciosas. E depois estar disposto para as conseguir concretizar. Mas com outras fotos e, especialmente, acompanhadas de outras legendas..
Image Hosted by ImageShack.usImage Hosted by ImageShack.us
  • Estas imagens ajudam-nos a arrumar ideias e até a perceber a raíz de alguns dos problemas de saúdee mental. Sabia que a esquizofrenia afecta meio milhão de espanhóis. Semelhante número tem Portugal em desempregados.
  • Trata-se duma doença psíquica que inclui depressão, desordens mentais e alucinatórias. Estes pacientes sentem-se acusados e perseguidos e, em certos casos, pode até levar ao suicídio.
  • Os especialistas defendem que a realidade virtual (que cria imagens tridimensionais) é uma boa terapia para tratar essa enfermidade. O objectivo é conhecer melhor o funcionamento mental desses pacientes, muitos deles seduzidos e obcecados pelo perfume poder. Não era Henry Kissinger que dizia que o poder é o maior dos afrodisíacos!?
  • A vantagem desta terapia para diagnosticar problemas de esquizofrenia, radica no conhecimento mais eficaz do cérebro a fim de reeducar certos comportamentos, especialmente com aqueles que lidam com o poder ou padecem, sobremaneira, da sua privação. Nesses casos, há que aprender a ignorar alguns desses efeitos alucinatórios.
  • Lembro que um ex-ministro de Salazar, docente numa universidade privada, que fazia com que os alunos adormecessem nas aulas, duas décadas depois ainda não conseguia lidar com a circunstância de já não ser ministro.

sábado

Os melhores pintores...

Image Hosted by ImageShack.usImage Hosted by ImageShack.usImage Hosted by ImageShack.us
  • Os persas contam que foi organizado um concurso de pintura entre dois grupos de artistas. Uns eram chineses e os outros bizantinos.
  • O príncipe decidiu opô-los num concurso.
  • Os dois grupos de pintores foram colocados numa sala que um cortinado separava em dois espaços iguais, e encarregados de decorar as duas paredes opostas.
  • Os chineses pediram uma grande quantidade de pincéis, trinchas e cores de toda a espécie.
  • Os pintores bizantinos, para surpresa de todos, não pediram nada.
  • No dia da inauguração o rei foi lá com toda a sua corte. Destaparam primeiro os frescos chineses e todos ficaram maravilhados. Via-se ali um trabalho insuperável.
  • Depois destaparam a parede dos bizantinos e nessa parede viram, mas em posição inversa, as mesmas figuras e as mesmas cores da parede pintada pelos chineses. Os bizantinos tinham-se contentado em polir incansavelmente a parede, ao ponto de a terem transformando num espelho cintilante.
  • As pinturas dos chineses reflectiam-se nesta parede sem sofrerem das asperezas da própria parede e dos defeitos indisfarçáveis do reboco. As imagens ganhavam ali a sua pureza, uma graça, uma leveza tanto mais belas quando eram inesperadas.
Image Hosted by ImageShack.usImage Hosted by ImageShack.us

Morada de Deus...

Image Hosted by ImageShack.usImage Hosted by ImageShack.us Image Hosted by ImageShack.us
  • Um grande mestre da tradição hassídica, Y. Meir, era ainda criança quando alguém lhe disse, para se divertir:
  • - Dou-te um florim se me disseres onde mora Deus.
  • - E eu - respondeu a criança - dou-te dois florins se me disseres onde Ele não mora.
Image Hosted by ImageShack.us

