segunda-feira

Me, My Self and I = Passos Coelho

ME, MY SELF AND I.
Passos Coelho compreendeu que demitir o Álvaro era chumbar-se a si próprio diante da opinião pública.
Passos Coelho optou por convencer o Álvaro a ficar onde está, ou seja, sentado no vazio do poder (deixando as PMEs a secar sem apoios, sem planeamento, sem financiamentos) para que ele continue a não gastar o dinheiro que o Gasparzinho precisa para equilibrar o défice e fazer os brilharetes em Bruxelas (mormente, junto do ministro das Fin. alemão, adepto do Suduku).
- Demiti-lo seria arranjar três problemas sérios:
1) Ter de remexer na mega-orgânica do Ministério da Economia/ME que Passos engendrou aquando da formação de Gov e que não faz sentido;
2) Passos teria que reconhecer que foi inepto e incompetente ao concentrar no ME tão vastas atribuições e competências, hoje paralisadas pelo seu gigantismo e com queixas justificadas do empresariado;
3) Ninguém, no seu perfeito juízo, aceitaria tutelar aquele ministério, tal como está: um gigante com pés de barro.
- Em face destas dificuldades técnicas, operacionais e, essencialmente, de natureza política, Passos coelho percebeu que ao remodelar o seu ministro da Economia estaria, na prática, a questionar o "idiota", ou seja, himself, que teve a infeliz ideia de emprestar ao Ministério da Economia aquela enorme e pesada estrutura, até as Obras Públicas lá foram parar.
- E como Passos Coelho não teve a coragem de reconhecer o seu crasso erro político, resolveu manter as coisas como estão, a apodrecer e contra o interesse nacional.
- Álvaro.., continua a ser aquilo que sempre foi: um homem bem mandado.

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domingo

Me, My self and I: Cavaco e Silva finge-se de morto recuperando o método de Salazar

Cavaco não desiste de se promover, e não perde tempo para cavalgar a onda na abertura do Ano civil de 2011: gosta de comunicar com os tugas, tem uma grande experiência que para nada serviu, a sua esposa foi quem decidiu a sua recandidatura e tem com o esposo um desígnio para Portugal que, aliás, todos desconhecemos; a sua grande humildade e confiança que ele pensa que os portugueses têm nele serve de seiva para continuar.
Tudo grandes e boas razões para levar Cavaco a Belém, again. Como cavaco está acima dos partidos, segundo diz, tem uma consciência profunda de que é um anjo acima da política, puro e imaculado, por isso paira sobre todos os vícios do espectro político. Até a sua campanha será sóbria, dispensa os outodoors. Que maravilha!!!
Por outro lado, cavaco sabe línguas, bastando para contornar a complexidade da vida internacional, e nisto está a par de Durão barroso, seu compadre em Bruxelas - que tem ajudado a desmontar esta Europa que tem cada menos poder, estatuto e influência.
Representa a actividade externa do país e é a voz junto das OIs, é chefe supremo das FAs e árbitro interno nas disputas que possam eclodir, mas cavaco não deixa de ser muito humilde e discreto na forma como exerce os seus poderes. Aliás, todo o seu sucesso se deve ao facto de cavaco andar a fingir-se de morto há duas ou três décadas, como diria o velho "botas": se queres sobreviver na política, finge-te de morto.
Esta é, em rigor, a sua receita política. E cavaco aprendeu convenientemente a lição, por isso se acha fora do inner circle que há 30 anos risca em Portugal.
Dá muito jeito, sobretudo quando muitas das suas decisões - por acção ou por omissão, foram erradas, tiveram imensos custos para os portugueses, destruiram o aparelho pordutivo seja na indústria, seja na agricultura e nas pescas.
Talvez aqui resida a razão principal pela qual cavaco não goste nem queira ver-se associado à normalidade do agente político português que, consabidamente, tem fama, regra geral e com escassas excepções, de ser incompetetente, mentiroso, trapalhão e, não raro, corrupto.
Por fim, Cavaco presume-se muito dedicado ao trabalho, mais sério, rigoroso e competente do que os demais agentes políticos nacionais, entende mesmo que paira acima deles. Por isso, se finge de morto, seguindo o método de fazer política de salazar, a fim de sobreviver mais eficientemente às resistências do campo político que o combate.
Por isso, será reeleito logo à 1ª volta com uma maioria sociológica expressiva.
Só o poeta e caçador Alegre parece não entender essa comezinha realidade.

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