segunda-feira

Fernando Pessoa

Nota prévia: Original em Pessoa não é a sua poesia, mas a dimensão psico-filosófica, clínica, histórica, cultural e civilizacional que ele empresta aos seus pensamentos e reflexões. Duma futilidade mundana, Pessoa é capaz de a converter num pedaço de reflexão densa; dum poema banal, Pessoa projecta-lhe mundo; dum raciocínio complexo, Pessoa desmantela-o, como quem desmonta um motor dum carro velho, peça a peça, arrumando-as todas no sótão da sua oficina - onde também guarda a sua prosa, tão boa como a sua poesia. 

- E Pessoa é isto: singular, plural, complexo, problemático. Pessoa é nós; nós estamos encerrados nele, nas sua genialidade e contradições. Por isso o amamos, por isso dele não conseguimos escapar. Trazêmo-lo no bolso do pensamento. Vestimos as "suas cuecas" diariamente, na esperança de engravidarmos com algum do seu talento e dar à luz alguma prosa ou poesia. 

- Eu disse cuecas, mas também podia ter dito "lentes", embora fosse mais fácil usar aquelas do que recuperar estas. No fundo, necessário é criar...
____________



Tenho Tanto Sentimento

Tenho tanto sentimento 
Que é frequente persuadir-me 
De que sou sentimental, 
Mas reconheço, ao medir-me, 
Que tudo isso é pensamento, 
Que não senti afinal. 

Temos, todos que vivemos, 
Uma vida que é vivida 
E outra vida que é pensada, 
E a única vida que temos 
É essa que é dividida 
Entre a verdadeira e a errada. 

Qual porém é a verdadeira 
E qual errada, ninguém 
Nos saberá explicar; 
E vivemos de maneira 
Que a vida que a gente tem 
É a que tem que pensar. 

Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"
____________________________________

Etiquetas:

Pablo Picasso





Nude on a Beach – Pablo Picasso



Le Rêve


________________________



Etiquetas:

Queridas parcerias! - por António Barreto -

Nota prévia:  Um conjunto de questões pertinentes lançadas pelo sociólogo A.Barreto, que chama a atenção para a vantagem (ou não..) das famosas PPP, um sorvedouro de recursos que parece ter empobrecido mais o país do que o valorizou. O artigo enquadra bem a questão, agora só falta conhecer as respostas e, em conformidade, agir. 

___________ 

Etiquetas:

domingo

Azuis



Vou à deriva pelo labirinto das ruas - estendendo-me na areia de ventre ao Sol. Estou bem aqui. Espojado na areia, o olhar errante pelas nuvens, passam ao alto no azul. [...]

VF, in SS

______________________________


Etiquetas: ,

sábado

Bruce Lee - faria hoje 75 anos -


Bruce Lee foi um milagre da natureza vertido homem. Não foi apenas o símbolo maior das artes marciais do séc. XX, foi um icon da 7ª arte e um fenómeno de massas. É uma lenda viva. Estudou Filosofia e deu aulas de Kung Fu. A junção dessas duas actividades originou uma nova arte marcial, o Jeet Kune Do. 



__________


Etiquetas:

sexta-feira

Um cavaco a definhar, fracturado, impotente, desconsiderado e só


Quem viu ontem a imagem de cavaco a empossar o governo percebeu claramente quem estava ali: um homem só, isolado, rancoroso, a definhar e a destilar ódio por tudo e por todos, especialmente por A.Costa e pelas esquerdas que ele foi obrigado a empossar. Como quem engole um pântano de sapos...

Desde cedo, tomou partido pela Pàf, em vez de saber ser o árbitro do sistema político; deu a mão à banca e a Ricardo Salgado (seu amigo e financiador de campanhas eleitorais), quando se tratou de convencer os investidores a reinvestirem as suas poupanças no BES. Hoje, ao invés, finge desconhecer Salgado, afastou-se dele e do caso de que foi o notário em 2014, seduzindo clientes para a instituição e afirmando, urbi et orbi, que se tratava dum banco sólido e credível. Já nem falo do BPN, de que beneficiou de mais-valias ilegais com a venda de acções e assinadas pelo seu amigo de sempre, Oliveira e Costa...

