quinta-feira

Nós vamos todos pagar o Novo Banco - Teixeira dos Santos -



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Ricardo Salgado será um passivo tóxico na vida de todos os portugueses durante muitos anos


Do esbulho da banca consentida pelo Estado
- O "outro", de forma mais metafórica, dizia: "ai aguenta, aguenta"...
- Teixeira dos Santos - é mais terra-a-terra e defende que somos nós, contribuintes, a pagar a corrupção institucionalizada por Ricardo Salgado, primeiro, e as despesas da constituição do Fundo de Resolução, depois, para suprir a forma (subvalorizada) como o Novo Banco foi vendido à Lone Star.
- Seja como for, a deputação no Parlamento, caso haja vontade, terá sempre meios para legislar e regular a forma pela qual esses prejuízos não deverão reflectir-se nos clientes e nos contribuintes. 
- Cumpre, pois, à deputação no Parlamento impedir que mais esse esbulho ocorra em Portugal, mesmo sob as barbas do Estado que, avido, assistiu a todo esse crime económico-financeiro em Portugal, e cuja origem aponta para um nome cimeiro: Ricardo Salgado, mas não está só... 
- Faça-se o arresto a todos os bens da família Salgado, e também aos "granadeiros e bavas" da finança em Portugal - para, do resultado da venda desses bens, ajudarem a pagar esse fartar de vilanagem que, durante três décadas, alimentou as clientelas do chamado "centrão político" em Portugal, ou seja, PSD e PS e respectivos boys, muitos dos quais passaram e enriqueceram com negociatas através dessa imensa placa giratória que foi a CGD, hoje designado "Copos, Gajas e Despesas"... , segundo a versão do caracolinho-lambido holandês que ainda não se demitiu, aguarda que o empurrem do Eurogrupo.


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Teixeira dos Santos: “Nós vamos todos pagar” o Novo Banco, (Link Expresso)

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quarta-feira

Aeroporto Internacional da Madeira: do nome e da coisa nomeada

Nota prévia: Todos conhecemos a dificuldade em definir o que é a cultura. Contudo, ela anda associada ao conhecimento, à arte, aos costumes, à lex, aos hábitos e a um conjunto de capacidades e competências que temos em nos adaptar a uma dada sociedade. De facto, capacidade adaptativa o CR/7 tem, mas falta-lhe todas as outras dimensões, apesar de se mostrar sensível a fazer doações para povos em dificuldades, ou, mais pontualmente, ajudar monetariamente crianças com doenças graves. Também aqui há uma dimensão de marketing planetário que o jogador tem sabido aproveitar e capitalizar. 

O que melhor define a cultura portuguesa é, consabidamente, o saudosismo e o fado é, talvez, a dimensão artística e musical que melhor ilustra essa realidade que marca a nossa personalidade colectiva. Alguma personalidade oriundo dessa área, faria jus ao nome do aeroporto internacional da Madeira.

Uma outra vertente ou dimensão da cultura repousa num conjunto de ideias (politicamente relevantes), comportamentos e práticas sociais aprendidos de geração em geração e que se vão integrando nos valores da sociedade, enriquecendo-a. A esta luz, Alberto João Jardim foi aquele que mais se bateu pela criação a autonomia da Madeira (ainda que à custa dos orçamentos nacionais ao longo de décadas); e da sua governação, goste-se ou não dele, os madeirenses viram as suas vidas melhoradas em resultado de décadas de progresso e desenvolvimento e de diminuição da insularidade. 

Pelo que seria mais justo adoptar o seu nome àquela importante infra-estrutura, mas, como sabemos, a política atravessa tudo, por vezes de forma cortante, e as péssimas relações pessoais entre o anterior Presidente do Governo Regional da Madeira e o presidente em funções, Miguel Albuquerque, ajudam a explicar o ponto a que chegámos. Por maioria de razão, João Gonçalves Zarco - até por ter povoado e administrado a ilha - seria uma eficiente opção, em alternativa a João Jardim. Mas a história é o que é, e por vezes sofre dum esquecimento congénito ou duma memória selectiva por parte de quem ocupa o poder a dado momento. 

Em matéria de adaptabilidade, quer João Jardim quer Gonçalves Zarco teriam mais e melhor perfil do que o futebolista que, em rigor, apenas deveria ser comparado com os demais futebolistas para não amalgamar tudo e apoucar as instituições e escavacar o ritmo da história e a própria dimensão da cultura, lato sensu. 