Carta anónima aos portugueses

Image Hosted by ImageShack.us Caro amigo(a), Não pare de ler esta carta. Se o fizer, tenho um desgosto e irei pensar que só vai ao blogue romântico do J. Pacheco Pereira - o "Bruto -ab". Portugal precisa de outros blogues, que tenham mais do que meia dúzia de imagens melancólicas - cólicas. E só com o seu voto, ou seja, com a sua atenção será possível consultar outros blogues, porque de poesia estamos fartos.., mesmo daquela altamente qualificada e passada à lente do "ab" - que é o blogue mais odiado do P s D. Se você só costuma visitar o "ab", não é por acaso, é porque já se viciou em poesia. Afastando-se do país real, dos seus problemas. É que a poesia em demasia faz sonhar, e isso é mau para o fígado. Afastou-se do outros órgãos, rins, visícula e congéneres, que, como o povo, são determinantes. Por isso, não vá só ao "ab", venha também aqui - ao macroscopio... "É um favor que lhe peço". Será que há favores em política??? Ou isto será desespero!? Você, eu - nada temos a ver com os poderosos, os "ab" - que têm todo o tempo de antena do mundo. E para quê? Para nos dar doses maciças de poesia, caprichos e toneladas de egocentrismo... Já pensou bem nisso? Então temos um problema comum. Não nos damos bem com os "ab". Poesia, basta-nos a do Pessoa, melhor que aquela estrangeirada, muita sem sentido, mas eivada de capricho. Temos defeitos, como todas as pessoas. Mas conhece algum blogue que seja mais elogiado que o "ab" - e de forma - relativamente - injusta? Então e os outros blogues!? Aqueles que não se deixam alienar, perdão, dominar, pela poesia... Tratam-no mal a si. Olhe a mim também. Já somos vários. Ajude-me a fazer frente aos "abs" egocêntricos que andam por aí a pavonear-se, já com penas secas e pouco coloridas, como anjos em queda do altar.. Desta vez, venha votar. Deixe-se de "Abs" poéticos.. É um favor macroscopico que lhe peço!
Image Hosted by ImageShack.us

sexta-feira

Le Psicodrame de l’enfant terrible (razões de um falhanço político estrondoso)

  • Image Hosted by ImageShack.usImage Hosted by ImageShack.usImage Hosted by ImageShack.us
  • Le Psicodrame de l’enfant terrible
  • A responsabilidade do analista não pode ser adivinhar o futuro, mas deve ser a selecção de alguns factos utilizáveis na produção de interpretações de futuros possíveis. Sendo certo que a leitura desses factos acaba por implicar a sua reformulação quando eles ocorrem isoladamente. Por isso não é de estranhar que quando o analista identifica o campo de futuros possíveis, tem de recorrer à ironia retrospectiva, ao olharmos para o que pode ser o futuro somos obrigados a ver o passado no “espelho retrovisor” da história, embora num prisma novo.
  • Quando se reconstruir o mapa político de 2004, cujo poder foi “monárquicamente” legado por D. Barroso a S. Lopes e P. Portas, vemos duas coisas: um grupo de playboys a ensaiar política(s) no laboratório de Portugal; e um conjunto de factos desastrosos para o País. A colocação de professores; a tentativa de introdução da taxa “variável” no Serviço Nacional de Saúde; a tentativa de criação de um secretariado de propaganda (central de comunicação); as descaradas pressões e neocensura exercidas sobre comentadores e media (DN, RTP), são a impressão digital deste pseudo-governo que, aliás, também na área de produção de metáforas (“bébe-incubadora-estaladas”) revelou uma profunda indigência cultural. Ademais, patrões, sindicatos, burocracia todos, salvo os ditos “play-boys”, convergiram no diagnóstico da mediocridade política e governamental tardiamente chumbada pelo PR.
  • Além da gritante impreparação técnica e cultural, o País viu os seus projectos adiados por causa do excesso de emotividade do seu líder. Uma emotividade que sobrevive à custa de um conjunto de relações emocionais, buscando aí (seguindo a técnica de conquista das bases nos congressos) a espontaneidade aliado ao mistério. Daqui resulta o método político de PSL: usar o psicodrama para atingir a vitimização e, assim, criar artificiais cumplicidades no eleitorado que, alienado, acaba por ceder. Atingindo o grau zero da política, atente-se na trajectória de l’enfant terrible após a humilhação da demissão da AR pelo PR.
  • Deste psicodrama (de J. Moreno, explorando a verdade por dramatismos) consta uma pentarquia de factores: um actor/paciente (PSL); a cena (crise política nacional); o director (P. Portas), o corpo de auxiliares (ministros-figurantes) e o público que paga com impostos esta miserável sociedade do espectáculo. É na cena que o actor alija responsabilidades e tensões, confundindo (como D. Quixote) a realidade com a fantasia, encarnando ilusões e alucinações que o País real (nunca viu) nem quer comprar. É aí que o actor procurará a genuína espontaneidade, recriando a habitual encenação de congresso, representando o seu próprio microcosmos. Liberto da vigia de Belém, o actor não deverá sacrificar a sua persona, sob pena do psicodrama perder o seu valor. Terá de ser autêntico e criativo.
  • O “caudilho”, as mentiras do PR e a encenação de demissão do governo são traços da dramatização lopista. Que invocará factos do passado, problemas do presente e questões do futuro. Envolver o eleitorado nisto é vital, sob pena do psicodrama morrer. O director de cena, “Paulinho das feiras”, dramatizará os restos fornecidos pelo actor. Como terapeuta pode (re)criar sugestões que beneficiem ambos e completar a performance circense. Os egos-auxiliares dão cor e enchem o drama visual. O público, alienado (com o futebol, as celebridades, a crise e a lentidão do PR), fornece o carburante para o drama, presente na cena política portuguesa.
  • Eis os 5 elementos do psicodrama que permite a catarse política, possibilitando ao actor/paciente libertar-se dos seus fantasmas e demónios íntimos. Um psicodrama representado graficamente sob a forma de mapas cujas linhas representam forças de atracção e de repulsão. Linhas desenhadas pelo povo português a 20 de Fevereiro de 2005.
    • PS: o método do psicodrama pode também ser aplicado a colégios, autarquias, clubes de futebol, boîtes e outros estabelecimentos comerciais com o objectivo de descobrir líderes. E que líderes. Afinal, do que é que o PSD precisa? Um líder sério e competente capaz de elaborar um projecto para o país. O problema é que na 2ªfeira este PsD/PP vai entrar em guerra civil, e o dr. Lopes, transformar-se-á num ressabiado da política, revelando um mau perder e, como aparelho partidário com ele, enfernizando a vida ao futuro líder que se apresentar a Congresso. Será? E o que pensam Marcelo ou Marques Mendes de tudo isto!
  • Quando perguntaram a uma menina de 10 anos o que lhe fazia lembrar Santana Lopes, respondeu assim: "acho que ele não existe, mas se existir parece um avião tocando o sino duma igreja, ameaçando as pessoas cá em baixo. Isso é perigoso e não é normal, pois não!?"
  • Perante isto desisti de invocar qualquer considerando filosófico ou polítológico sobre os materiais políticos e os players que os ensombram, até porque também não conseguiria responder melhor...
  • Ocorreu-me, apenas dizer uma coisa: Portugal está à espera do Prof. Marcelo ou do Dr. Marques Mendes, ou de ambos.
  • A outra imagem é dedicada a "alguém" muito especial que certamente leu o Triunfo dos Porcos, de G. Orwell . Ao amigo PMB que está sempre em parte incerta...
Image Hosted by ImageShack.usImage Hosted by ImageShack.us

