Cartas da Nigéria, Carjacking. A nova Criminalidade em Portugal: tentativa de chantagem seguida de extorsão: A Net e o Telemóvel são as ferramentas...
São, essencialmente e nos primeiros anos, cartas, alguns telex’s e fax’s; recentemente já chega muita sob a forma de correio electrónico.
Na sua quase totalidade, a correspondência vem redigida em inglês, quase sempre deficiente, e é dirigida a pessoas com posição de destaque no meio empresarial, na administração pública, na política e noutros sectores influentes da sociedade.
O remetente intitula-se alto quadro de governo ou de companhia estatal, ou então seu familiar, de determinado país africano. Na sua grande maioria e com mais acuidade nos primeiros anos, o país emissor era a Nigéria. Depois, alargou-se a alguns países geograficamente próximos deste e ultimamente também já da África do Sul chega este tipo de correspondência.
A missiva é uma proposta de “negócio”.
O remetente diz possuir certa quantia de dinheiro, sempre em grande valor e conseguida devido ao seu estatuto privilegiado, relacionado com a administração do seu país.
Dizendo não poder ser associado publicamente a essa fortuna, em razão da origem, só lhe resta transferi-la para o estrangeiro.
Pede assim ao destinatário se digne receber numa sua conta bancária esse dinheiro, por contrapartida de 20 %, ou até 35 %, do seu valor.
Para tanto apenas pede lhe envie os dados identificativos dessa conta, os seus dados pessoais, da sua empresa ou organização incluindo papel timbrado, etc.
Nem sempre todos estes elementos são pedidos na primeira carta, antes ocorre fraccionadamente, quando o destinatário responde e permite assim o diálogo.
Também pode ser solicitado algum dinheiro para custear despesas, diligências para a obtenção de visto para o estrangeiro poder vir a Portugal para melhor negociarem, etc.
Tudo isto não passa de uma encenação, porque não existe qualquer dinheiro, muito menos para transferir. O que o remetente pretende é burlar quem recebe a correspondência.
Tudo o que for enviado ao burlão pode ser aproveitado para cometimento de outros crimes ou é simplesmente para seu próprio benefício.
Com os dados das pessoas físicas, das pessoas colectivas e das contas bancárias os burlões podem cometer burlas à escala internacional (o que ocasionalmente acontece), mediante a utilização fraudulenta dessa informação no sistema financeiro.
Houve casos em que os lesados pagaram viagens aos burlões, adiantaram dinheiro para custear despesas ou deslocaram-se a expensas próprias a África.
A escolha dos destinatários das “cartas da Nigéria” é aleatória, provindo os endereços de listagens públicas relacionadas com comércio internacional ou simplesmente com divulgação / publicidade.
Este “modus operandi” ocorre um pouco por todo o mundo e é conhecido da INTERPOL e da EUROPOL.
Tem sido objecto de alerta por várias entidades, entre as quais as próprias autoridades nigerianas.
Também a Polícia Judiciária, já desde 1991, vem, junto da comunicação social e periodicamente, a divulgar o fenómeno, visando prevenir a lesão dos incautos.
Aconselha-se as pessoas que recebem estas cartas a não lhes responder.
CarJacking, aqui
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Um grupelho de duas-três pessoas, que pode variar consoante a dimensão das operações, onde existe sempre uma mulher a servir de "isco", constitui actualmente a nova modalidade de crime, que depois tem incursão na Net e através dos telemóveis. O esquema é simples: a mulher aborda ou faz-se abordar no espaço público por um homem, a futura vítima que será objecto de chantagem seguida de extorsão. Trocam umas SMS, uns mails, com fotos ou não.
Depois a mulher sai de cena e entram em acção os coniventes dessa operação de chantagem e extorsão que contactam a futura vítima a quem procuram pressionar, chantagear a fim de lhe extorquir dinheiro.
Esta é já uma técnica criminosa que faz carreira em Portugal (e envolve cidadãos de diferentes nacionalidades, sobretudo brasileiros), segundo as autoridades policiais competentes, e cuja taxa de sucesso na identificação, captura e punição deste tipo de crime tem sido elevada entre nós. Na Europa, segundo a imprensa especializada, a conclusão é a mesma: a taxa de identifição e punição também tem sido grande.
Hoje, por mais que os equipamentos de comunicação sejam ocultos, há sempre um meio de chegar aos criminosos, identificá-los e levá-los à Justiça. Embora exista sempre uma fachada com base na qual actuam, pode ser uma pequena empresa...
De salientar que hoje, além das autoridades competentes, há já inúmeras pessoas, empresas e entidades (pública e privadas) que operam informalmente no combate a este tipo de criminalidade e que vão divulgando na net (e noutros meios) alguns elementos que visam combater mais eficazmente este novo tipo de crime.
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