sexta-feira

Carta aberta ao Abrutpto de JPP

Sr. Dr. José P. Pereira,
  • Achei interessante a reflexão que fez no seu artigo do Público. Reconheço lá muita coisa. Mas também julgo que falta lá outro tanto, creio. O ano passado teve a bondade de integrar até uma reflexão que continha uma crítica (exposta num blog - A ameaça dos weblogs, infra-publicada), estou certo que desta vez não lhe faltará igual coragem e coerência. Julgo que se não tem a caixa de comentários aberta para não lhe suceder o mesmo que ao espectro, faz bem; já o que não se compreende - uma vez que isso contraria o princípio do rizoma que comanda a rede das redes que, por vezes, é mais uma teia, é que não tenha links na vitrina do seu template. No fundo, fala-nos da sociedade digital do séc. XXI e depois o seu template recorda-nos os tempos de novecentos e do arranque dos caminhos-de-ferro, em que o bom do Eça quando se deslocava de Cascais a Carcavelos demorava umas 3 horas. Ora bolas, assim é que não!! Já agora, acha que se o Eça fosse vivo, para tristeza de muitos espectros, teria a caixa de comentários aberta? E teria links? Recebe os meus melhores cumprimentos e pense nisso pfv. Subscrevo-me Atent/ Rui Paula de Matos Dê-se pfv conhecimento disto aos interessados porque há lugar na vitrina.

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Agradecimento:

Agradecemos aqui a Pacheco Pereia o facto de ter incluído a nossa cartinha no seu blog. Fiquei maravilhado, sobretudo seguindo o método das citações que usa, ou seja, o método da omissão cirúrgica: cita o nome e omite o blog; noutros casos cita o blog e omite o nome. Na prática, uns comentários têm links, quando a coisa agrada; outros, como o meu, não têm links, porque desagrada. Paceco Pereira manifestamente não gosta de citar o nome dos blogs que o criticam, apenas linka aqueles que o citam e o elogiam (a)criticamente. Enfim, é um petit sectarismo em matéria de metodologia e citação de fontes que tem raízes nalgum maoísmo do qual, porventura, já não se conseguirá livrar. Pois nós aqui quando citamos alguém, mesmo que esse alguém seja o Pacheco Pereira, citamos porque entendemos correcto e ético fazê-lo. É uma questão de identidade, única coisa que temos verdadeiramente como nosso. Seria errado fazer um livro sobre o comunismo, por ex., e depois só citar algumas fontes excluindo outras. Tudo isto me faz lembrar uma estória: para minimizar as consequências de choques com candeeiros e postes eléctricos, os telemóveis mais sofisticados já vêm equipados com air bag. Ora, passe analogia, o abrupto de JPP não usa airbag, mas além de não usar caixa de comentários - o que é aceitável - também não linka. O que já não é aceitável, vq, contraria a natureza da rede, desvirtua a filosofia do rizoma. Será que ele sabe disto!??