Cavaco e o burro de Buridan. A possibilidade da destituição do PR
- Cavaco sabe o que não quer: empossar um Governo liderado por A. Costa.
- Sabe o que o Parlamento o impede de fazer: dar continuidade a um Governo demissionário, porque chumbado na AR, logo sem legitimidade para governar.
É neste colete-de-forças que cavaco se encontra, qual burro de Buridan - que estando equidistante entre um saco de palha e um balde d´água, por indecisão acerca do que fazer, acaba por morrer por inércia.
Ora, é assim que cavaco conduziu Portugal. Não sabe o que fazer, está desnorteado, razão por que tenta, à outrance, ganhar tempo através daquela audição aos empresários amigos e demais corporações pró-cavaquistas.
Até lá é a economia nacional que está paralisada, são investimentos que não se fazem, são os mercados a catalogar como lixo a nossa dívida (agora, cavaco já não fala nos mercados!!!), é o desemprego a subir, é a incerteza e o risco...
Se o PR quer "morrer" sózinho, num acto de martírio desesperado é lá com ele, mas não deverá envolver o país consigo nesse desespero.
Talvez seja por este tipo de conduta errática, que remete para a perfídia e a mesquinhez em não querer aceitar como legítimo um governo de esquerdas, e potencia o irregular funcionamento das instituições, que a próxima Revisão Constitucional deverá acomodar no seu articulado a possibilidade de destituição do PR sempre que a sua conduta o justificar.
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