Mas a cultura também é o que é, sub-produto das "elites" que, a dado momento, ocupam o poder e que não hesitam em ceder à tentação da imagem global que CR/7 corporiza, pensando esses agentes políticos que isso dá prestígio, poder e soma influência aos mecanismos decisórios e aos seus promotores. Aqui temos Marcelo, M. Albuquerque e outros players que, assim, um pouco cínicamente, se associam a este tipo de patrocínio um pouco deslocado no baptismo ao aeroporto internacional da Madeira. 


Podemos sempre dizer que o futebolista representa uma das dimensões da cultura, mediante a prática de desporto/futebol de alta competição, e que essa dimensão alcançou uma escala planetária. Mas não podemos esquecer que daí não decorre um conceito de cultura associada a um conceito de desenvolvimento, progresso económico e social, e até disseminar na sociedade novas formas de pensar e de viver inerentes ao desenvolvimento da condição humana.

Em suma: é bom repor as coisas no seu devido lugar. Cristiano Ronaldo dá xutos na bola, com isso ganha milhões, mas daí a empolar esse fenómeno a uma questão de cultura - em sentido amplo - é uma tremendo exagero. É como forçar uma couve a gerar uma rosa. 

Quanto à estátua que lhe fizeram, certamente por maldade (ou incompetência), ela mais parece ter saído do crematório do Alto de São João. Até nisso este episódio de cultura paroquial foi infeliz.

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É uma escolha arriscada, corajosa e excecional"








O Presidente da República considerou, esta quarta-feira, que a atribuição do nome de Cristiano Ronaldo ao aeroporto da Madeira foi uma "escolha arriscada", "corajosa". "É uma escolha excecional para uma personalidade excecional que temos a certeza que nunca nos desiludirá", declarou.
A cerimónia de alteração do nome do aeroporto contou com a presença de centenas de pessoas para "homenagear um concidadão admirado por milhões de portugueses e de estrangeiros", indicou o chefe de Estado.
Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que quando "a Região Autónoma da Madeira decidiu dar o nome de Cristiano Ronaldo a este aeroporto, fê-lo pela mão do presidente do Governo Regional, legitimado pelo voto dos madeirenses" e salientou que "o poder político nacional todo ele respeitou essa manifestação de autonomia regional", atendendo à articulação com o "Estado Nação".
O chefe de Estado destacou também que "a excelência alimenta o orgulho nacional", projetando Portugal no mundo, porque Cristiano Ronaldo é "um exemplo", visto que a título individual é o "melhor jogador de futebol do mundo" e a título coletivo é o capitão da seleção nacional que é a campeã da Europa. Marcelo Rebelo de Sousa vincou que Cristiano Ronaldo também "projeta a Madeira e todo o Portugal de longe como mais ninguém nos cinco cantos do universo".
Sobre a escolha do nome, sustentou que "muita gente prefere atribuir a obras desta envergadura o nome de personalidades que já não pertencem ao mundo dos vivos, cujo percurso inteiro pode ser avaliado com distância e menor peso das inclinações de cada momento".
Marcelo Rebelo de Sousa realçou que, neste caso, a escolha foi feita "pelo caráter muitíssimo raro, para não dizer quase único" do internacional português, e sabendo dos "riscos" que a imprevisibilidade do futuro pode trazer. Para o chefe de Estado, esta é uma homenagem merecida e "a gratidão devida, certamente a pensar em duas razões determinantes: a responsabilidade de Cristiano Ronaldo e a confiança ilimitada que a Madeira e todo o Portugal nele depositam".
O Presidente da República considerou ainda que o futebolista é um exemplo para as crianças que "o admiram com gratidão e carinho sem limite, a começar naqueles miúdos que com bolas feitas de pouca coisa jogam nas vielas dos bairros mais pobres e todos eles sonham poderem vir a ser um dia Cristiano Ronaldo".
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Nuno Júdice e Maria Helena Vieira da Silva: o jogo


Um poema de Nuno Júdice: jogo
Um quadro de Maria Helena Vieira da Silva: partida de xadrez (1943)

A partida de xadrez Maria Helena Vieira da Silva

Jogo

Eu, sabendo que te amo, 
e como as coisas do amor são difíceis, 
preparo em silêncio a mesa 
do jogo, estendo as peças 
sobre o tabuleiro, disponho os lugares 
necessários para que tudo 
comece: as cadeiras 
uma em frente da outra, embora saiba 
que as mãos não se podem tocar, 
e que para além das dificuldades, 
hesitações, recuos 
ou avanços possíveis, só os olhos 
transportam, talvez, uma hipótese 
de entendimento. É então que chegas, 
e como se um vento do norte 
entrasse por uma janela aberta, 
o jogo inteiro voa pelos ares, 
o frio enche-te os olhos de lágrimas, 
e empurras-me para dentro, onde 
o fogo consome o que resta 
do nosso quebra-cabeças. 

