quinta-feira

Baptista Bastos "enterra vivo" António Borges e conclui que este psd é uma "ruína antecipada"

O GÉNIO DOS CORREDORES, in DN Baptista-Bastos
Com perdão da palavra, não me parece que o artigo em causa seja o produto de uma meninge propensa a grandes elucubrações. Redigido num português medíocre e um pouco confuso, nada diz de novo nem de relevante. O dr. Borges poderia escrever que o grande desafio para o PSD seria relançar a educação ou relançar a justiça ou relançar a saúde ou relançar as pescas ou relançar a agricultura ou relançar a auto-estima - a consequência dava no mesmo: inutilidade redonda.
O dr. Borges possui (haja Freud!) ar grave e pose imponente. Poder-se-ia atribuir-lhe, com tal apresentação, a espessura de um pensamento incomum, a densidade de uma ideia inovadora, a eficácia de uma doutrina que fizesse estremecer de emoção os espíritos expectantes, a crença de um patriota que resgatasse esta atonia desequilibrada e mórbida. Nada. Além do mais, emaranha empresários com empreendimentos, as Descobertas com empresas, ignorando que, neste último caso, a grande empresa foi constituída pelo Estado: os "empresários" de então não arriscaram numa aventura de improváveis lucros. Um módico entendimento da História impediria o dr. Borges de cometer o desatino.
O actual vice-presidente do PSD era uma alusão de eficácia. Murmurava-se, nos corredores do partido, nas magnas reuniões de severos pensadores, com respeito admirativo e contrição afectuosa: "É um génio!", "Um caso espantoso!" Até agora, os insuspeitos elogios não foram confirmados. O homem impressiona pelo porte, mas não convence pelo que diz. As opiniões que expende naufragam na vulgaridade do desígnio. O artigo no Público é disso exemplo.
Entende-se a inquietação de Pedro Passos Coelho. Ante a mediocridade dos dirigentes do PSD, a total ausência de propostas, o áspero silêncio da líder, sente-se eloquentemente magoado. Não concedem nenhuma importância ao terço de votantes que representa; não o escutam, não o chamam; omitem-no, excluem-no. Apoquentado, vai criar um "movimento" de reflexão, que confira ao partido um incontestável predomínio da política sobre os "interesses". Não se percebe lá muito bem a pretensão de Passos: promover uma "dissidência", entre as existentes, depois de afirmar a "coesão" do partido?
Pelos vistos, o PSD é uma ruína antecipada".
Obs: De António Borges fizémos nós aqui (link) o retrato em Abril do corrente quando foi à RTP dizer um balde de banalidades. Dele retém-se algumas ideias:
1. É um empertigado que julga que o mundo é a preto e branco movido pela sua economiasinha privada. Ora, Portugal fez-se através do Estado, para o melhor e para o menos bom.
2. Tem Ferreira leite como grande líder, e só isto já diz tudo. Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és... Além da inocência de Borges e ser inepto politicamente, o vice-presidente da Goldman Sachs queria muito ser nomeado vice-presidente do psd, e a dona Manuela leite fez-lhe a vontade. Por isso, ele segue essa grande líder que vendeu os créditos portugueses ao Citigroup e vivia obsecada pelo défice..., que depois acabou por bater nos 6%.
O escritor Baptista Bastos gasta hoje um artigo no DN (supra) a dizer aquilo que os tugas já sabem do estrangeirado Borges: um pavão que engoliu uma forquilha sem que daquela testa irrompa qualquer ideia, plano ou projecto aproveitável para o bem comum. O artigo é magnífico, mas creio que BB poderia resumir a coisa, com igual propriedade, numa mera frase. bastaria que perguntasse ao sr. dr. Borges, esse reflexo dessa "ruína antecipada" que é o psd de Ferreira leite, - onde é que ele estava no 25 de Abril...
Por as coisas serem como são - dedicamos aqui estas notas ao escritor BB.
PS: Envie-se xerox para a Goldman sachs - onde existem umas centenas de vices-presidentes.