sábado

Um mundo sem palavras... O novo mundo.

Já aqui falámos da preocupação resultante de um mundo sem dinheiro, sem emprego, sem economia, sem finança, sem produtividade, sem confiança e até sem família. Pergunto-me, doravante, o que seria do mundo em que de súbito, surpreendendo tudo e todos, os livros sairiam a voar pelas janelas de casa, como pássaros, em que o homem ficaría sem palavras e amnésico. Ou perdendo-as por ordem alfabética, e que do "a" só nos restava a palavra "assassino" em diante. Seriam um mundo estranho, não teríamos nem "ar", nem "abelhas" nem "advogados" nem sequer "abreviaturas" nem "aço", nem "aguilhões" nem "anciãos". Também não existiriam "água", "algas", os "Alpes" nem a "Argentina" nem a "América" (nem "A(o)bama"), nem, mais importante, o Amor. Enfim, seria uma verdadeira catástrofe natural. Pensando bem as coisas entre o mundo económico falho de dinheiro e de confiança e o mundo privado de palavras - prefiro viver naquele.