domingo

Sócrates é reeleito Secretário-Geral do PS

José Sócrates foi reeleito secretário-geral com 96,43% dos votos. É a 3ª vez que consegue a proeza nas eleições directas do partido. Mas o que surpreende é que o seu crítico interno mais exaltado, o poeta Manuel Alegre nem sequer apresentou uma moção alternativa, à semelhança de Fonseca Ferreira, a fim de propôr ideias, soluções e projectos alternativos ao País. O poeta Alegre só conhece um fórum de debate que é andar a reboque dos radicais do BE. Alegre quando deve falar, hiberna, e quando deve estar calado canta o fado anti-fascista que nos evoca que Salazar ainda está vivo. Agora que o homem concorreu sózinho e conquistou esmagadoramente o apoio dos militantes, é natural que ocorra mais um ciclo de conferências a falar no medo e nas suas origens psicológicas. Se se meter o Gen. Ramalho Eanes a dissertar sobre o tema com aquele ar sisudo e grave, a coisa fica mais credível e até chega a convencer alguns papalvos. São, no fundo, as doenças de fim de mandato. Com a fase final do cavaquismo também se evocava este clima para justificar alguma oposição interna ou gerar uma vaga de fundo - que agora ainda não apareceu. Mude-se, pois, de poesia-política, porque a que existe é insistentemente de má qualidade.
Apoie-se Sócrates a acelerar e intensificar o Programa de Investimentos Públicos para o País.