quinta-feira

Luís Filipe Meneses foi à RTP defender-se e justificar-se. Parece que governa uma Junta de Freguesia há uma década...

O actual líder do psd foi à RTP defender-se e justificar-se da turbulência que vive o partido fundado por Sá Carneiro. Foi uma entrevista chata, desinteressante, virada para dentro do partido, dos regulamentos e das quezílias de todos os barões que não gostam de Meneses: Marcelo, Pacheco, Capucho, Rio e todos os secretários-gerais do psd. É óbvio que aqui há uma questão de afectos, e Meneses desperta o ódio de estimação de todos eles.
E quem são eles: são, precisamente, as pessoas que produzem opinião, são a outra cabeça da águia imperial que manda no psd através dos media. Aqui pontuam Pacheco Pereira e Marcelo. Os fautores das subjectividades criadoras de ruído e fragmentação nesse albergue espanhol que é, sempre foi, o psd - o grande partido dos negócios - que hoje também está a pagar essa factura e que remonta à gestão de Durão Barroso. Uma factura chamada Teixeira Duarta e que ronda cerca de 50 mil cts.
Todavia, aquilo que hoje constitui o maior óbice ao psd ser credível aos olhos dos seus militantes e da sociedade portuguesa no seu conjunto, é o facto de a actual equipa dominar administrativamente o aparelho do partido mas não oferecer uma perspectiva política gaanhadora, em 2009. Por contraponto, aqueles que, porventura, poderiam oferecer uma solução política mais credível anti-Sócrates - como Marcelo, Rui Rio, António Borges - são aqueles que não dominam o aparelho.
Ou seja, Meneses & compª domina o aparelho mas não oferece perspectiva de vitória em 2009; Marcelo e compª - poderiam ser a luz ao fundo do túnel mas não riscam no partido.
É este impasse que está a implodir o psd, e como a vontade de fazer sangue interno é, neste momento, superior à vontade de fumar o cachimbo da paz - a conclusão só pode uma: a cegada irá continuar nas estreita ruas da Lapa onde, por isso, as facadas políticas serão também mais facilitadas.
É a vida, como diria o outro...