Duarte Lima começa a ser julgado no caso BPN
Duarte LimaFotografia © Álvaro Isidoro - Global Imagens
Este julgamento está relacionado com a aquisição de terrenos no concelho de Oeiras, através de uma empresa - Homeland -, constituída por Duarte Lima, Vítor Raposo e Pedro Lima.
A Homeland foi constituída com a participação de 1,5 milhões de euros do BPN, de 4,2 milhões de euros de Vítor Raposo (então sócio de Duarte Lima) e igual capital do arguido Pedro Lima (filho do ex-líder parlamentar do PSD).
Os terrenos estavam nas imediações da projetada sede do Instituto Português de Oncologia (IPO), que acabou por não avançar, pelo que o crédito pedido ao BPN, no valor de mais de 40 milhões de euros, ficou por liquidar.
Duarte Lima, antigo líder parlamentar do PSD, é suspeito de beneficiar de vários créditos no valor de mais de 40 milhões de euros, obtidos com garantias bancárias de baixo valor.
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Obs: De facto, temos de admitir que o BPN foi um grande banco pelas pessoas que, inadvertidamente e à margem da lei, financiou:
- financiou campanhas eleitorais ao cavaquismo;
- financiou a compra & venda de acções (out of market) ao locatário de Belém - violando normas da CMVM (out of law);
- financiou aquisição de terrenos em Oeiras, como descreve o artigo supra;
-financiou a aquisição de obras d´arte..
Enfim, permitiu um conjunto de operações financeiras à margem da lei e pagas hoje com o sangue, suor e lágrimas do povo português (através do erário público).
O BPN foi, de facto, um grande banco, mas gerido por gente que agiu de forma criminosa e prejudicando os interesses legítimos do Estado e lesando milhares de clientes particulares.
Num caso destes urge fazer Justiça, mas também esta entrou em roda livre, porque os elementos do cavaquismo (e não só!!!) apagaram provas, dissimularam circunstâncias, compraram influências.
Em suma: a Justiça em Portugal revela-se pequena demais para combater tamanho polvo.
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Etiquetas: BPN, corrupção de Estado, Duarte Lima, financiamento ao cavaquismo
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