quinta-feira

O experimentalismo político errático e primário de Pedro Passos Coelho.

Qualquer português atento ao fluir seródio da vida pública nacional percebe que aquilo que PPCoelho fez foi um ensaio geral para depor o PS e Sócrates do poder através desse grande teste concretizado mediante a famosa revisão constitucional, que, nos termos em que foi fixada por PPC não tem pés nem cabeça, é anti-social, desequilibra o sistema de poderes na arquitectura política vigente e apenas trás instabilidade ao relacionamento entre as instituições e aos players políticos.
É certo que não sendo jurista as possibilidades de PPC cometer erros e ventilar baboseiras são maiores, mas no seu caso tais erros revelam não apenas ignorância jurídica, mas uma gritante falta de consciência social e um desespero pela captura do poder, a ponto de pensar que aquilo que a sociedade e a economia nacionais precisam é de uma revisão constitucional para dar mais poderes a Cavaco, fortalecer a capacidade de as empresas despedirem os seus empregados e, no limite, implicar mais desemprego e mais pobreza no país.
Confesso que não esperava tanta tacanhez política daquele que há vinte anos se considera uma esperança política, pois nenhuma das suas pseudo-ideias de RC agiliza o decison-making process, conduz a mais competitividade na área da economia e a maior coesão na esfera social. Uma desgraça, portanto.
O psd de Relvas e PPCoelho, sequestrados ideológicamente pelo eloquente Ângelo e o sobredotado Paulo Teixeira Pito, tomou consciência dos erros cometidos, por isso pretende retocar o texto que informa o anteprojecto num experimentalismo político de trazer por casa. Ou seja, primeiro o líder do psd, que julgava ser um pouquinho melhor do que Manuela Ferreira leite, atira o barro à parede, os actores políticos, sindicais e sociais reagem negativamente - e aí o aparelho do psd retrai-se e manda retocar o documento. Faz lembrar aquele cliente que manda vir uma pizza, dá-lhe meia dúzia de dentadas, e quando constata que não gosta do que pediu manda vir outra seguindo o mesmo método, até acertar no sabor e no gosto.
Por estas e por outras é que o zé povinho se pergunta se não será preferível continuar com Sócrates no poder do que para lá enviar um inexperiente e errático beginner que ainda não percebeu por que razão é uma esperança na política portuguesa há 20 anos e cujas propostas oriundas do eloquente Ângelo e do sobredotado Paulo Teixeira Pinto só conduzem a um destino: à tragédia.
Por isso lhes dedicamos a música (ver vídeo abaixo) do mesmo nome do famoso grupo - os Bee Gees...
E o mais grave em todo este processo é constatar que nenhuma daquelas ideias, ainda que estapafúrdias, são de PPC.
Dele mesmo só a vox e a dicção, pois que lhe faça bom proveito..., mas é no S. Carlos))))

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