Esteve quase 40 anos no poder, ininterruptamente, como PM e PR, e antes como titular da pasta das Finanças. Só foi batido nessa permanência do poder por Oliveira Salazar, curiosa comparação. Apregoou o diálogo entre Costa e Passos, mas desde que fosse este a liderar o novel Executivo, mesmo que a maioria parlamentar fosse outra, i.é, de esquerda. 

Cavaco defende uma coisa na teoria, mas, na prática, realiza outra, tal a sua incoerência, só para proteger os seus amiguinhos da extrema-direita, agora corridos do poder, e proteger-se a si próprio de modo a terminar o seu mandato com alguma dignidade institucional. 

Alegou conhecer todos os cenários, mas depois andou a ouvir os banqueiros e os empresários amigos para formar uma decisão, ou será que esperou uma vaga de fundo, ou até a superveniência de uma catástrofe natural que justificasse a manutenção de um governo de gestão ou um governo de iniciativa presidencial(!?). Tudo serviu para adiar a tomada de posse de A.Costa, e fez esperar Portugal durante quase 2 meses por causa de um seu capricho, ou preconceito ideológico e ódios pessoais. 

Daqui decorre que o valor facial de cavaco é, hoje, igual ao do BPN, de que foi cliente especial, ou equivalente ao do BES. O ainda locatário de Belém é hoje um homem isolado, sem prestígio, sem poderes, sem qualquer credibilidade, mas vingativo, maldoso, rancoroso e a espumar azedume em cada esgar. Todo o seu semblante, qual manequim da rua dos fanqueiros, denunciam este retrato psicológico daquele que um dia jurou defender e fazer cumprir a Constituição, mas foi o primeiro a permitir que o XIX Governo (in)Constitucional a violasse sistematicamente, e só foi travado pelos acordãos do Tribunal Constitucional, o qual evitou um ainda maior empobrecimento dos portugueses e terríveis clivagens entre eles. 

Cavaco parece hoje aqueles velhos leões que ocupam as paisagens africanas, mas que por já não terem força, vigor sexual e capacidade de liderança e de autoridade entre o grupo acaba por ser expulso pelos leões mais novos, que asseguram mais eficientemente a patrulha do território e o controle das fêmeas perante as ameaças exteriores. 

De cavaco os portugueses, hoje, já só guardam a sombra. Ele já não é ele, mas a sua sombra e uma memória destinada a perder-se nas brumas das ...

_____________




Etiquetas: , , ,

Carta de António Costa a Cavaco Silva - por Ricardo Araújo Pereira -

Nota prévia: Quando a realidade, lamentavelmente, ultrapassa a ficção. 

____________

Ricardo Araújo Pereira, Visão, 26, Nov. 


____________


Etiquetas:

A grande encenação - por Pedro Silva Pereira -


(...) o Presidente é um fingidor. E finge tão completamente que chega a fingir que é rancor o rancor que deveras sente. (...)Economico

Entendamo-nos: uma coisa são “condições”, outra são “exigências”, outra ainda, bastante diferente, são “pedidos de esclarecimento”. E foram apenas meia dúzia de pedidos de esclarecimento que o Presidente formulou na sua derradeira tentativa de salvar a face e fingir que correspondia aos apelos desesperados de uma direita inconformada, que ele próprio incentivou.

António Costa e os partidos da maioria parlamentar que o apoia, naturalmente, não se deixaram impressionar e de imediato perceberam que o assunto não merecia sequer uma reunião. O primeiro-ministro “indicado”, fazendo jus ao título, limitou-se a responder de pronto, com impecável cortesia institucional, mas, quanto aos costumes, disse nada: remeteu o Presidente para o conteúdo dos acordos e do programa de Governo do PS que o País inteiro há muito conhecia.

