segunda-feira

Marcelo Rebelo de Sousa hoje foi isento e imparcial

Marcelo fez hoje um esforço de seriedade para avaliar os fenómenos políticos com algum rigor e seriedade: a situação em Lisboa e a conduta do edil da capital, António Costa, Sócrates e a sua entrevista na Sic e ontem a sua prestação nas Novas Fronteiras, a conduta (lamentável) do Tribunal de Contas e um conjunto de questões mereceram avaliação. E nelas um traço comum avultou: a inexistência de uma oposição credível, mormente na esfera do psd - que vai de mal a pior ante a dissensão permanente nas questões da governação e pelo desrespeito aos compromissos assumidos, mais ou menos expressa, entre Santana & Meneses - o martelo e a bigorna do psd.
Em Lisboa, esteve bem António Costa ao interpôr recurso da decisão do TC - dirigido pelo excesso de zelo de Oliveira Martins - que agora faz avaliações políticas de planos de saneanemtos financeiros a 11 anos. Amazing!!! No mínimo, ridículo, nem nunca tal requisito foi pedido a nenhuma autarquia. Depois a dialéctica do artº 40 e 41 - a que o analista agora aduziu ao artº 128 do OGE - que permite uma opção semelhante à do artº 41 - mas mais suave. Que, em todo o acso, obrigaria a CML a aumentar os impostos...
Seja como for, o edil está no Executivo para tentar resolver problemas, o TC está onde está para afirmar a soberania artificial das suas normas, regulamentos que aplica com um tremendo mau senso que denuncia uma ignorância social e económica do País real em que vivemos. De resto, Guilherme d' Oliveira Martins sempre foi um mui sofrível ministro das finanças, e um mau ministro nas demais pastas onde foi titular.
E de nada vale virem os argumentos canhestros de certos "burros" (burros mesmo burros) ainda por desalfandegar nos estábulos pombalinos - sublinhar a ideia que Oliveira martins, "além de socialista foi também proposto por este governo". Ora, este tipo de argumento revela uma estupidez atroz de gente intelectualmente impreparada e técnicamente cabotina que nem um blog deveria ter.
Por um lado, porque a cor política ou o cartão de militante jamais deveria influenciar decisões de extremo impacto na vida de milhares e milhares de pessoas e de empresas. E neste caso do TC houve, manifestamente, um excesso de zelo lamentável; por outro lado, mesmo tendo sido proposto por este governo liderado por Sócrates - não significa que o agente ou o decisor público à frente do TC - tomasse a decisão mais justa e rigorosa atendendo à situação dramática que Lisboa vive.
Mas, como se sabe, vozes de burro não chegam ao céu. Algumas delas nem sequer passam do "estábulo" das alfândegas donde emanam...
Marcelo hoje leva 17 val. Com tanto elogio a este governo, tanta crítica ao psd faz-de-conta que existe e reconhecimento do élan de Sócrates - estava a ver que Marcelo terminaria a sua prestação com um - Sócrates, ma-ma-mia...
Mas ficaria mal vindo de um conselheiro de Estado.., artificialmente do psd.