sexta-feira

Azul e The Farm - por Joan Miró -

Cfr., mais obras do pintor de BcL, aqui

Blue I, 1961 by Joan Miro


Miro's three large-format paintings Blue I - III are part of a series of triptychs which he painted at the beginning of the 1960s in his new studio in Mallorca. 

In 1961, after three trips to the United States and exhibitions at the Galerie Maeght in Paris and Pierre Matisse Gallery in New York, Miro began further purifying the deepening his earlier discoveries. This development had been heralded by Blue I, II, III. It reflects, above all, the supreme confidence the artist had attained in composing and coloring his paintings. The style is unmistakable. Miro was playing with codes that describe the movement of objects in a uniquely simple way. For example, a certain trajectory might be represented by a line, generally a thin one, ending in a dot or in a pair of parentheses. This latter symbol was often used by Miro as a kind o container, to keep energy from escaping. What is more, they look in two different directions, referring back to Miro's last pictures of the 1950s - full of sudden movements and primaeval symbols - while at the same time looking forward to a completely new artistic freedom, a spontaneous attitude towards the material and colours, in a hitherto unprecedented way.


The Farm, 1922 by Joan Miro



One of the threads running through Miro's work is his sense of something almost supernatural in the land, from which he felt he derived his vital energy in the same way that a tree does through its roots. Although he was born in Barcelona, from childhood he often visited Mallorca, his mother's home; Cornudella ( in the province of Tarragona), where his father was born;; and later Montroig, where the family bought a farm. Miro's feelings toward these particular places are strongly present in a series of paintings done between 1918 and 1924. The paintings are often described as "detailist" because of the minute inventory of the rural world that the artist undertook in them. The diverse landscapes and objects always appear under an intense, uniform light, as if illuminated by some mysterious energy of the earth. The Farm, painted on Miro's return from his first trip to Paris, culminated this stage, which immediately preceded the decisive influence exerted on his work by Surrealism, beginning in 1924. 

Should there ever be a history of The Farm - as the poet Rilke once suggested after he had been inspired by landscapes of Paul Cezanne - then Miro's triptychs would undoubtedly form part of it.


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The Tilled Field - Juan Miró -

Nota prévia: Sempre é preferível apreciar quadros de Miró em Serralves do que no espólio privado dos corrupto e ex-administradores do BPN - curiosamente todos ex-cavaquistas. 


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The Tilled Field


The Tilled Field is an oil painting done on canvas by Joan Miró. It was started in 1923 and completed in 1924. The size of it is 66 x 92.7 cm and it is currently located at the Solomon R. Guggenheim Museum in New York City.
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sábado

Alguns poemas de O´Neill

















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sexta-feira

Vale sempre a pena ler os clássicos. Evocação de Vergílio Ferreira - via crónica de Ricardo Araújo Pereira

Resultado de imagem para vergílio ferreiraNota prévia

É útil que quando lemos um texto rico em ingredientes picantes, na forma e no conteúdo - lhe possamos acrescentar algo. Eis o que tentarei fazer recorrendo, mais uma vez, à ajuda de Vergílio Ferreira. E com isso não procuro, de modo algum, equiparar o pequeno arquitecto ao grande escritor que deixou um imenso legado. Seria, aliás, uma tremenda injustiça para o escritor, naturalmente... 

E é a propósito de iniciais, lapsos e outras regras da gramática que, um dia, Vergílio Ferreira teve de cortar a tempo a cedilha ao nome de um aluno, quando estava a fazer a chamada, chamando-lhe simplesmente Pica.

E de uma aluna com o apelido imprevisto de Cagarelho, e após ter verificado o nome dos progenitores notou que o da mãe era Peixa Maria Cagarelho

Depois disso, prossegue Vergílio Ferreira, descreve que um médico amigo lhe contara que no hospital estavam duas doentes juntas chamadas Catarina. Uma era Catarina Rabada Marmelada; e a outra era Catarina Cagau Vermelhuda - portanto em estilo de hemorroidal, conclui VF. 

No fundo, é para aí que nos conduz o próprio arquitecto..., donde, aliás, ele nunca saiu. 


