EM LINHA SIMÉTRICA: TRI-SONOMIA
EM LINHA SIMÉTRICA E CONVERGENTE
EM LINHA TRANSATLÂNTICA COM O BRASIL DE PERMEIO
- Consabidamente, o princípio da Isonomia estabelece que exista uma igualmente jurídica entre todos os homens, ainda que eles sejam parecidos físicamente mas distintos no seu intelecto, capacidade de trabalho ou condição económica e até trafulhice política ou perseguição política e pessoal na Academia.
- Damos três pares de exemplos: adriano, salazar e veiga beirão - parecidos físicamente e até no intelecto: um marginalizou o país durante meio século, o outro arruinou o cds e fragmentou a Universidade portuguesa - como hoje se diz à esquerda, ao centro e até à direita. O outro inseminou na Administração pública portuguesa centenas de amigos e familiares - nem Almeida Santos conseguiu igualá-lo nesse nepotismo burocrático na média e alta administração. Com a diferença é que aquele pode reclamar à vontade por falta de subsídio que não é preso - porque vive em democracia; e no tempo de salazar - em que aquele serviu desde menino e moço - quando se reclamava era-se preso, perseguido ou sofria-se represálias difusas vida fora. Como em tudo na vida, há os que tiveram carácter e cortaram abruptamente com o ditador, e depois há os outros -, o resto - que segue a escola do cinismo e da hipocrisia de Janus para sobreviverem política e pessoalmente e, assim, adaptarem-se suavemente às transições para a democracia: veiga zimão, adriano moreia e outros salarazaristas foram alguns desses camaleões, há que dizê-lo com frontalidade e hoje ainda se arrastam pelas vantagens e pelos corredores da democracia - parasitando os seus frutos - mas a que o corajoso ministro Mariano Gago, e bem, está a ter a coragem de pôr termo...
- No 2º par da isonomia - temos Oliveira Martins e Mr. Bean - aqui parece que a isonomia é todal - e não se distinguem em nada - até nas gargalhadas que as pessoas dão nos corredores do Tribunal de Contas por pensarem que Roan Atkinson passa os dias lá metido.
- O 3º par da isonomia é, curiosamente, entre a pianista Mª João Pires e a ministra da Kóltura - Isabel Pires de Lima. Aqui a isonomia física é assinalável - a ponto de nunca saber quem é quem - além do televisor também não ajudar (tenho de pedir um subsídio em nome de Besgais para comprar um plasma!!!). A única diferença parece ser a seguinte: a pianista comunica por carta - logo em tempo diferido; a ministra debita os valores dos subsídios em directo. E agora parece também que a pianista copiou a metodologia a Ribeiro e Castro - ao enunciar cumprir as suas responsabilidades em Besgais e no Brasil - ao mesmo tempo... E a senhora ainda dizia estar cansada e doente - e que se tinha refugiado no Brasil para descansar... Meus Deus, estamos perdidos!!!
- Sem querermos ser vulgares - até apetece aqui - com tantos e tantos problemas graves que afectam o país - apresentar a sogra do árbitro que apitou o Portugal-França neste Mundial de Futebol da Alemanha - que parece não ter par à altura. Mas este também é, ainda que nos seja difícil de engolir, um certo retrato do Portugal contemporâneo. Um país que tem um atraso estrutural medonho, um índice de desenprego na casa dos dois dígitos, uma produtividade e competitividade relativa ao nível do 3º mundo, elevada corrupção política no poder local e central, baixos índices de escolaridade, logo com elevada infoexclusão e o mais... Ainda assim, o Portugal-profundo - e as mentecaptas das estações de televisão - quase todas elas - se permitem dar importância a uma questiúncula entre comadres - como se isso fosse um projecto infraestruturante para o país!!! Por mais que a música - a toque de piano de cauda agora com sonoridade tropical - seja importante, porém, neste contexto não passe de música celestial para os nosso ouvidos e poeira para os nossos olhos. Vezes há em que me envergonho de ser português. Este é um deles. O problema da Mª João é, como ontem aqui dissémos, falta de muito carinho e amor, talvez por isso tenha ido para o Brasil, como o outro foi para Espanha... Ante esta onda de emigrações individuais, pergunto-me o que para cá vem fazer tanta brasileira em idade fértil...