Em todo este processo, o Presidente da República teimou em fazer “bluff” com os poderes presidenciais, simulando uma autoridade política que nem a Constituição lhe confere, nem o desempenho do cargo lhe granjeou. Confrontado com os resultados eleitorais, que deram lugar ao único cenário que não lhe tinha ocorrido estudar, começou por querer distinguir, como se isso fosse possível, entre os partidos autorizados ou proibidos de apoiar o Governo; depois, ao arrepio do desenho constitucional do sistema de governo, optou por ignorar a posição maioritária dos partidos com assento parlamentar para insistir na nomeação de um governo minoritário da direita, que sabia não ter qualquer viabilidade; rejeitado esse governo pela maioria de esquerda, não escondeu a tentação de se constituir como força de bloqueio da solução governativa proposta pela maioria parlamentar: foi dois dias para a Madeira, enalteceu as virtudes dos governos de gestão, sugeriu até que podia prolongar a situação meses a fio sem inconvenientes de maior e promoveu um caricato corropio de audiências a um público seleccionado, mas sempre sem fazer o que faria um verdadeiro institucionalista se tivesse realmente dúvidas: ouvir o Conselho de Estado. 

Depois da sugestão de alternativas políticas que nunca existiram e da encenação de exigências que nunca foram feitas, o Presidente ainda inventou a figura exótica da “indicação” do primeiro-ministro para, finalmente, dar a entender que fazia uma espécie de “avaliação curricular” dos novos membros do governo, cuja “aceitação”, por sorte, viria a anunciar. Tudo acabou, porém, como tinha que acabar: com o Presidente da República a nomear António Costa como primeiro-ministro, a dar posse a um governo socialista e a submeter-se à vontade democrática da maioria do Parlamento.

Se foi preciso dar tantas voltas para chegar ao óbvio, é apenas porque o Presidente é um fingidor. E finge tão completamente que chega a fingir que é rancor o rancor que deveras sente.
__________

Etiquetas: , ,

Pedro Passos Coelho é deputado. Memórias da Tecnoforma...

Nota prévia: Desta vez, caberá perguntar a Pedro Passos coelho se será "só" deputado em exclusividade de funções ou se acumula essas funções trabalhando noutra empresa, ainda por cima sob investigação, ocultando essa acumulação ao TC. É que já há um precedente grave nessa matéria, convinha agora esclarecer... 

- Será que Passos agora abre ou só fecha portas?!

(o caso TECNOFORMA, AQUI)



______________

Etiquetas:

Uma imagem que vale um governo novo, o resto é passado


FRACTURA EXPOSTA: uma imagem que espelha bem as duas dimensões do tempo - o passado (cavaco) e o futuro - representado na pessoa do novo PM, António Costa. Esta imagem vale bem um Governo.
_________

 Cavaco e Costa: fratura exposta


_________________

Etiquetas: ,

O governo e o novo PS

Nota prévia: É sempre curioso ler este historiador. Por um lado, porque sabe escrever português, por outro é realista nuns aspectos, mas sempre visceral e parcial noutros. Dessa síntese, cabe sempre ao leitor extrair do historiador o melhor dele, e deitar para o lixo o pior que resta e que decorre dos seus ódios de estimação. Mas, em rigor, quem não os tem?! 

- Afinal, foi precisamente este historiador (que também já foi um efémero deputado na AR!!!) que, em tempos, referiu que todos e cada um daqueles deputados que formam o Parlamento - já tiveram que tramar alguém para chegarem onde chegaram. É a vida!!!

- (o bold a amarelo é nosso)
_____________________

O governo e o novo PS

Depois de um mês de fitas sem propósito, nem sentido, o Presidente da República acabou por encarregar Costa de formar governo: uma solução que toda a gente sabia inevitável e ele também. Mas ficou com dezenas de audiências e um molho de papéis na mão, com que ele provavelmente se pensa justificado. Não percebeu com certeza que daqui a dois meses vai desaparecer de cena para grande alívio dos portugueses, que o vêem como o grande responsável pela catástrofe que nos caiu em cima e que desmanchou o equilíbrio político da República. Mesmo no PSD não o conseguem engolir, apesar do seu longo e munificente mandato de primeiro-ministro, de que, para não variar, saiu tão mal como saiu agora, para grande desconsolo do partido e dos seus mais devotos fiéis.
Entra hoje António Costa, com a esquerda radical arregimentada, à custa de manobras contra Seguro e de uma aliança que não prometeu, nem anunciou, desde que foi “eleito” secretário-geral. Anteontem, este novo patrão (para não lhe chamar coisa pior) anunciou o governo: um governo curioso. Excepto por alguns velhos cavalos de batalha em véspera de reforma, não há nele um único político de nome nacional, já para não falar em prestígio próprio. Ou, por outras palavras, ninguém que se possa opor , até em questões menores, ao dono e senhor de uma tropa desconhecida e fraca. O dr. Costa é omnipotente no PS e arredores, se por acaso o país, como de costume, suportar o vexame; e se o PSD e o CDS não arranjarem maneira de se tornar uma oposição forte e ameaçadora.
A escolha dos srs. ministros, das senhoras ministras, dos 42 Secretários de Estado (e das Sras. Secretárias, claro) obedece a um luminoso critério: são, sem faltar um ou uma, criaturas de Costa. Trabalharam com ele na Justiça, na Administração Interna ou na Câmara de Lisboa; ou foram pescados na província ou no estrangeiro e, tirando um par de “seguristas” e quatro ou cinco antigos protegidos de Sócrates, não têm qualquer ligação aos “notáveis”, nem aos corrilhos do partido. É um grupo pequeno, que serviu para a Assembleia da República, que serve neste momento para nos pastorear e servirá pouco a pouco para transformar o partido socialista no partido costista. Ou seja, num partido mais radical, mais disciplinado e com escasso respeito pela liberdade e pelas liberdades.
_____________

