domingo

Marcelo tem um grave problema com a verdade: falsidade e fingimento

Enquanto Marcelo apoiava as políticas públicas no sector da Saúde do governo pafioso (PSD-cds), segurado por Belém vezes sem conta, e morriam pessoas nos hospitais por falta de médicos a quem o governo de Passos & Portas não queria pagar uma remuneração justa, por causa da tal política contabilística de austeridade que levou a cortes cegos na saúde, - aparece agora o mesmo Marcelo, travestido de candidato presidencial, a mendigar uns votinhos à porta do Hospital S. José. 

Ora, isto, no plano cívico, é obsceno, mas é revelador da duplicidade do carácter do candidato.

A sua duplicidade é, talvez, a particularidade que lhe assenta melhor: uns dias apoia as políticas cegas nos cortes da saúde que conduzem à morte de pacientes que poderiam ser evitadas, noutros dias, o candidato finge que não tem esse passado e sempre defendeu o Sistema Nacional de Saúde (SNS). É uma comédia com sabor a tragédia, especialmente para as famílias enlutadas. 

Ou seja, temos aqui uma ilustração lamentável do que é Marcelo, a sua forma mentis e o seu modus operandi. Isto para quem só o conhece agora, o problema é que ele sempre foi assim, e já não será na velhice que muda(rá).

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"Parem de fingir que isto é uma crise de dívida pública"

Para o economista, a redução da despesa pública não resolve o problema. "Podem cortar a despesa pública em Portugal até à idade da pedra que isso não terá impacto na exposição dos bancos estrangeiros aos mercados de dívida soberana". Em relação às medidas de austeridade, Blyth dá uma curiosa imagem: "Descrevamos Portugal como alguém que teve um acidente: tem uma perna partida, a cara esfacelada, tem problemas de respiração e mal se consegue mexer. Nós levamo-lo para o hospital e a receita do médico é: vamos retirar-lhe todo o sangue do corpo. Portugal tem concerteza os seus problemas de longo prazo, mas não é que a austeridade os ajude a resolver. Irá simplesmente tornar as coisas piores", diz.
Para o economista, a austeridade é apresentada como uma forma de reformar o Estado-social mas, diz, "se estivermos a falar de problemas de equidade do Estado social, como excesso de benefícios a pensionistas, então devem ser tratados. Mas o que está em causa é salvar o 1% mais rico quando os seus bancos estão em apuros - é o que aconteceu na América e na Europa - e depois, quando esses resgates e as recessões acabam no balanço do sector público, usar como desculpa um problema de pensões, isso não é uma boa política".
Segundo Mark Blyth, "a primeira solução é parar com a austeridade. A segunda é parar de fingir que isto é uma crise de dívida pública, que não é. É uma crise bancária. É preciso resolver o problema bancário. Estamos parados na união bancária há um ano, pela simples razão de que alguém tem de lidar com um bilião de dólares de ativos tóxicos que estão nos sectores bancários espanhóis e outros. Até que as perdas sejam reconhecidas e absorvidas pelos bancos e seus acionistas e credores, não há forma de resolver o problema. É preciso desalavancar o sistema e deixar o ciclo de crédito e a política monetária funcionar".
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Obs: Uma tese radical, mas que fará parte do problema. Afinal, quem mais ganhou com a recessão grega, senão a banca alemã e francesa...
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