terça-feira

Pedro-gulho - o efeito de persistência autodestrutivo

Image Hosted by ImageShack.usImage Hosted by ImageShack.us Ou o chamado efeito kamikaze...
  • Certamente que muitos de nós nos interrogamos a razão pela qual Santana Lopes, antes a débacle, não se demitiu imediatamente, como fez Paulo Portas, que é um profissional da comunicação e terá, seguramente, um emprego sólido quando abandonar a vida política activa.
  • A resposta mais verosímil para esta atracção pelo abismo, mitigado com obsessão auto-destrutiva pelo poder, radica no seguinte. Com efeito, S. Lopes não é um político qualquer, ele é um romântico ligth, e com ele em cena esse efeito sensacionalista, além de perdurar, ainda se agrava.
  • Ora este perfil interessa, sobremaneira, aos jornais e aos media em geral. Pois tudo o que seja sentimental, ocupando fotos, podendo-se ver novas tendências na moda, que concorre agora com a 1ª Dama - Maria José Rita – no desporto e o mais que as revistas apresentam, tende a persistir. Ou seja, S. Lopes é esse efeito emocional que emigra do futebol para a sociedade (transportando consigo também essa conflitualidade larvar), à míngua do aparecimento de verdadeiros líderes, com perfil e sentido de Estado. Alguma vez passaria pela cabeça de Sá Carneiro "alapar-se" ao poder de forma obsessiva após uma derrota daquelas!?? Julgo que não. Até porque seria uma confissão objectiva de que não se sabe fazer mais nada.
  • Porém, S. Lopes além de estar a destruir a memória daquele que abusivamente invoca, está também a afundar o partido consigo. Pois pensa que é o coração e a emoção que movem todos os cordelinhos da vida, e, assim, subordina tudo a essa vontade paranóica, já deslocada da realidade e com uma acentuada mania da perseguição, esquecendo-se de que o maior adversário foi ele próprio, com as gafes monumentais e o facto de se ter rodeado de actores políticos de 3ª categoria que acabaram por implodir o seu já débil edifício político. Tudo por causa do amiguismo político e dos oportunismos que sempre se multiplicam à sombra do Estado nessas ocasiões.
  • A sua persistência é, pois, um efeito desse sensacionalismo recorrente, animado pelos mexericos de sempre, dispensando qualquer esforço intelectual sério, já que 95% das suas aparições, no mínimo, são fotos sem texto. Fotos que bem poderiam aparecer num filme mudo, que diriam exactamente o mesmo, além dos efeitos especiais a que se presta no plano da Banda Desenhada (BD) para adultos.
  • O sensacionalismo de Lopes, para onde hoje quer (e está) a afundar o Partido Social Democrata, decorre desse mecanismo psicológico de compensação de que precisa para existir. E é dele que parte um fragmento do maniqueísmo político em que aterrou Portugal, em que Durão também foi co-responsável, ante o qual se desenvolve este jogo de espelhos do passar do tempo.
  • Em síntese, diria que Lopes está profundamente frustrado porque perdeu em toda a linha, já não tem bússola, sente-se vazio, não obstante não desiste de querer aparecer e reaparecer, sempre com as mesmas fotos privadas de texto. Ele é, essencialmente isso: um fabricante de aparições, uma página sem texto, e o que existe está em nota de rodapé em letra de contrato de seguro que ninguém lê. Inconsistente, truculento, ilógico e assim flutua sem sentido. No entanto, é capaz de incendiar um congresso e arrncar umas centenas de palmas a gente alienada, que tem a razão paralisada, que sofre desse efeito cinestésico. Ora Portugal não é um congresso de gente inflamada que vai lá acertar contare fazer vendettas privadas que ficaram acumuladas com o passar do tempo. E o mais grave, é que o PsD tem este grande defeito: é um partido altamente fratricida e triturante. Mata os seus filhos e devora os entenados. Veremos como será com Lopes...
