Chico Buarque e Fogo E Gasolina - Roberta Sá ( e Lenine)
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Macro de grande, skopein de observar: observar o infinitamente grande e complexo. Tentar perceber por que razão a ave vive fascinada pela serpente que a paralisa e, afinal, faz dela a sua presa.
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Há quem diga q se trata dum boneco de cera do Museu madame Tussauds
Etiquetas: Os ditadores (em extinção) tb passarão a ser Património Mundial da UNESCO
Etiquetas: Uma Carta de Direitos para o Sobreiro em Portugal
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Etiquetas: Nove anos morta em casa. Isto significa que já tudo é possível em Portugal. É pena...
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1. Afinal, a contestação no mundo islâmico não decorre apenas das condições impostas pelo Ocidente, mas resultam das condições técnicas e políticas com que são exercidos os poderes públicos na região, quase sempre em regime autocrático e, portanto, com um défice de democracia, liberdade e desenvolvimento. É natural que isto deixe as populações insatisfeitas, e até às revoluções sociais vai um passo. Tunísia, Egipto sofrem hoje desse desprezo dos ditadores pelas condições de vida das suas populações. E aqui já não haverá um papel de federador para tipos como Bin Laden. Ele jamais federaria hoje as condições duma revolta, pois o que os povos querem é pão, emprego e melhoria geral das condições de vida. Rezar 5 vezes ao dia virado para Meca também é um convite à improdutividade, por isso há quem defenda que a religião (ou a sua interpretação degenerada e fanática) é o motivo de tanto subdesenvolvimento.
2. Em relação ao Ocidente, com os EUA à cabeça, diria que seria útil evitar o erro do curandeiro, que crê na sua propaganda, sendo que o que se pode fazer, nestas circunstâncias especiais das sociedades que estão inseridas numa dinâmica de crise, é gerir a "convalescença", pois mais do que o remédio ser decisivo é a capacidade de regeneração das próprias sociedades quando confrontadas com os efeitos dessas crises. Tentando identificar aquilo que no processo de transição, estará a contribuir para a formação do novo padrão ou configuração de relações internacionais (regionais).
3. Por outro lado, convinha que a realidade das chamadas "vizinhanças turbulentas", como sucede na relação dos países do Magreb, Grande Magreb e Machrek (incluindo o Egipto até ao Iraque e Península Arábica) e nós, países do Sul do Mediterrâneo, não se agravassem, pois os prejuízos comerciais e económicos são de monta, o que poderá implicar mais desemprego e miséria para os dois lados dessa fronteira e relação política.
Daí o cuidado que a Europa - onde está Portugal - deverá depositar nas relações com a vizinhança árabe, seja por motivos económicos, seja ainda por motivos de natureza de segurança, tanto interna como externa, que deverá ser uma preocupação central da União Europeia, que não se pode constituir como uma fortaleza sem sentido ou desígnio estratégico, e com Durão barroso à sua frente, esta Europa só pesca "carapaus alimados", ou seja, revela uma total falta de direcção política global, falta de desígnio para o mundo, e deixa-se secundarizar pelas posições - retardadas - do Tio Sam. Neste sentido, Barroso deixou de ser o Mordomo lusitano na Cimeira dos Azores, para passar a ser o Mordomo europeu dos EUA. Ou seja, piorou. Com sorte, talvez o psd o apoie daqui por 5 anos para Belém. Will see...
No fundo, a desgraça que está a ocorrer na região do Grande Magreb não deixa de significar lição para nós, Europeus, pois a atitude psicológica de cidade cercada impede qualquer reforma económica e social de envergadura e acaba por conduzir ao retorno dos Estados nacionais e aos seus velhos poderes autárcicos, e isso, nos tempos que correm, é (ou pode ser) fatal.
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Todavia, estas notas prévias podem (e devem!!) servir para meditarmos não na importância do sr. Abel (o velho tesoureiro desportivo & recreativo do Atlético do Caldas, cds S.A), que vale zero, ou na importância do cds que zero vale, mas sim num elemento natural de extrema importância para a economia nacional e para o próprio ecosistema: o sobreiro e o Montado de sobro no seu conjunto. O que nos transporta, imediatamente, para a consideração (e democratização) do conceito de património a uma escala mundial. O que é um facto, em si mesmo, relevante sob várias perspectivas: conceptual, metodológica, técnica e ao nível das práticas e das categorias que o seu estudo e promoção poderiam levantar por parte de inúmeras instituições: públicas, privadas e mistas, com e sem objectivos lucrativos.
