O daltonismo politico de Meneses e a descoloração deste miserável PsD do Mar da Palha
A situação política de Luís Filipes Meneses é ao mesmo tempo problemática, virulenta e insustentável. Explico porquê:
Meneses não tem projecto nem estratégia, o seu programa é indistinto de qualquer coisa, ou seja, poderia integrar um sub-capítulo do programa de Governo do PS. Táctica, nem vê-la...
É inoportuno nas medidas avulsas que publicita (a extinção da Pub. da RTP é um exemplo). Revela vazio e desnorte.
Tem um estilo que não tem estilo e nem já as agências de comunicação sabem como embrulhar o assunto de Gaia.
Apresenta uma liderança bicéfala no Parlamento que em vez de o ajudar só o apaga e esmaga diante todos, com Santana à ilharga - a ameaçar bater no Capucho, no Rui Rio e, quiça no Pacheco Pereira, no Marcelo e em mais uma catrafada de secretários-gerais do psd. De resto, se Santana pudesse batia também em Cavaco que nunca o elevou a ministro, como fez com Durão Barroso - facto que trouxe animosidade entre ambos, sobretudo se considerarmos que foi, no passado, Santana que convenceu Cavaco a integrar Barroso no seu 1º Governo.
Depois Meneses, esse ventricolo de Gaia, fala para Sócrates de esguelha, não é deputado, por isso, não pode entrar no hemiciclo e aí enfrentar o Governo, a sua bancada "para-lamentar" ainda consegue ser pior do que Santana. Anda pelo país a ser demagogo e populista - numa versão menos rasca do PCP ao perseguir a agenda de Sócrates para ser mais eficaz nas atitudes greveiras a fim de capitalizar - perversamente - alguns votinhos. Sem sucesso, obviamente... Meteu o psd na posição (ideológica) mais delicada de sempre ao aderir, pela 1ª vez, e de forma informal e formal à CGTP, tornando-o, amanhã, um putativo líder da Central sindical e um fatal sucessor de Carvalho da Silva (o tiranossauro do sindicalismo português), o que deixaria aberta a liderança para Santana Lopes..., em vez deste o cilindrar à boca de 2009. Agora, como se a desgraça não bastasse, descolora o logo laranja do psd e empresta-lhe um azul acinzentado do Mar da Palha, revelando quão cinzentona e inapta é a sua triste passagem pela Lapa, facto que deixa Marques Mendes às gargalhadas onde quer que esteja. Por este conjunto de razões, Meneses deve ter reunido os seus assistentes no seu escritório multifunções e aí exercitar a sua cidadania-activa para concluir uma de várias coisas:
1. Regressar à pediatria, sua profissão de base;
2. Regressar à autarquia de Gaia - se ainda o quiserem.
3. Regressar a deputado, talvez para substituir Santana no hemiciclo - empurrando Lopes para a Câmara Municipal de Gaia. Ou, pura e simplesmente, retirar-se da vida pública nacional, porque, em rigor, a sua passagem pela polis foi tão desastrosa e inútil que a história da sua existência política bem poderia ser a Crónica duma Morte Anunciada... Será caso para dizer: Paz à sua alma: Amén...
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