Etiquetas: ,

Giorgio de Chirico

Giorgio di Chirico


Soothsayer's Recompense, The”Courtesy of the Philadelphia Museum of Art, the Louise and Walter Arensberg ...



Melancholy of a Beautiful Day - Giorgio de Chirico



Le retour d'Hebdomeros

______________________________________


Etiquetas:

quinta-feira

Portal do Governo já funciona. Felicidades ao XXI Governo Constitucional

Parece que o Portal do Governo já está a funcionar. Havia uns fusíveis fundidos e umas lâmpadas queimadas, mas já chamaram o electricista, embora se saiba que está (ainda) um pirómano em Belém. 

É perigoso e apresenta tendências suicidas..., a que alguns designam de reacções vagais...

Faltam só 58 dias para despachar o sr. silva, que tanto mal tem feito a Portugal e aos portugueses, incluindo os dos Algarve. 




Primeiro-Ministro


Etiquetas:

Até Marcelo já está farto de Cavaco

Nota prévia: É impressionante como Marcelo sabe, a cada momento, dizer aquilo que o português-médio, o cidadão comum, pensa da política e dos políticos. Assim, o candidato virtualmente vencedor a Belém - ajusta-se eficientemente ao desejo e à vontade da maioria dos eleitores. Marcelo não é um candidato qualquer, é um candidato plástico, ou melhor, "feito de plasticina" dobrando-se em todas as circunstâncias, tapando todos os buracos.

Em suma: procurando agradar a gregos e a troianos. 

- Vai longe este candidato. 

Paulo Cunha/ Lusa

___________

Etiquetas:

Dia de morte e libertação de Portugal do jugo da servidão do Governo Passos, Portas e Cavaco (troika doméstica)

1. Quem se lembra da forma como Passos Coelho foi eleito, dizendo aos portugueses que conhecia bem as contas públicas e que, em função disso, não iria aumentar os impostos. Fez precisamente o contrário, uma vez eleito. E durante esses 4 anos foi um mentiroso compulsivo, designadamente em matéria fiscal, económica e de incidência social;

2. Aumentou brutalmente os impostos, indo além da troika, atingindo mortalmente as pessoas, as famílias e as empresas, muitas das quais abriram falência, com isso o Estado perdeu receita fiscal e agravou ainda mais o buraco das contas públicas;

3. Aumentou brutalmente as clivagens sociais: de novos contra velhos, funcionários públicos contra funcionários do sector privado; revelou uma tremenda insensibilidade social, roubando as pensões aos idosos, onerando o seu acesso à saúde e aos medicamentos. Passos e Portas quiseram, de facto, dizimar essa "peste grisalha" que assolou Portugal;

4. Desmantelou o Estado social, minando o acesso à Educação e à Saúde, e transferiu verbas avultadas do orçamento dessas importantes áreas para os correspondentes sectores privados, num esbulho sem precedentes em Portugal. Foi, aliás, essa a missão de Nuno Crasso na 5 de Outubro. O pior entre os piores;