Esta crónica de RAP pode ver-se aqui



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segunda-feira

Evocação de Arturo Pérez-REVERTE

Resultado de imagem para arturo perez reverteO ser humano tem que estar preparado para o pior. É o preço que se paga por estar no mundo. Temos de aceitar isso da mesma forma que buscamos e aceitamos a felicidade e a utopia de que nascemos para nos amarmos e beijarmos na boca uns aos outros. Se aprendermos a viver com o horror, encontramos um sentido prático para a vida. O ser humano é um filho da puta. Assumamos esta realidade e aprendamos a viver com ela.


MilFolhas (Público) / 20060304
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sábado

Evocação de Blaise Pascal

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Poucas amizades subsistiriam se cada um soubesse aquilo que o amigo diz de si nas suas costas.
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Blaise Pascal
França 
19 Jun 1623 // 19 Ago 1662 
Filósofo, Matemático 

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sexta-feira

Albert Cossery



"GOSTARIA QUE DEPOIS DE ME LEREM, AS PESSOAS NÃO FOSSEM TRABALHAR NO DIA SEGUINTE"

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Guterres: o papa-léguas da ONU

Nota préviaCandeia que vai à frente alumia duas vezes...

- A oratória estruturada de Guterres é, de facto, imbatível. Resta saber se quando for eleito ele se proporá, de facto, implementar as medias e reformas da ONU que sustentam o seu discurso de candidatura à única organização com vocação verdadeiramente planetária.

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António Guterres

António Guterres vence quarta votação para secretário-geral da ONU

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quarta-feira

As Amoras - por Eugénio de Andrade -




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Resultado de imagem para amoras, eugénio de andradeAs Amoras

O meu país sabe as amoras bravas
no verão.      
Ninguém ignora que não é grande,
nem inteligente, nem elegante o meu país,
mas tem esta voz doce
de quem acorda cedo para cantar nas silvas.
Raramente falei do meu país, talvez
nem goste dele, mas quando um amigo
me traz amoras bravas
os seus muros parecem-me brancos,
reparo que também no meu país o céu é azul.
    
                   Eugénio de Andrade ("O Outro Nome da Terra")


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segunda-feira

Vergílio Ferreira - Manhã submersa

O livro: há muito tempo que olho para este livro e sinto que te pertence, não me perguntes porquê...
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É como se caminhasse contigo a meu lado, caro Vergílio Ferreira
MaL-Cig., k

(...) Quando algum de nós se afastava para dentro de si próprio, logo a vigilância alarmada dos prefeitos o trazia de rastos cá para fora. Os superiores sabiam que, à pressão exterior, cada um de nós podia refugiar-se no mais fundo de si. Como sabiam também que a descoberta de nós próprios era a descoberta maravilhosa de uma força inesperada. Nenhuns sonhos se negavam ao apelo da nossa sorte, aí na nossa íntima liberdade. Por isso nos expulsavam de lá. Mas, uma vez postos na rua, havia ainda o receio de que as nossas liberdades comunicassem de uns para os outros e ficassem por isso ainda mais fortes. E assim nos obrigavam a integrar-nos numa solidariedade geométrica, ruidosa e exterior como de ladrilhos.
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Uma lição de Albert Cossery, again

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[...]
- "Qual é a arte de viver?"
- "Desprender-se de tudo o que nos ensinam, de todos os valores e dogmas".


- "O que é que caracteriza a arte de viver das personagens que criou?"- "Em primeiro lugar, a falta de ambição. O que mata as pessoas é a ambição. E também esta tendência para a sociedade de consumo. Quando vejo publicidade na televisão, digo para mim próprio: podem apresentar-me isto anos a fio que nunca comprarei nada daquilo que mostram. 


