O responsável máximo da fundação do Pingo Doce, um think tank inteligente do neoliberalismo, declarou, ao jornal i, que os juízes do Tribunal Constitucional tinham mentalidade de funcionários públicos. Como se isso fosse um insulto, como se ser professor, médico, polícia, homem do lixo, funcionário de uma autarquia, bombeiro e enfermeiro desqualificasse as pessoas e significasse que andam a roubar o dinheiro dos outros.
No fundo o Sr. Garoupa tem alguma razão: neste país há duas atitudes mais pronunciadas, uma espécie de ideal de tipo weberiano, que resumiriam as atitudes em disputa: por um lado, temos a maioria da população, que tem "mentalidade de funcionário público", por outro lado, temos os governantes, as fundações, que justificam o nosso sistema, e as elites económicas, que têm mentalidade de banqueiro.
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Obs: Envie-se uma resma de xerox aos visados e outro tanto ao sistema fiscal a fim de tributar as mais-valias decorrentes da fuga ao fisco. E quem foge ao fisco em Portugal não são apenas os "pilha-galinhas, são também e sobretudo os novos criminosos de colarinho branco gerado por um poder ultra-liberal corrupto e facilista, destruidor do Estado e com profundo desprezo pela chamada economia social e pelas conquistas ao nível dos direitos, liberdades e garantias da Revolução de Abril/74.
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Etiquetas: Capitalismo de casino, deslocalização fiscal, especulação, fuga ao fisco, Portugal enforcado
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