quinta-feira

O DISCURSO antes (e depois) DA TOMADA DE POSSE:

  • A vida política tornou-se mais complexa e caótica. A sua análise exige, pois, um olhar mais atento e sagaz...porque o branco às vezes é negro, o negro branco, assim como o burro cavalo, e o cavalo burro. E o que é dito hoje amanhã é desdito. Tudo num jogo semântico em que as palavras adornam, adornam em rendilhados que pouca relação têm com a realidade. Perante isso temos de manter os olhos atentos e a a mente aberta, para perceber as diferenças e não confundir as cores.
Image Hosted by ImageShack.usImage Hosted by ImageShack.usImage Hosted by ImageShack.us O DISCURSO antes DA TOMADA DE POSSE: O nosso partido cumpre o que promete. Só os tolos podem crer que não lutaremos contra a corrupção. Porque, se há algo certo para nós, é que a honestidade e a transparência são fundamentais para alcançar os nossos ideais. Mostraremos que é grande estupidez crer que as máfias continuarão no governo, como sempre. Asseguramos sem dúvida que a justiça social será o alvo de nossa acção. Apesar disso, há idiotas que imaginam que se possa governar com as manchas da velha política. Quando assumirmos o poder, faremos tudo para que se termine com os "marajás" e as negociatas. Não permitiremos de nenhum modo que os recursos económicos do país se esgotem. Exerceremos o poder até que Compreendam que Somos a nova política. O DISCURSO depois DA TOMADA DE POSSE: Ler, agora, o mesmo texto de baixo para cima... Image Hosted by ImageShack.us