5. A lógica neo-liberal das privatizações a pataco visa, tão somente, vender barato a empresários-amigos aquilo que os portugueses pagaram caro, no decurso da desbunda da gestão pública ruinosa a que a TAP foi sujeita nos últimos anos. Tudo se fez em nome duma ideologia (neoliberal) e dum preconceito ideológico que está em linha com a profissão de Passos coelho: que foi gerir empresas do grupo do padrinho, Ângelo Correia, com o qual cedo se incompatibilizou, e, uma vez no poder, para lá transferiu essa linha ideológica de gestão ultra-liberal, de economia de casino (especulativa), cujos resultados estão hoje bem à vista dos portugueses: mais desemprego, mais falências e mais pobres em Portugal;

6. Expulsou - a convite diplomático sob a fórmula idiota de "sair da zona de conforto" - meio milhão de portugueses qualificados, demonstrando que os recursos que o Estado, ou melhor - que os portugueses nele investiu, são hoje rentabilizados pelas economias europeias de destino desses 500 mil portugueses, os quais foram literalmente forçados a emigrar, visto que por cá não encontrarem um projecto de vida conducente ao seus sustento. E o mais curioso é que foram convidados a emigrar por essa nódoa da política à portuguesa, que é Miguel Relvas, um trapalhão que se serviu do tráfico de influência para falsificar uma licenciatura que nem sequer soube concluir. Pena é que também académicos se tenham deixado corromper, como foi o caso do vice-reitor da Universidade privada em questão...

Numa palavra, e porque este desastre maior que ocorreu em Portugal desde 2011 não encontra precedentes entre nós desde 1974, este trabalho trágico de EQUIPA de Passos Coelho, Cavaco Silva (o notário), Paulinho Portas (o oportunista), Vitor Gaspar (o detonador) e Mª Luísa Albuquerque (Miss Swaps) - foi feito laboriosamente desde 2011 para empobrecer os portugueses, desmantelar o Estado social e converter o Estado remanescente numa espécie de empresa regulada pelas normas da economia de casino. 

Passos é hoje corrido de S.Bento, para bem dos portugueses, mas deixa atrás de si um monte de escombros: 20% de taxa de desemprego, cerca de 3 milhões de pobres, milhares de empresas falidas, velhos tratados como cães numa valeta e um país sem rumo, sem esperança e a navegar à vista. Eis o saldo passista-portista-cavaquista, a troika doméstica que destruiu Portugal desde 2011.

Quando se fizer a história destes últimos 4 anos - será isso que os historiadores sérios irão escrever nos compêndios de História de Portugal. Nem o défice nem a dívida pública - esses pulhas da extrema-direita conseguiram equilibrar...

Ah.., e também deixaram os cofres vazios...

Além da desgraça, presente nas estatísticas que não enganam, hoje é também um dia feliz e de libertação para Portugal. O dia em que o novo Governo toma posse. 

Felicidades. 

_____________


Etiquetas: ,

A inspiração de Jeff Gillette - e as favelas de Mumbai e as personagens da Disney -


Impressionado pela miséria que viu na Índia, o artista plástico Jeff Gillette resolveu inspirar-se nas favelas de Mumbai e emprestar alguma criatividade contrastante a essas paisagens. E nelas justapôs dois mundos: os lugares mais felizes do mundo aos mais feios, miseráveis e imundos - integrando nelas personagens da Disney.

Consta que o artista virá a Portugal e tem agenda com o destino, antes de 24 de Janeiro, ali para as bandas dos pastéis de Belém... 

Está-se mesmo a ver o mundo feliz que o artista irá pintar, mas com o personagem mais miserável de que há memória em Portugal... 


____________

Etiquetas:

quarta-feira

Conciliar crescimento, coesão social e diminuição da carga fiscal



Conciliar crescimento, coesão social e diminuição da carga fiscal.

Eis o elenco governamental que já provou ser capaz de conquistar o poder (contra ventos e marés), demovendo de S. Bento esse cadáver adiado amparado na queda pelo ainda PR, outro erro de casting da República; maior é, doravante, o desafio da governação, o qual consiste em, observando os compromissos da UE e do Tratado orçamental, conseguir conciliar dois valores frequentemente contrapostos: pôr a economia a crescer para gerar riqueza, emprego, bem-estar e prosperidade e, ao mesmo tempo, aliviar a carga fiscal às pessoas, às famílias e às empresas.