Nunca desejei um belo automóvel. Nunca desejei outra coisa senão ser eu próprio. Posso caminhar na rua com as mãos nos bolsos e sentir-me um príncipe. Não é a posse de bens materiais que pode satisfazer um homem inteligente, que compreendeu o mundo em que vive".
[...]
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sexta-feira

Racionalismo existencialista


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E eu disse-lhe: o melhor da vida é o seu impossível. E ela disse-me: isso não tem sentido nenhum. E eu dei-lhe razão, mas não sabia porquê. Ou seja, pela melhor razão que podia ter.

in VF, Pensar

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A genialidade de Guilherme Shakespeare transposta para a tragédia da Ponte-de-Sôr

Resultado de imagem para shakespeareNota prévia: Da análise ao posicionamento social da família da vítima e do seu advogado ressaltam duas ideias encadeadas: 1) a importância maior da indemnização; 2) e a ideia segundo a qual o maior bem a salvaguardar não será a punição, mas o ressarcimento, logo a indemnização. No fundo, duas ideias que desaguam numa só: no dinheiro, que será, seguramente, relevante para prover os cuidados de saúde da vítima, mas o advogado deste, salvo melhor opinião, deveria equacionar uma estratégica mais abrangente e ambiciosa, ou seja, o dinheiro é um vector crucial no tratamento da vítima, mas a sociedade, regulada e enquadrada por leis, deveria preocupar-se, acima de tudo, em aplicar a lei civil e criminal ao caso em concreto, e não, como parece desenhar-se, que a uma pena mais suave (negociada entre as partes) corresponderia uma indemnização mais choruda para a família da vítima, que é carenciada. 

Em suma: a família da vítima deverá preocupar-se tanto com o dinheiro que irá receber resultante do apuramento da indemnização pelos danos físicos, morais, etc, mas também deveria estar focada na sanção aos agressores, caso venha a provar-se que a vítima foi quase mortalmente espancada numa posição que não configura legítima defesa por parte dos agressores. No meio de tudo isto, fiquei confuso com a posição do advogado da família da vítima.
Não quero crer que se esteja apenas a pensar em honorários..
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O Vil Metal

Timão: Ouro amarelo, fulgurante, ouro precioso! (...) Basta uma porção dele para fazer do preto, branco; do feio, belo; do errado, certo; do baixo, nobre; do velho, jovem; do cobarde, valente. Ó deuses!, por que isso? O que é isso, ó deuses? (...) [O ouro] arrasta os sacerdotes e os servos para longe do seu altar, arranca o travesseiro onde repousa a cabeça dos íntegros. Esse escravo dourado ata e desata vínculos sagrados; abençoa o amaldiçoado; torna adorável a lepra repugnante; nomeia ladrões e confere-lhes títulos, genuflexões e a aprovação na bancada dos senadores. É isso que faz a viúva anciã casar-se de novo (...). Venha, mineral execrável, prostituta vil da humanidade (...) eu o farei executar o que é próprio da sua natureza. 


William Shakespeare, in "Timão de Atenas" 
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CARLOS DIOGO SANTOS02/09/2016 08:17
in jornal I



A família de Rúben Cavaco não vai ser dura na justiça com os filhos do embaixador iraquiano. O i sabe que a estratégia da defesa passará por ir decidindo a cada passo qual a melhor saída, de modo a que sejam reparados os danos causados ao jovem. “De que nos serve que sejam presos”, questiona uma fonte da família que preferiu não ser identificada, mas que confirmou ser também essa a política do advogado que escolheram, Santana-Maia Leonardo.
Longe vão os dias em que o advogado criticava na imprensa a tese de Ridha e Haider, os dois filhos do embaixador do Iraque em Lisboa. A posição que definiu logo após o espancamento – refutando a hipótese de se tratar de um episódio de legítima defesa – deu lugar a uma bem mais favorável aos interesses dos estrangeiros.
Contactado pelo i, o advogado não quis prestar declarações sobre esta matéria, mas fonte familiar garante que Santana-Maia tem repetido a ideia de que é preciso perceber o “país onde estamos”, referindo que em Portugal, muitas vezes, as pessoas são condenadas a pagar indemnizações e não cumprem.
Para a defesa, mais importante do que a prisão – caso haja levantamento da imunidade – é o ressarcimento. Até porque, explicam pessoas que conhecem a família, trata-se de um agregado pobre que ainda não sabe se o jovem precisará de acompanhamento para o resto da vida: “De que servem sentenças bonitas do tribunal?”(...)
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