Woody Allen: 80 anos de um realizador de culto. Parabéns
Nota prévia: O humor dramático, o carácter problemático de Woody Allen, o pessimismo e a sua vocação para ter mais doenças do que na realidade tem, como hipocondríaco que é, fazem deste realizador um homem em permanente crise, caótico mesmo, a precisar de psicanálise e de muito divã no psicanalista. No fundo, Woody é um reflexo da crise da nossa civilização Ocidental e de que os seus filmes fizeram eco durante quase meio século. Vejamos uma dessas suas reflexões que traduz essa crise permanente - que é dele e, simultaneamente, do homem e da própria civilização Ocidental.
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Amar é sofrer. Para evitares sofrer, não deves amar. Mas, dessa forma vais sofrer por não amar. Então, amar é sofrer, não amar é sofrer, sofrer é sofrer. Ser feliz é amar, ser feliz, então, é sofrer, mas sofrer torna-nos infelizes, então, para ser infeliz temos que amar, ou amar para sofrer, ou sofrer de demasiada felicidade - espero que estejas a perceber.
Love and Death (1975)
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