_______________

Etiquetas: ,

Há factos que nunca prescrevem. O CDS fora do poder

Nota prévia: O olhar cínico deste "abutre político (irrevogável)" que não hesitou 1 segundo em chantagear o seu parceiro de coligação a fim de se promover na hierarquia do aparelho de Estado (sob pena de mandar o governo abaixo, em 2013), chegou ai fim. O seu esgar e o olhar falso é aquilo que mais o denuncia na esfera pública. Mas pode ser que se reabra esse processo muito mal esclarecido presente na aquisição de submarinos..., e que a ainda PGR, joana Marques Vidal, cuja cultura e pensamento jurídico é nula, a fim de se apurarem todos os factos e responsabilidades dele decorrentes. Há factos que, pela sua gravidade na vida da República, nunca PRESCREVEM, dr. Paulinho portas...




(...)
__________________

Etiquetas:

Mariana Mortágua: "Não teremos saudades do vosso poder"

Mortágua - aqui a vaticinar a morte múltipla de cavaco e do governo de extrema-direita que se habituou a querer continuar a mandar em Portugal como quem faz xixi no seu próprio quintal. Sucede, porém, que Portugal não é (mais) o quintal dessa troika nociva - de cavaco, paulo e pedro - estes terão, doravante, de mostrar o que valem na oposição, e será nesse estatuto que representarão os portugueses que neles confiaram.

Ao tentar vender as empresas públicas a pataco, de que a TAP é um triste exemplo, ao fazer nomeações politico-partidárias a eito esbulhando o erário público e instalando os amiguinhos no aparelho de Estado, ao auditar os empresários e os banqueiros amigos de cavaco - tudo isso revela bem a noção de poder patrimonialista que essa triste troika tem do país e do que é gerir Portugal. 

Esse fim de ciclo da direita radical, que esmagava salários, funcionava em prol da banca, espoliava funcionários públicos e pensionistas - chegou ao fim. 

Graça a Deus e às esquerdas. Este é o tempo de demonstrarem o que elas valem no exercício do poder. 



____________


Etiquetas:

Ana Sofia Antunes é a primeira secretária de Estado cega

Nota prévia: Esta nomeação, no plano simbólico, revela uma profunda abertura à diferença, procurando incluir na sociedade as pessoas com limitações na sua mobilidade. E, como sabemos, quer Lisboa quer as demais cidades do país - estão longe de serem "amigas" das pessoas com deficiência. Pelo que esta nomeação pode ser mais, muito mais do que uma mera medida simbólica, mas representar uma profunda decisão de carácter político com vista a adaptar os acessos das nossas cidades e infra-estruturas às pessoas com limitação na sua mobilidade.

Por outro lado, desejaria aqui corrigir uma expressão utilizada abaixo (que sinalizei a vermelho): as pessoas "não se formam em advocacia", formam-se em Direito e depois podem - ou não - exercer a advocacia.

Por vezes, a maior cegueira é aquela que decorre da nossa ignorância...
__________

A jurista Ana Sofia Antunes, presidente da ACAPO, concorre pelo círculo de Lisboa nas listas do PS

