sexta-feira

Fernando Pinto escreve cartas quando tem a corda no pescoço...

Nota prévia: Há três circunstâncias em que o homem  fala verdade: na guerra, em criança e quando [se] está alcoolizado. O sr. Fernando Pinto, que tem sido um mau gestor na TAP, fazendo-a perder dinheiro a rodos com opções de gestão que questionaram o equilíbrio funcional (global) da empresa, decidiu, agora que está com a corda na garganta, escrever uma cartas aos trabalhadores...

Talvez uma demissão, in extremis, pudesse salvar esta greve. Uma demissão que abriria caminho para o Governo nomear uma nova equipa de gestão, definir um plano de reestruturação para a empresa e abrir a TAP à participação de capitais estrangeiros, mas com a reserva de o Estado manter a maioria dos capitais na estrutura accionista da empresa, que é o que deveria ter ocorrido com a golden share do Estado na PT. Se essa prerrogativa da golden share tivesse sido assegurada, a PT não estaria agora no estertor da morte, tal como a TAP e o responsável maior por esta desbunda "gestiónica" é o impreparado Passos Coelho, que foi o maior erro de casting na vida pública nacional desde o 25A. Enquanto os portugueses não meterem esta verdade comezinha na cabeça, os erros de gestão ao nível da gestão de topo do Estado - multiplicar-se-ão. E são sempre os do costume a pagar a factura pelos erros crassos de gestão aviónica por parte do sr. Pinto!!! 

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Presidente da TAP envia carta aos trabalhadores: «Sobrevivência da empresa pode estar em risco»

«[...] Nesta conjuntura, sinto ser meu dever dizer claramente: a sobrevivência da TAP está em risco caso se prolongue a instabilidade atual e se não normalizarmos rapidamente a relação de confiança com o nosso mercado. Se tal não acontecer, com urgência, de pouco importará saber se a TAP deve ser pública ou privada», afirmou Fernando Pinto, numa carta enviada hoje aos trabalhadores da companhia, a que a Lusa teve acesso.
Os sindicatos ligados à TAP reuniram-se esta manhã com a administração da empresa, a pedido do presidente, depois da requisição civil decretada na quinta-feira pelo Governo para os dias de greve.
Na carta em que deseja Bom Natal aos trabalhadores, Fernando Pinto disse não querer que ninguém «ignore as suas opiniões quanto à forma de organização económica ou ao exercício pleno das liberdade individuais e coletivas», mas insistiu que «a TAP precisa de recuperar de imediato a imagem de confiança e qualidade que ganhou ao longo de quase 70 anos de história».
«Tenho consciência de que a Companhia viveu outras crises, igualmente sérias, no seu passado, e que pode ter-se instalado a ideia de que a sua importância para o País a coloca a salvo de consequências negativas", argumentou, lembrando "o que aconteceu a outras companhias europeias, também elas prestigiadas e importantes».
O presidente da TAP reforçou que «nos tempos atuais, independentemente de quem seja o seu proprietário, uma companhia de aviação só sobrevive com a confiança dos seus passageiros».
Lusa
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