Com isto procuro chamar a atenção que o sobreiro não serve apenas para retirar a cortiça de 9 em 9 anos, e com isso fazer rolhas para tapar garrafas de vinho que uns e outros exportam por esse mundo fora. O Montado de sobro serve para nos fazer meditar acerca da necessidade de que a Lista do Património Mundial não deve ser apenas de índole cultural, relegando para 2º plano todo o Património Natural que temos, e de que o Monte sobro é, talvez, o exemplo mais paradigmático que, a ser atendido por quem de direito, deve ser equacionado numa lógica de desenvolvimento sustentável.
Isto implica que em Portugal não deva continuar a existir um país que tem um património deficientemente representado, porquanto algumas das suas regiões, como o Alentejo, tem sido votado a fenómenos de exclusão e de limitação do exercício de cidadania traduzido pelo esquecimento ou marginalização na capacitação dos seus recursos, a fim de que os mesmos possam replicar a sua afirmação num contexto mais global, se for esse o desafio que, por exemplo, o Montado de sobro puder e quiser protagonizar por parte das instituições competentes.
Daqui sobressai uma 1ª grande conclusão, a saber: Portugal - em parceria com as instituições e agências especializadas da ONU cá acreditadas, como é a UNESCO, não pode ter um país assimétrico e objecto de exclusão, incapaz de corrigir a falta de representatividade dos recursos e bens públicos a eleger no âmbito do conceito de Património Mundial da UNESCO, especialmente porque esses bens a serem objecto de qualificação pela UNESCO têm (e devem) ir muito para além de conceitos puramente estéticos - que servem, apenas, para deleite colectivo de alguns intelectuais que controlam as linhas de comando e de decisão no seio dessas instituições especializadas criadas pela ONU no pós-IIGM.
De resto, esta preocupação com uma mais razoável e equitativa representatividade na composição dos bens que integram as Listas Indicativas que os Estados depois [e]levam à UNESCO, resulta das recomendações saídas da XXIV Sessão do Comité do Património Mundial realizada em Cairns, Austrália, em 2000, em que se bateu na tecla da representatividade da Lista do Património Mundial, ficando assente que havia a necessidade duma maior assistência a fim de capacitar todos os sítios e regiões a integrar essa Lista do Património Mundial apresentada por cada Estado-membro.
Ora, estando certas regiões do país, como o Alentejo, objectivamente secundarizadas por esse tipo de critérios, que as recomendações de Cairns pretendem eliminar, deverá passar a usar-se de maior common sense na preparação, feitura e apresentação dessas listas indicativas de molde a reflectir um maior equilíbrio regional e geográfico sempre que estão em consideração essas categorias de bens ou recursos passíveis de integrar o desejado conceito de Património Mundial da UNESCO (PMU).
E é através desta cautela, que deverá ser racionalizada pelas instituições promotoras deste tipo de desafios, que os bens portugueses inscritos nessa potencial categoria de PMU, deverão nivelar as tradicionais assimetrias entre os bens comuns da humanidade situados entre a faixa litoral e o interior do país, ou entre monumentos e centros históricos, e as paisagens culturais e naturais - de que o Montado de sobro é um exemplo a repensar em Portugal. Com esta correcção o país estaria a eliminar um défice de representação geográfica e conceptual, de que o Alto e Baixo Alentejo tem sido alvo, o que não tem favorecido o objectivo que algumas regiões do país têm, legitimamente, aspirado.
Na prática, tal significa que a composição das tais listas indicativas devem reflectir um maior planeamento na gestão desses instrumentos dos bens públicos, bloqueando, assim, a influência desmedida que o dinamismo de algumas instituições promotoras conseguem ter, levando a melhor sobre outras a sua vontade e determinação - no quadro da "guerra" sempre presente no processo de candidaturas, ainda que por vezes quem sai premiado seja a candidatura com menos valor integrado para a economia nacional e para o país no seu tecido conjuntivo. Aqui chegados, percebe-se, afinal, a utilidade marginal da recolocação na agenda-setting do caso Portucale, no fundo um aviso à navegação de que o país só teria a ganhar se envolvesse a sua massa crítica para intervir pela inclusão dessa categoria natural excepcional, que é o Montado de sobro, associada à produção mundial de cortiça de que somos líderes, a fim de construir uma estratégia vencedora e, ao mesmo tempo, valorizadora de toda uma região que se tem vindo a desertificar e a empobrecer e descaracterizar, gerando ainda mais assimetrias no rectângulo, sem, com isso, valorizar o próprio modelo de desenvolvimento sustentável que se procura alcançar através da interacção com a UNESCO.
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Nota: Dedicada ao seu próprio autor, JLB, um homem clarividente, presciente, de grande e refinada sagesse.
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