quinta-feira

Evocação de Lipovetski: a Era vazio





Num dos seus trabalhos, Lipovetski descreve a Era do vazio em que vivemos, ou, pelo menos, alguns de nós vivem. Dessas frinchas irrompe um determinado tipo de homem: um tipo leve, vazio de ideias, genericamente bem falante e que é frio de sentimentos e cultiva a apatia e não crê em quase nada, pelo que as suas opiniões mudam à velocidade do vento, tamanha a sua impreparação, e vive afastado das verdadeiras necessidades e problemas das populações - cujos valores e interesses o transcende.

Esse é o herói deste 1º quartel do séc. XXI,   que domina bem a era da comunicação de plástico, comporta telegenia e domina o pragmatismo dos negócios com a política - de cujos proventos sabe tirar bom proveito - ainda que mitigue essa realidade com uma moral tosca do IC-19 tentando, desesperadamente, justificar o poder, a fama e um bom nível de vida com o sucesso sério e transparente nos negócios e na política. Enfim, uma quadratura do círculo tecnicamente inconciliável. 

Passando por cima de tudo e de todos, até do rule of law que se habituou violar este é, à partida, o caso típico do herói das séries de tv norte-americanas dos 80´s, tipo Dallas, cujas motivações primaciais são o êxito, o poder, o prestígio social e, acima de tudo, esse poderoso cavaleiro negro que é o dinheiro.

Aqueles que pensaram que o dr. Relvas tinha saído do XIX Governo (in)Constitucional - enganaram-se ROTUNDAMENTE!!!


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