ALBERTO FRIAS


Durante o último período de campanha eleitoral, a imprensa anunciou que as legislativas trariam à Assembleia da República, pela primeira vez, uma deputada cega. Apesar de se encontrar numa posição elegível na lista socialista para o círculo de Lisboa, Ana Sofia Antunes ficou a um lugar de entrar no Parlamento, mas com o novo Governo de António Costa consegue fazer História: é a primeira secretária de Estado cega.
A nova responsável para a Inclusão de Pessoas com Deficiência tem 34 anos, é formada em advocacia e trabalhou durante vários anos na Câmara de Lisboa. Ana Sofia Antunes assessorou o vereador da Mobilidade na autarquia, Nunes da Silva, e também foi lá que exerceu funções de assessoria jurídica. Atualmente, a socialista preside à Associação dos Cegos e Amblíopes e é provedora do cliente na EMEL (Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa).
O convite de António Costa para integrar a lista de candidatos ao Parlamento pelo círculo de Lisboa foi “agridoce”, revelou a agora secretária de Estado numa entrevista concedida ao “Diário de Notícias” em agosto passado. “É um momento de alegria, mas também de tristeza: porque é que isto só está a acontecer em Portugal agora?”, defendeu, considerando o atraso de Portugal nestas matérias “constrangedor”.
Na mesma entrevista, Ana Sofia Antunes explicava também que o lugar que ambicionava conseguir na bancada parlamentar socialista serviria para chamar a atenção para os obstáculos que as pessoas com deficiência enfrentam, causa que poderá abraçar a partir desta quinta-feira, como secretária de Estado para a Inclusão de Pessoas com Deficiência. “Não faria sentido nenhum, tendo esta oportunidade, não constituir como minha principal prioridade o trabalho em prol das pessoas com deficiência”, esclareceu, na altura.
O trabalho que Ana Sofia Antunes desenvolveu na Câmara de Lisboa - o seu plano de acessibilidade pedonal para a capital teve grandes apoios por parte de António Costa - e a sua posição no que toca à representação de pessoas com deficiência podem ser trunfos para a nova legislatura. É que a nova secretária de Estado não considera que a sua cor partidária seja “relevante” para alcançar os objetivos: “As pessoas sentem-se representadas por uma pessoa com deficiência, independentemente da bancada”.
____________

Etiquetas:

O cinismo transformado em programa de governo - por Mário Centeno -

Edite Estrela
OPINIÃO
AUTOR
MÁRIO CENTENO
DATA
24.11.2015
TÓPICOS

O Programa do Governo da Coligação é uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma. Não há compromissos acerca do salário mínimo; é vago no que toca à atitude a assumir na Europa; e os poucos que tem não estão certos. A dívida pública no final de 2015 será 125% do PIB Senhora Ministra das Finanças? Já vendeu o Novo Banco? Ou terá o Dr. Sérgio Monteiro, com a sua remuneração milionária, mais uma saída limpa, vendido o Banco na semana passada sem que de tal nos tenha dado conta?
Ao Governo da coligação falta-lhe a troika. Durante 4 anos, com a desculpa da troika, o Governo de direita instrumentalizou as instituições da República e impôs a ditadura do “não há alternativa”. A direita portuguesa sempre teve o péssimo hábito confundir a fiscalização democrática com as forças de bloqueio. Pretende “suspender a democracia”. 
Recorrendo a uma brilhante frase de Mia Couto, para o Governo de que agora nos despedimos: 
“A diferença entre a Recessão e a Expansão é que na Recessão os pobres são os primeiros a perder; na Expansão os pobres são os primeiros a não ganhar”.
Por isso, temos hoje um país mais pequeno. Somos menos. Desde 2011 emigraram 350 mil portugueses e no terceiro trimestre deste ano perdemos mais 55 mil portugueses trabalhadores. Voltei a ouvir a voz de Adriano Correia de Oliveira: “Este parte, aquele parte, e todos, todos se vão”.
Hoje, temos um país mais pobre. Quase 1 milhão de portugueses recebem um salário mínimo degradado. Os outros portugueses com trabalho também viram os seus rendimentos cair. Uma realidade que este Governo tentou esconder para justificar o corte no salário mínimo.
Num ato de pura propaganda, o Governo da coligação de direita “vendeu” ao FMI um gráfico de onde eliminava os portugueses cujo salário tinha sido cortado mais de 5% em 2012, isto é, mais de 25% de todos os trabalhadores. 
Não é assim que se faz política na Europa do século XXI. O Sr. Primeiro-Ministro no debate do Programa do Governo queixou-se de que a austeridade lhe tinha sido imposta. Mas, a austeridade, quando é ideologia, é uma escolha. Um destino. Não nos esqueçamos que foi também o Primeiro-Ministro Pedro Passos Coelho que se lamentou recentemente de apenas ter falhado na redução dos custos salariais. Apetece perguntar se é austeridade ou redenção?
Mas a vontade destruidora não se ficou pelo mercado de trabalho. Os milhares de pequenas empresas que fecharam nos últimos quatro anos são disso testemunho. Estas empresas não tiveram uma saída limpa. Empresas para quem o liberalismo do Governo de direita significou aumentos de impostos e das rendas energéticas, que lhes fechou fechando-lhes o mercado nacional, apenas por uma crença de que o pecado morava aqui.
Entre 2013 e 2015 as importações de bens de consumo cresceram 30%, enquanto a produção interna destes bens dirigida ao mercado nacional caiu mais de 5%. Hoje as importações estão em máximos históricos. Mas a economia é mais pequena.
O Sr. Primeiro-Ministro Pedro Passos Coelho não perdeu no dia 4 de outubro os tiques de autoritarismo que revelou ao longo destes últimos anos. Apenas, porque foi a isso obrigado, encenou uma farsa a que gosta de chamar negociação.
É falso que o Partido Socialista não se tenha disposto a saber mais acerca das vossas intenções programáticas. Confrontado com 58 perguntas, a Coligação de direita, não respondeu a nenhuma. E continuámos sem encontrar essas respostas no documento a que chamaram Programa de Governo.
O Governo de direita deixou o sistema financeiro inoperante. Os bancos descapitalizados e incapazes de apoiar o investimento; e o incumprimento bancário de famílias e empresas nos níveis mais altos de toda a história da democracia portuguesa.
Menos de um mês depois do maior embuste político e económico montado em Portugal com a saída limpa em maio de 2014, caía com enorme estrondo o segundo maior banco privado português. Em nenhum outro sistema financeiro de um país europeu se viu tamanha irresponsabilidade. Mas o Sr. Primeiro Ministro e a Sra. Ministra das Finanças não tiveram nada que ver com isto. Afinal, era apenas o Governo e estava a prazo. 
A maioria no Parlamento não é da Coligação de direita.
A noção de Europa que o PS traz não é a de um qualquer Tratado, nem de um Pacote Financeiro com condicionalidades. Nem de reuniões em Bruxelas ou Frankfurt, com fotos e apertos de mão. A nossa ideia de Europa é a de uma Europa solidária, em que os países não se segmentam pelo rendimento, mas interagem por um ideal comum de prosperidade e direitos cívicos.
Portugal regrediu nos indicadores de pobreza, de exclusão social, de precariedade laboral, de emprego mal remunerado, de educação. Portugal perdeu Europa nos últimos quatro anos. O Programa de Governo da coligação de direita que despedimos com justa causa não resolvia estes problemas.
O Partido Socialista considera que a economia só pode crescer, num contexto de responsabilidade financeira e no cumprimento das suas obrigações se:
• as instituições funcionarem e não forem perversamente destruídas pelo poder político;
• a Administração Pública for respeitada e não perseguida;
• a Justiça for cumprida e não estigmatizada e elitista;
• a Educação for um instrumento de justiça social e não um passaporte para a desigualdade;
• a Saúde for para todos no respeito pela universalidade do Serviço Nacional de Saúde; 
• a promoção do emprego não se confundir com um programa de terapia ocupacional.