Nuno Júdice, in "A Fonte da Vida" 
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terça-feira

Aumento do IMI - no comércio e serviços. "Parabéns" António Costa e Centeno

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Como o sector da restauração está em "alta"...


- Como o comércio e serviços estão em alta;

- Como a economia nacional, de súbito, "ficou próspera" - o PM, António Costa e M. Centeno (Ministro das Finanças) decidiram aumentar/actualizar os valores patrimoniais dos imóveis ligados aqueles sectores, agravando assim os respectivos IMIs.

- Sucede, porém, que nem a restauração está em alta, nem a baixa do IVA representou qualquer ganho para os empresários daquele sector, por isso este aumento selvagem de impostos, incluído no Orçamento de Estado de 2016, espelha o continuismo perigoso da austeridade de Passos Coelho e da Troika que, neste particular, A.Costa foi um fiel seguidor. Ou seja, foi igual ou pior àqueles que criticou no passado recente, e isso é feio (politicamente). 

- Com essa medida, lesiva de interesses legítimos que deviam ser acautelados, perderá o chefe da geringonça milhares de votos. E se assim for, deverá perdê-los para o BE e o PCP, e perde bem. 

- No fundo, o Governo existe para esmifrar o contribuinte até à exaustão, e isso não será governar, mas esbulhar  sem critério, ou melhor, o critério é sacar o mais possível aos rendimentos dos contribuintes para engordar os cofres do Estado. 

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Afinal, o que é inteligência?”





Ninguém na base tinha visto uma nota dessas e durante duas horas eu fui o assunto principal.
(Não significou nada – no dia seguinte eu ainda era um soldado raso da KP – Kitchen Police)
Durante toda minha vida consegui notas como essa, o que sempre me deu uma ideia de que eu era realmente muito inteligente. E eu imaginava que as outras pessoas também achavam isso.
Porém, na verdade, será que essas notas não significam apenas que eu sou muito bom para responder um tipo específico de perguntas académicas, consideradas pertinentes pelas pessoas que formularam esses testes de inteligência, e que provavelmente têm uma habilidade intelectual parecida com a minha? Porém, na verdade, será que essas notas não significam apenas que eu sou muito bom para responder um tipo específico de perguntas académicas, consideradas pertinentes pelas pessoas que formularam esses testes de inteligência, e que provavelmente têm uma habilidade intelectual parecida com a minha?
Fonte: huffpost.com.
Por exemplo, eu conhecia um mecânico que jamais conseguiria passar em um teste desses, acho que não chegaria a fazer 80 pontos. Portanto, sempre me considerei muito mais inteligente que ele.
Mas, quando acontecia alguma coisa com o meu carro e eu precisava de alguém para dar um jeito rápido, era ele que eu procurava. Observava como ele investigava a situação enquanto fazia seus pronunciamentos sábios e profundos, como se fossem oráculos divinos.
No fim, ele sempre consertava meu carro.
Então imagine se esses testes de inteligência fossem preparados pelo meu mecânico.
Ou por um carpinteiro, ou um fazendeiro, ou qualquer outro que não fosse um académico.
Em qualquer desses testes eu comprovaria minha total ignorância e estupidez. Na verdade, seria mesmo considerado um ignorante, um estúpido.
Em um mundo onde eu não pudesse me valer do meu treinamento académico ou do meu talento com as palavras e tivesse que fazer algum trabalho com as minhas mãos ou desembaraçar alguma coisa complicada eu me daria muito mal.
A minha inteligência, portanto, não é algo absoluto mas sim algo imposto como tal, por uma pequena parcela da sociedade em que vivo.
Vamos considerar o meu mecânico, mais uma vez.
Ele adorava contar piadas.
Certa vez ele levantou sua cabeça por cima do capô do meu carro e me perguntou:
“Doutor, um surdo-mudo entrou numa loja de construção para comprar uns pregos. Ele colocou dois dedos no balcão como se estivesse segurando um prego invisível e com a outra mão, imitou umas marteladas. O balconista trouxe então um martelo. Ele balançou a cabeça de um lado para o outro negativamente e apontou para os dedos no balcão. Dessa vez o balconista trouxe vários pregos, ele escolheu o tamanho que queria e foi embora. O cliente seguinte era um cego. Ele queria comprar uma tesoura. Como o senhor acha que ele fez?”
Eu levantei minha mão e “cortei o ar” com dois dedos, como uma tesoura.
“Mas você é muito burro mesmo! Ele simplesmente abriu a boca e usou a voz para pedir”
Enquanto meu mecânico gargalhava, ele ainda falou:
“Tô fazendo essa pegadinha com todos os clientes hoje.”
“E muitos caíram?” perguntei esperançoso.
“Alguns. Mas com você eu tinha certeza absoluta que ia funcionar”.
“Ah é? Por quê?”
“Porque você tem muito estudo doutor, sabia que não seria muito esperto”

E algo dentro de mim dizia que ele tinha alguma razão nisso tudo.
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Tradução feita por Update or Die. Original: What Is Intelligence, Anyway?.
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O teatro da nossa vida



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Na base do teatro estão as tragédias gregas. Mas o nosso mundo, desde há meio século, as tragédias ganharam lugar noutras narrativas: nas novelas, nos filmes, na vida política no interior das nossas sociedades, enfim, na história do nosso quotidiano. A marcar esse climax há sempre um herói ou uma heroína. 

Sem esforço, ilustramos nessa dramaturgia moderna e pós-moderna alguns personagens: Trump, Merkel, Putin..., só para citar os mais mediáticos.

São heróis, heroínas ou vilões, consoante quem os avalia e os interesses agrupados em torno dessas avaliações. O que é certo é que no seio desse mega-teatro estão "eles-e-nós", que, em nossas casas vamos ecoando aquilo que eles dizem e o que nós pensamos acerca do que dizem. Somos, simultaneamente, os destinatários e a plateia daquelas mensagens, mesmo que discordemos delas. 

Sem querer, acabamos por ser ampliadores das mensagens daqueles personagens que, não raro, estão do lado errado da história, das relações internacionais, da paz, da prosperidade e da economia de bem-estar que almejamos. 

Temos, pois, que deixar de ser essa caixinha de ressonância e quebrar esse coro de plateia que ainda fazemos, sobretudo na Europa. 

Temos, acima de tudo, e na esteira de Bertolt Brecht que romper essa relação de intermediário flácido entre aqueles personagens e as plateias que integramos. Resgatar essa nova condição do coro que teremos de passar a ser, constitui o novo teatro que temos o dever de (re)inventar. Essa nova circunstância requer, essencialmente, que deixemos de estar anestesiados. 

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segunda-feira

Dia Mundial do Teatro - dia de mestre Gil Vicente -


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— Está é a experiencia.
Dinato, escreve isto bem.
— Que escreverei, companheiro?
Que Ninguém busca consciência, e Todo Mundo busca dinheiro
Gil Vicente
Foges-me, sabendo certo 
que passo perigo marinho, 
e sem ti vou tão deserto 
que, quando cuido que acerto, 
vou mais fora de caminho.

Não cureis de vos matar, 
que ainda estais em idade 
de crecer. 
Tempo há i pera folgar 
e caminhar... 
Vivei à vossa vontade, 
e havei prazer.
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Evoc. de Séneca



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Uma mulher bonita não é aquela de quem se elogiam as pernas ou os braços, mas aquela cuja inteira aparência é de tal beleza que não deixa possibilidades para admirar as partes isoladas.






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domingo

A arte exagerada de Fernando Botero



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Family Scene - Fernando Botero


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The Gardening Club is a fine example of Fernando Botero's portrait paintings of women



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Fernando Botero Rapto de Europa


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The art work I choose to do is “Casa de Marta Pintuco” by Fernando Botero. 

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sábado

Europa tem de pôr as políticas onde estão os valores - por António Vitorino -

Nota prévia: Vale  sempre a pena ler e reflectir nas palavras avisadas de António Vitorino acerca desta velha Europa que carece de orientação e uma visão mais humanista para os países do velho continente.

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Continua a ser uma das vozes mais influentes no debate europeu que se trava em Portugal e em Bruxelas. Não esconde os revezes e as dificuldades. No dia em que a Europa está em Roma para festejar os 60 anos do tratado que a fundou, o antigo comissário europeu, que presidiu ao think-tank Notre Europe, sublinha a importância de reafirmar os valores europeus e refazer a confiança perdida nas sucessivas crises.
A Europa vive há quase dez anos uma crise que é a maior da sua história. Pela primeira vez, está em cima da mesa o cenário do seu fim. Acredita que, em Roma, possa haver um rebate de consciências, ou já estamos muito para além disso?
O que espero de Roma é uma declaração sobre os valores da União Europeia, porque é particularmente importante que sejam reafirmados. E essa reafirmação é tanto mais importante num momento em que, no plano transatlântico, os Estados Unidos se afastam desses valores, mas também quando há uma responsabilidade acrescida para que os europeus ponham as suas políticas onde estão os valores. Mas não espero decisões surpreendentes, porque é preciso perceber que os temas de agenda condicionam a própria capacidade de decisão. Seria ingénuo ignorar as eleições francesas e alemãs ou o "Brexit". O importante é que saia uma declaração de vontade comum de revisitar as políticas em função dos valores.
Fugindo um pouco à sua responsabilidade.Tem acompanhado as negociações em torno da declaração. Não tem sido fácil encontrar um terreno comumentre os 27. Era impossível ir mais longe?
Não é a primeira vez em que os europeus estão profundamente divididos. O que é, talvez, uma novidade preocupante é que não há ainda um centro político que permita estabilizar a superação dessas divisões. A Comissão deu o seu contributo com o Livro Branco…
Mas colocando os Estados-membros perante as suas próprias responsabilidades. E isso não é de somenos importância hoje…
Acredita que os governos dos grandes países vão olhar para estes cenários, aceitando que têm de se posicionar perante eles?
Se a resposta for a rejeição dos cenários de retrocesso e a vontade de explorar os cenários que permitem aprofundar a integração, creio que já é um passo em frente. Mas isso passa por estabelecer prioridade, e é isso que, em Roma, provavelmente ainda não se vai fazer.
Depois das eleições alemãs, acha possível recriar esse centro político e essa capacidade de definir prioridades que sejam unificadoras?
Da possibilidade não sei, mas da necessidade sei. E, por paradoxal que pareça, o "Brexit" é um incentivo. Temos de compreender que há uma necessidade de redefinir o sentido comum do projecto de integração europeia. Já não pode ser apenas a paz ou a reconciliação franco-alemã. Tem de ser sobre o papel que a Europa tem de desempenhar no mundo. Não num sentido egoísta, mas sobre a importância dos valores que personifica e que ficam cada vez mais evidentes. Estamos preparados para viver num mundo onde o multilateralismo, o respeito pelo Estado de direito e pelos direitos fundamentais, a tolerância religiosa não figurem como eixos centrais da ordem internacional? Acho que a resposta que todos os europeus dão é que não querem esse mundo. E, portanto, têm de assumir as suas responsabilidades nas políticas internas e na política internacional.
Crê que o cenário da fragmentação, mesmo que lenta, já está afastado?
O "Brexit" quebrou um tabu que era a ideia de que a Europa estava sempre a acrescentar e não a diminuir. Nesse sentido, a perspectiva da desintegração, mesmo que progressiva, não pode ser totalmente afastada. Mas também é importante sublinhar que a reacção das opiniões públicas dos outros países foi o aumento do apoio ao projecto europeu. Em nenhum país europeu houve um alinhamento com o "Brexit" – o que não significa que não haja políticos que estejam alinhados com ele, como Geert Wilders, por exemplo, ou a senhora Le Pen. Mas a verdade é que dos 35% de apoio ao projecto europeu que se verificavam há dois anos, passámos para níveis da ordem dos 50% a 55%, distantes ainda dos 65% a 70% de antes da crise, mas, apesar de tudo, invertemos a tendência. Se alguma leitura positiva pode ser feita, é que ainda há um capital de esperança entre os europeus sobre a capacidade da Europa de assumir um protagonismo no mundo, em vez de fechar fronteiras…
Apesar do que temos visto sobre os refugiados?
A questão da imigração é um problema sério que vai persistir, porque, mesmo que não haja uma nova vaga de refugiados, a pressão migratória vai manter-se e é preciso ter a consciência de que nenhum país, isoladamente, consegue fazer face a esta realidade, como, aliás, a Alemanha demonstrou.


Olhando para as múltiplas crises que se encadeiam – "Brexit", Trump, Rússia, refugiados, terrorismo, euro etc. –, é possível antecipar o que pode vir a ser a Europa depois desta crise?
Sim. Acho que há três blocos fundamentais. O primeiro é o papel da Europa no mundo, que levanta questões de segurança e defesa, que têm de ser cada vez mais assumidas como uma responsabilidade europeia. O segundo bloco é reformar a união económica e monetária (UEM). Estamos a viver em tempos emprestados pelo Banco Central Europeu, mas os fundamentos da UEM permanecem frágeis. O grande desafio da sustentabilidade do euro, mais do que condicionar os mercados financeiros, é permitir retomar a senda da convergência económica dentro da zona euro e, por outro lado, responder àquilo que é a maior chaga social que enfrentamos hoje: o desemprego jovem. E, depois, há um terceiro bloco que é a necessidade de acrescentar uma dimensão social às políticas europeias. Não se pode resumir tudo a casas decimais do défice e da dívida. Tem de haver uma dimensão em que a Europa seja capaz de proteger, sem ser proteccionista. Proteger os cidadãos sem se transformar numa potência proteccionista. Estes três blocos são aqueles que vejo como fundamentais
Essa reforma da UEM, fundamental para os países mais afectados pela crise e pela falta de crescimento, é compatível com o discurso alemão: que já há regras e que se trata de cumpri-las, afastando qualquer futura partilha de riscos?
Na reforma da UEM, o que está em causa é a partilha do risco e a partilha da soberania. Esse equilíbrio não está alcançado e, por isso, a união monetária está incompleta. Também é justo reconhecer que, desde que começou a crise financeira, o país que mais evoluiu nas suas posições sobre a UEM foi a Alemanha..
Um bocadinho a custo…
Muitas vezes tardiamente e pressionada pelos acontecimentos. Mas foi. Não perco a esperança de que a Alemanha venha a compreender que completar a UEM não é apenas imprescindível para a sustentabilidade do euro, mas também para o seu próprio interesse nacional, que está indissoluvelmente ligado ao euro.
É legítimo dizer que há a Alemanha de Merkel e a Alemanha de Schäuble?
Basta pensar no episódio do "Grexit", no início da crise, para perceber que nessa altura não havia coincidência de opiniões entre a chanceler e o ministro das Finanças. E a chanceler prevaleceu.
E agora?
Creio que o debate alemão é condicionado pela recusa de que a UEM se transforme numa “união de transferências”. Ora, a questão é que esse modelo não é o único possível para a UEM. Pode haver um modelo win-win sem que isso passe forçosamente por um modelo de transferências permanentes.
Como?
Através da transformação do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) num fundo monetário europeu que garanta a estabilidade da UEM e que faça frente a choques assimétricos. Também através da criação de mecanismos de solidariedade financeira, em que há quem contribua e há quem receba em função dos ciclos económicos, o que significa que não há contribuintes permanentes nem recebedores permanentes. Finalmente, através de um fundo de investimentos estratégicos, ampliando o que é hoje o “fundo Juncker”. Se recordarmos o que foram os fundos estruturais na época de Jacques Delors, há soluções que beneficiam os recebedores, mas também beneficiam os agentes económicos dos países contribuintes. Basta pensar na Auto-Europa, que foi muito benéfica para Portugal, mas também para uma empresa de referência fundamental na Alemanha.


Tem chamado a atenção para o facto de não ser possível eternizar uma Europa de vencedores e de vencidos. Quando o presidente do Eurogrupo diz que os países do Sul gastam tudo em “copos e mulheres”, verificamos que esta divisão não é só económica.
A crise deixou estigmas profundos que levarão tempo a ultrapassar. A frase que citou é de alguém que não está muito sóbrio, de certeza. Reconstruir a confiança entre os Estados-membros é a primeira prioridade. E essa confiança foi seriamente abalada. Por isso, creio que a primeira das prioridades é restabelecer um sólido entendimento entre a França e a Alemanha. Tenho a esperança fundada de que os resultados das eleições nos dois países permitirão criar, na França e na Alemanha, um novo quadro político de relançamento do entendimento franco-alemão.
Está a dizer que os novos protagonistas são Macron e Schulz?
Não estou a querer ir tão longe. O que posso dizer claramente é que a senhora Le Pen não ganhará as eleições francesas, mas também estou a dar-lhe a entender que, na minha opinião, haverá uma nova relação de forças na Alemanha, mesmo que não se traduza numa mudança de chanceler, que também é positiva.
Regressou a ideia das várias velocidades da integração, que foi, em tempos, uma ideia francesa e alemã. Volta a ser, embora a Declaração de Roma tenha dissolvido um pouco os termos em que deve ser feita. É um risco ou é uma necessidade?
Em primeiro lugar, é uma realidade. Acho que devemos colocar as coisas em perspectiva. Elas já existem, com o euro ou com Schengen. Estão previstas nos tratados, com as “cooperações reforçadas” e a “cooperação estruturada” na defesa. Não estamos a falar de inventar a roda. Em segundo lugar, as boas ideias precisam normalmente de ser testadas nos detalhes, porque é aí que estão os problemas. Acho que há princípios que têm de ser respeitados. Primeiro, o princípio da igualdade entre os Estados, neste caso, o princípio da porta aberta. A participação é voluntária e quem quer participa. Em segundo lugar, essas velocidades desenvolvem-se dentro do quadro institucional da União Europeia. É fundamental que o ritmo de evolução dessas “cooperações reforçadas” seja supervisionado pelas instituições europeias, de forma a que o grupo da frente não adquira uma velocidade e uma autonomia que tornem praticamente impossível a recuperação.
Até agora, o Reino Unido e a relação com os Estados Unidos criavam um equilíbrio de poder na União Europeia que não permitia que uma potência continental se afirmasse acima de todos os outros. Esta amputação “atlântica” vai ter impacte na Europa que aí vem?Que terá impacto, seguramente. Do ponto de vista da relação transatlântica, ela vai sofrer bastante. Mas isso não é razão para não continuarmos a entender que os valores históricos comuns à Europa e aos Estados Unidos não devem ser preservados. Do ponto de vista da relação de forças na Europa, a saída do Reino Unido é uma derrota política muito séria e que terá efeitos na Europa, porque vai colocar a França e a Alemanha frente a frente sozinhas, sem aquilo que tem sido um vector euro-atlântico moderador. [Esta situação nova] tem riscos, porque cria uma Europa muito mais centrada no continente, que perde a dimensão atlântica. Para Portugal é negativo. Mas também estou convencido que a vocação europeia da Alemanha não será de querer afirmar-se como potência hegemónica isolada, mas de procurar encontrar novos equilíbrios. E, para isso, todos os países-membros são importantes e têm a obrigação de contribuir e participar.
É necessária também uma mudança em França, para reconstruir esse eixo fundamental?
Que continua a ser fundamental. Apesar de tudo, há razões para sermos optimistas. Em França, a principal alternativa a uma impensável deriva autoritária que representaria a vitória da senhora Le Pen, é uma candidatura muito pró-europeia e muito comprometida com o projecto europeu e com a necessidade de haver um sólido entendimento entre a França e a Alemanha.
A defesa está hoje entre as prioridades dos dois países. Estamos numa nova situação em que o efeito Trump e o efeito Putin levaram a Alemanha a uma mudança na forma como vê o seu próprio poder. No novo contexto europeu sem o Reino Unido, esta mudança não criará também alguns anticorpos?
A Alemanha tem sido, sobretudo, uma potência geoeconómica. Está, agora, a fazer a sua transição para uma potência geopolítica. E isso, na minha opinião, é positivo. Mas não é isento de dificuldades, dentro da Alemanha e no conjunto dos países europeus. Os responsáveis políticos têm de iniciar um diálogo muito sério com os cidadãos sobre o custo da segurança e da defesa. As pessoas têm todo o direito de pedir segurança, contra o terrorismo, contra as ameaças externas, contra a instabilidade nas regiões limítrofes, com as ondas de refugiados que chegam à Europa ou com a ameaça expansionista da Rússia na Ucrânia. O que é preciso é que os responsáveis políticos tenham a coragem de explicar que isso custa dinheiro. E também que podemos contar menos com a relação transatlântica para nos proteger e que cada vez mais teremos de contar com as nossas próprias forças. Isso exige compromissos.