  • Veremos o que os órgãos do partido dirão, dependente que estão dele para se manterem nos postos de comando agarrados aquele pequeno estatuto de ser qualquer coisa no conselho nacional, na comissão política, no órgão jurisdicional e o mais. Pois também o aparelho que está com ele no partido terá de cair, nem que seja de podre, doutro modo não há renovação nem modernização do projecto político do PSD no futuro próximo, amarrado que está a uma memória de incompetência e de sucessivos e múltiplos falhanços: educação, saúde, comunicação social, etc, etc.
  • Ante esta bebedeira política que tolhe o actual presidente do PsD é indispensável um ócio mais enriquecedor, que dê mais utilidade aos tempos livres que aí vêm, porque as revistas também acabam por danificar muito a imagem das pessoas que já estão esfrangalhadas, com os seus defeitos, falhas e erros. Ora isto também é nocivo para a família daqueles que estão muito expostos nessa arena. As crianças não têm (nem devem) de pagar pelos erros dos pais.
  • Tudo aquilo começou na gula bruxelensse do Sr. Barroso para Bruxelas, e depois o desastre acentuou-se intramuros, logo na tomada de posse. Quem não se lembra daquela tarde de Verão em que Peter Pan voava baixinho sobre um "ninho de cucos" procurando papéis que não encontrava… Há certos indicadores que nunca enganam. E os maus prenúncios nunca nos dão a chave do euromilhões...
  • Hoje, temos um engenheiro com nome de filósofo no poder. Confesso que é uma incógnita. Mas também Cavaco o era e, por vezes, há circunstâncias na história em que são as funções que fazem o homem. Veremos se o engenheiro não dá cabo da filosofia e aterra o nome do filósofo..
  • É que depois, se as coisas correrem mal (o que não desejamos por amor a Portugal) até se deixa de estudar o Platão no país, porque como é sabido o verdadeiro Sócrates era tão bom que nunca escreveu nada, e até foi acusado de andar a corromper a juventude. Mas também, com uma ministra da educação e da ciência daquelas acham que alguém se importaria com Sócrates, ou melhor, Platão - esse homem de ombros largos!?
  • Portugal é um país lindo, mas tem sido conduzido nos últimos anos por condutores embriagados pelo perfume do poder, que fazem ziguezagues, em que tudo é permitido, tudo é possível porque tudo é sensacional. Ora o problema radica neste ingrediente-chave que dá cabo de tudo.
  • Ante um elefante dentro duma loja de porcelanas a banar o rabo e a agitar a tromba, e um homem programado, frívolo e standardizado com fatos Armani e com cabelo à George Clooney –os portugueses não hesitaram. Creio, contudo, que o melhor mesmo é ter metas concretas. Que sejam nobres, humanas, realistas e ambiciosas. E depois estar disposto para as conseguir concretizar. Mas com outras fotos e, especialmente, acompanhadas de outras legendas..
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  • Estas imagens ajudam-nos a arrumar ideias e até a perceber a raíz de alguns dos problemas de saúdee mental. Sabia que a esquizofrenia afecta meio milhão de espanhóis. Semelhante número tem Portugal em desempregados.
  • Trata-se duma doença psíquica que inclui depressão, desordens mentais e alucinatórias. Estes pacientes sentem-se acusados e perseguidos e, em certos casos, pode até levar ao suicídio.
  • Os especialistas defendem que a realidade virtual (que cria imagens tridimensionais) é uma boa terapia para tratar essa enfermidade. O objectivo é conhecer melhor o funcionamento mental desses pacientes, muitos deles seduzidos e obcecados pelo perfume poder. Não era Henry Kissinger que dizia que o poder é o maior dos afrodisíacos!?
  • A vantagem desta terapia para diagnosticar problemas de esquizofrenia, radica no conhecimento mais eficaz do cérebro a fim de reeducar certos comportamentos, especialmente com aqueles que lidam com o poder ou padecem, sobremaneira, da sua privação. Nesses casos, há que aprender a ignorar alguns desses efeitos alucinatórios.
  • Lembro que um ex-ministro de Salazar, docente numa universidade privada, que fazia com que os alunos adormecessem nas aulas, duas décadas depois ainda não conseguia lidar com a circunstância de já não ser ministro.