quarta-feira

Jorge Miranda diz que pedido de aclaração feito pelo Governo não tem bases legais


O constitucionalista Jorge Miranda disse, em declarações à TSF, que o pedido de aclaração feito pelo Governo não tem bases legais e a Assembleia da República não devia dar andamento ao processo.

O constitucionalista Jorge Miranda considera que a AR não deve dar andamento à carta do Governo com o pedido de aclaração ao acordão do Tribunal Constitucional, que chumbou três normas do Orçamento do Estado.
A carta foi enviada pelo primeiro-ministro a Assunção Esteves, considerando o Governo que o Parlamento é parte interessada neste processo.
Ouvido pela TSF, Jorge Miranda disse não ver qualquer possibilidade de intervenção junto do Tribunal Constitucional.
«Por um lado, a figura da aclaração não existe agora no nosso Direito Processual e, por outro lado, não se vê como é que o próprio TC deverá resolver um problema de uma eventual nulidade do seu acórdão», acrescentou.
No seu entender, «o Governo está a querer ganhar tempo para encontrar uma solução para os problemas financeiros ou, então, está numa atitude de guerra institucional».

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Obs: Todos sabemos que estamos diante um Governo kafkiano, filho do absurdo e gerador de múltiplos absurdos. Mas, no fundo, trata-se dum simples ressabiamento disfarçado duma guerra tecno-jurídica cujo fito é ganhar tempo para inventar outro absurdo (fiscal). É por isso que este Governo é uma ABERRAÇÃO. 
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O alegado primeiro ministro deseja um Tribunal Constitucional à medida. A tirania do imposto e as ratazaNAS






O projecto de primeiro-ministro que ainda faz Portugal marcar passo na história da Europa que, apesar de tudo, está globalmente melhor do que nós, desconhece que a governação é incerteza e risco; e parece desconhecer também que a democracia, a concepção, execução e avaliação das políticas públicas enfrentam também elevadas doses de risco, incerteza e múltiplas ameaças. É da natureza das coisas.

A governação é, ela própria, a incerteza, e só vê diminuídos os seus efeitos na sociedade e na economia acaso haja planeamento, acompanhamento das políticas públicas e das medidas particulares e, acima de tudo, elevada capacidade técnica, política e cultural. Coisas que este governo, e este primeiro ministro em particular, nunca teve ou tiveram. 

Para espanto de tudo e de todos, ou talvez não, porque o teatro é de má qualidade e os seus figurantes péssimos players, Passos Coelho tem a lata de querer antecipar qual o juízo concreto que os juízes do TC irão ter relativamente a certas medidas que o governo intenta aplicar. É um pouco como pretender saber qual ou quais os números que irão sair da tômbola nesta espécie de roleta russa em que Passos coelho converteu a democracia e a vida de todos e de cada um dos portugueses, hoje reféns do pior governo pós-democrático e a viver também a pior e mais longa recessão dos últimos 50 anos. 

Ora, se Passos coelho conhece o resultado do TC relativamente às decisões que tenciona tomar, por que razão procura governar violando sistematicamente a Constituição da República Portuguesa - invertendo, assim, o exemplo que deveria dar ao país em respeitar o Estado de direito?

Em vez disso, Coelho chantageia os juízes do Palácio Ratton e ameaça os portugueses com mais e mais impostos. 

Esta forma criminosa de exercitar uma democracia representativa revela que, afinal, até nestas formas políticas as democracias podem agir com tirania relativamente aos indivíduos, ou a certos grupos socioprofissionais (vide, os funcionários públicos e pensionistas que têm sido os alvos a abater nos vários orçamentos), mas não se agirem politicamente, como pretende fazer Passos coelho, sempre naquele registo ardiloso que o define. 

Há uns tempos alguém dizia que o mundo tem de ser tornado seguro para a democracia, e, hoje, entre nós, alguém deverá sublinhar a urgência de libertar Portugal de gente tão perigosa quanto impreparada que assaltou o poder e pretende governar contra a lei, como se fosse um ladrão que todos sabem ser ladrão, mas a quem é pedido que finja não saber da infra-gente que hoje destrói Portugal. 

Há sempre problemas quando julgamos que a porta da rua estava fechada. Mas não estava. Entretanto, entraram umas enormes ratazanas que nos comeram os casacos e as calças, e, doravante ameaçam comer-nos as cabeças.

Estranho, senão mesmo bizarro, é sabermos que isto é assim, e nada fazemos para impedir que sejamos comidos vivos por estas mesmas ratazanas. 

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quinta-feira

O esbulho aos portugueses vetado pelo Tribunal Constitucional


Ante o clamor geral do Portugal profundo, nas ruas, praças, cafés, empresas, teatros, sindicatos, escolas, hospitais, lojas, taxis, tascas de norte a sul do país, do litoral ao interior - que reclamava o chumbo desta ilegal e injusta medida, acaba por ser o PR - que a enviou (no âmbito das suas competências) para fiscalização preventiva do TC - que ficará como o campeão virtual desse veto. O que é outra injustiça, pois se não fosse aquele clamor nacional articulado com a pressão crescente das oposições, podíamos questionar a intencionalidade e bondade de Cavaco em fazer o que fez. 

De resto, Cavaco peca por defeito, pois em vez de enviar o conjunto do OE/2014 para a fiscalização preventiva do TC, até por uma questão de timing com o calendário de saída da troika, apenas só remete parte dele, o que o torna co-autor deste desgraçado OE - que irá intensificar e acelerar o processo de empobrecimento dos portugueses, gerando ainda mais desemprego e emigração numa economia muito vulnerável e altamente dependente do exterior. 

O Governo é profundamente incompetente, não sabe legislar, ou legisla com os pés, viola sistematicamente a CRP (como se fosse um criminoso reincidente), usurpa os seus poderes legítimos, esbulha os cidadãos e as empresas com uma carga fiscal desmesurada e, ainda assim, pretendia que do Palácio Ratton viesse um milagre sob a forma de prenda de Natal...

Esperemos que da próxima vez o TC vete o governo mais incompetente e impreparado de que há memória, quer na ditadura, quer nos quase 40 anos de democracia pluralista que o regime democrático já conta.

Fazer processos de ajustamento assim, ainda por cima em regime de assistência financeira de tipo neo-colonial, mediante chantagem aos portugueses e violando a Lei fundamental, não é próprio dum estado de direito que, aliás, Passos Coelho desconhece e Paulo portas também.



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sábado

O requerimento de Cavaco: o labor de Belém

Cavaco envia convergência das pensões para o Constitucional



Obs: o dr. Cavaco já sabe preencher o requerimento enviado ao TC. Quem diz que Cavaco nada faz, encontra aqui o labor de Belém: o labor do requerimento. 

Além de roteiros que ninguém lê, Cavaco também faz requerimentos que podem ser chumbados pelo TC. 
É uma refª de "trabalho incessante" em nome do interesse dos portugueses contra um governo iníquo que tem governado cavando o fosso entre os portugueses.

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domingo

Há «pressão descarada» sobre Tribunal Constitucional, diz Pinto Monteiro

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