Ouvi-o dizer várias vezes que a crise europeia era também a crise das suas democracias. Parece que tinha razão. Ficámos felizes porque Wilders não ganhou as eleições, mas obrigou Mark Rutte a colar-se à sua linguagem, nomeadamente em matéria de imigração.
Isso aconteceu no ponto da imigração, mas não no ponto da Europa. O que é inaceitável é dizer que, porque Rutte se colou a Wilders no domínio da imigração, a vitória dele não pode ser considerada uma vitória pró-europeia. Na questão europeia foi uma ruptura frontal. Não é justo querer meter tudo no mesmo saco.
Mas as forças nacionalistas ganharam muito peso no debate europeu.
Há três razões fundamentais. Em primeiro lugar, o impacte da globalização que se traduziu na pressão sobre as classes médias e que gera insegurança e incerteza. Em segundo lugar, a enormíssima revolução tecnológica que estamos a viver e que altera muito as formas consagradas de vida. E, em terceiro lugar, porque a Europa é vista como um instrumento da globalização desregulada e não, como diz o meu amigo Pascal Lamy, como uma plataforma de civilização da globalização. O que é preciso é que a Europa leve a sério a sua função de civilizar a globalização. Não é fechar-se, não é ceder ao populismo, odiar o estrangeiro, rejeitar o imigrante. É ser capaz de ter um protagonismo que regula, que civiliza, a globalização. E isso tem de ter uma implicação nas políticas sociais, para dar conforto aos sectores sociais que se consideram, uns com razão, outros sem ela, os perdedores da globalização.
Não é fácil fazer isso.
Passa pelas democracias nacionais e pelo diálogo em torno do contrato social de cada país. E, a partir daí, ver o que se pode fazer a nível europeu.
Entretanto, a nova Administração americana tem um forte pendor proteccionista. Como é que a Europa consegue contrariar esta vaga?
A resposta não é fechar-se, é manter-se fiel aos valores da abertura. Em segundo lugar, é confiar na força das cadeias de produção multinacionais que são hoje dominantes na economia global. A incorporação americana nos IPad é de 55% e a da China é apenas de 15. Uma taxa de 45% seria mais danosa para os americanos do que para a China. Em terceiro lugar, temos de estar preparados para adoptar medidas retaliatórias, se elas visarem os europeus.
Não é só a Europa que pode ser visada. A China, o Japão… Comporta também uma dimensão geopolítica.
Claro. A Europa terá responsabilidades acrescidas em relação à China, Japão e outras economias emergentes, que manifestamente não estarão interessados numa onda proteccionista. Os Estados Unidos estão mais isolados do que supõem. Quando Xi Jinping vai a Davos e faz um discurso a favor do livre comércio, isto obviamente não pode ser ignorado pelos europeus.
Na Alemanha, o combate eleitoral é entre dois partidos europeístas ou três, incluindo os Verdes…
Estamos a falar de 70% dos eleitores.
Mas não será imprudente começarmos já a anunciar o fim destes movimentos populistas?
O populismo alimenta-se e também alimenta a polarização das sociedades. E vivemos hoje em sociedades muito mais polarizadas. Cito sempre [o anterior primeiro-ministro francês] Manuel Valls: “Os populistas colocam as verdadeiras questões, mas a todas elas dão a resposta errada. É preciso dar as respostas certas às questões certas."

Em França, os dois principais partidos da V República estão desfeitos. E é um outsider sem partido que as pode ganhar.
O que hoje marca as democracias, como se viu nos EUA e agora na França, é uma grande vontade de mudança. Mudança é hoje a palavra-chave. Mais do que com a imigração ou o proteccionismo, Trump ganhou porque representava a mudança. Em França, o paradoxo é que a mudança parte do centro. A França nunca construiu um centro político. Mas, pela primeira vez, há um centro e isso vai levar a uma recomposição das forças partidárias. Já viu como há vários responsáveis, quer do PS, quer dos Republicanos, que já declararam o seu apoio a Macron?
Como é que Portugal se pode ver neste contexto?
Devemos manter a linha consistente que definimos desde a adesão: estarmos presentes nos núcleos centrais de aprofundamento da integração. Não o devemos fazer de ânimo leve, no sentido em que é preciso avaliar com rigor os custos e os benefícios e isso exige um debate que tem de ser feito na sociedade portuguesa. De alguma forma, esse debate surgiu enviesado por causa da crise do euro. Cada vez mais é preciso fazer um debate razoável sobre o que é necessário para criar as condições de base que garantam a nossa permanência do euro, que eu defendo absolutamente. Esse debate está prejudicado pelo que foi a receita da austeridade que, digamos, encobriu o debate de fundo, que exigiria a construção de um consenso alargado. O problema é que hoje as condições políticas não o favorecem.
A Europa seria diferente com uma dupla Schulz-Macron?
Nunca faço repousar as grandes transformações em pessoas. As pessoas são importantes, fazem a diferença, mas a política que a Alemanha seguiu em relação à UEM teve um apoio muito alargado entre os alemães. Também não posso ignorar que, enquanto presidente do PE, Martin Schulz tomou posições diferentes e é um dos subscritores do relatório dos cinco presidentes que está na gaveta: o mínimo que se exige é que o possível chanceler Schulz o tire da gaveta. De resto, não faço antecipações sobre as eleições nos dois países. Também dissemos que a eleição de Hollande ia fazer a diferença e não fez.
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Reflexões de Freud

Sigmund Freud






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quinta-feira

Vitor constâncio - o novo holandês -


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Do novo holandês...

- Há muito que se percebeu que um tal Vitor Constâncio, conhecido por, na qualidade de ex-Governador do BdP ter permitido o BPN e todas as desbundas financeiras sem que o supervisor actuasse oportunamente, é "o novo holandês".
- Pelo menos, comporta-se como tal por OMISSÃO: foi assim enquanto ex-Governador do BdP; é agora assim na qualidade de Vice-PR do BCE. Essa sua dupla e pesada biografia é profundamente lamentável. 
-Tirar-lhe a nacionalidade portuguesa por esse tipo de crime económico lesivo da soberania nacional era o mínimo.






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