O Partido Socialista assume as suas responsabilidades europeias e honrará todos os compromissos do país. Portugal precisa de outra política.  Portugal terá outra política.

Link para este artigo, aqui
_____________

Etiquetas:

Do crime em Política. Paulo Núncio recorre ao expediente da mentira

Nota prévia: Paulo núncio já há muito que devia ter sido demitido, por ocasião da Lista VIP (de que foi mentor, a fim de beneficiar uns empresários-amigos e penalizar outros) entrou pela quota do CDS e não tem feito outra coisa senão desgovernar o país pela introdução do expediente da mentira na política. No fundo, é um fiel discípulo e Pedro e Paulo e, agora, introduz esta nuance ao afirmar: o que se fez foi uma "previsão", não uma "promessa".
Esta forma de iludir os portugueses, prejudicando gravemente as suas vidas e a das suas famílias e empresas, deveria passar a ser CRIMINALIZADA em Portugal. Pois em política não deverá valer TUDO para que os seus agentes se mantenham no poder, custe o que custar
- Paulo núncio é mais um sub-produto do lixo tóxico que ocupou a sensível pasta dos Assuntos Fiscais - dependente das Finanças, logo em estrita dependência de Mª Luís e Passos coelho - que confirmam estes métodos lamentáveis de (des)governar Portugal. Estes métodos da mentira explicam, em larga medida, as razões da deposição desse cadáver adiado, que foi o XIX Governo (in)Constitucional. 

___________





Fisco não prevê devolução da sobretaxa



______________________________________________________________________


Etiquetas: