segunda-feira

O Crime...

O Crime tem imensas variantes, motivações, máscaras, enredos, abordagens e formas de ser operacionalizado. Costuma, por isso, dizer-se que a natureza do crime é mais rápido do que a natureza da lei, estática, por natura. NO artigo abaixo descrevemos, segundo informação especializada, mais um modus operandi do crime hoje praticado em Portugal, essencialmente na grande Lisboa e na zona do Norte, onde existe algum poder de compra, classes médias altas e, por essa razão, matéria-prima que desafia a imaginação destes novos criminosos. Por essa regra esses criminosos acabam por revelar alguns critérios de actuação que denuncia o seu modus operandi.
Por um lado procuram intimidar, com ou sem ameaça física, sendo certo que o propósito é sempre expôr os visados ao perigo, i.é, colocá-los numa situação frágil, dependente, tornando a vítima vulnerável. Depois, o dolo, a intenção de provocar dano à vítima emerge.
Daqui se pode tirar uma conclusão: quanto mais um acto ameaça a segurança interna de uma comunidade (ofensas, chantagem, extorsão, agressão, etc), maior a probabilidade de ser equacionado como um crime grave, logo menor a dúvida de que constitua crime. Portanto, a noção de crime subentende um desequilíbrio evidente entre agressor e vítima. Mas nem sempre a putativa vítima perde...
Hoje, sabemos que o jogo social, o desemprego, a marginalidade, as dificuldades globais das condições de vida para prover à existência, de par com a convivência com outras raças e étnias no mesmo território, faz eclodir novas e surpreendentes formas de criminalidade a que as autoridades competentes deverão estar atentas. Não só para prevenir essa novo tipo de criminalidade, como também para a reprimir.
Só com confiança nas instituições de investigação e de combate ao crime em Portugal - com uma formação avançada dos seus investigadores - se pode erradicar a escória que mina a confiança no interior das sociedades e se restabelece o justo equilíbrio das relações interpessoais. Em Portugal, congratulamo-nos como um elevado número de crimes de nova geração são reprimidos na fonte, e muitas vezes os criminosos - como se diz na gíria - além de se "meterem na boca do lobo" (porque nem sempre sabem quem são as vítimas que escolhem para chantagear ou extorquir valores materiais) - nem sequer "chegam a ver o padeiro".
Acedendo a algumas estatísticas, é impressionante constatar o número de crimes que embora sejam planeados não chegam a ser executados, porque, entretanto, são desmantelados na origem, desmantelando redes de duas, três, quatro pessoas (por vezes mais), algumas delas amadoras, o que facilita o seu tratamento jurídico e penal.