domingo

José Sócrates faz balanço de três anos de Governo. Novas Fronteiras

Inácio Rosa/Lusa
Fórum Novas Fronteiras
Três anos depois de obter a maioria, o primeiro-ministro e sublinhou a importância crucial do bom Governo e criticou aqueles que se limitam a lamentar a falta de participação e abertura dos partidos. O balanço foi feito na abertura do Fórum Novas Fronteiras dedicada ao tema “Três anos de Governo – 15 marcas de modernidade”. José Sócrates destacou que este Governo põe o interesse geral à frente dos interesses particulares e criticou aqueles que não honram os compromissos que assumem de livre vontade.
“Governar bem é governar com competência e com rigor. É por sempre o interesse geral acima dos interesses particulares. É trabalhar a favor da estabilidade e da confiança nas instituições. É manter uma linha de rumo, é realizar um programa e apresentar resultados”, afirmou o líder socialista que considera que é isso “o que distingue a maioria e o Governo”.
“Basta olhar à nossa volta para reconhecer quem pelo contrário se distingue pelo tremendismo, pela desorientação, pelo ziguezague e pelo descrédito. Que não exista em faltar à palavra dada” acrescentou o secretário-geral socialista numa referência implícita ao PSD, que ameaçou romper o acordo com os socialistas sobre a nova lei eleitoral autárquica.
Mas, o líder socialista aproveitou o fórum para fazer também um balanço ao desempenho do maior partido da Oposição, lembrando os responsáveis pelo “antes” do PS ter chegado ao Governo. “Estes anos que vivemos marcaram uma fronteira entre o antes e o depois”, afirmou apresentando diversos exemplos do “antes” em que os idosos com rendimentos abaixo do limiar da pobreza estavam entregues à sua sorte e o “depois”, com esses mesmos idosos a beneficiarem de uma prestação que os retira da pobreza.
“Este depois tem responsáveis que somos nós. Mas, é preciso lembrar que o antes também tem os seus responsáveis. Responsáveis que aliás, voltaram, porque os vejo todos os 15 dias quando vou ao Parlamento”, salientou numa crítica implícita a Santana Lopes.
O líder socialista classificou o fórum Novas Fronteiras como como “um movimento político de abertura, de participação e de diálogo”. “A longo destes anos ouvi muitos que se limitam a descrever o problema, a lamentar a falta de participação e de abertura dos partidos na nossa democracia representativa. Mas nós não nos limitamos a falar”, afirmou o primeiro-ministro.
José Sócrates afirmou-se orgulhoso de ser o secretário-geral de um partido que usou a maioria absoluta para reformar a Assembleia da República de modo a dar mais direitos à Oposição. “Sou o primeiro-ministro de um Governo que é o mais fiscalizado de sempre que mais vezes comparece no Parlamento, para apresentar e discutir propostas e sujeitar-se ao contraditório”, acrescentou.
Já no final do seu discurso, José Sócrates, prometeu “manter e reforçar as Novas Fronteiras. Porque esta é uma plataforma social e política de apoio ao projecto que o Governo defende. Um projecto de mudança e um projecto de modernidade para o país”.
RTP 2008-02-23 19:57:21
Obs: Quer se goste do estilo de Socas ou não, que se goste da sua conduta para com os media ou não, quer se goste do homem ou não - os factos aconselham a interiorizar uma evidência: o actual PM ainda guarda boa parte do élan e do potencial governativo para prosseguir para além de 2009. Disso não restam dúvidas, que, a existirem - se tradzuem em saber se essa governação decorre com uma maioria relativa ou com uma maioria absoluta. E a confirmarem-se os erros de santana & meneses deste miserável psd, diria que Sócrates em 2009 repetirá uma nova maioria (absoluta). We shall see... Vital Moreira, Lobo Antunes e António Vitorino fizeram três interessantes intervenções.