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G7 contra proteccionismo promete estimular economia

Os ministros da Finanças e presidentes dos bancos centrais dos sete países mais industrializados do mundo (G7), reunidos em Roma este fim-de-semana, prometem trabalhar em conjunto para estimular a economia e proteger o emprego, e para reforçar o sistema bancário mundial. in PD
No comunicado emitido no final da reunião, o G7 prevê que a situação económica mantenha uma tendência descendente durante grande parte de 2009.
EUA, Japão, Alemanha, Grã-Bretanha, França, Itália e Canadá alertam ainda para os efeitos negativos da adopção de medidas proteccionistas na economia global, considerando necessário que os países mais desenvolvidos ajudem os que estão ainda em desenvolvimento, para evitar que os mais pobres do mundo sejam os principais afectados pela crise.
«A estabilização da economia global e dos mercados financeiros continua a ser a nossa mais alta prioridade», dizem, na declaração final, acrescentando que «tomaram colectivamente medidas excepcionais» para responder aos desafios da crise.
É preciso encontrar solução para activos tóxicos dos bancos
O G7 dá o seu apoio às medidas tomadas pelo Reino Unido e EUA para reforçar o sistema bancário, nomeadamente a recapitalização dos bancos e considera que deve ser encontrada uma solução para tratar dos activos tóxicos dos bancos. Os responsáveis não falam de opções, numa altura em que vários países estudam a criação de um chamado «bad bank», um banco que tomaria todos os activos tóxicos dos outros bancos, que estão a afectar os seus balanços, para que estes pudessem reequilibrar-se.
No que toca ainda ao sector financeiro, o G7 promete estabelecer regras financeiras com princípios comuns de transparência dentro de quatro meses, a tempo da cimeira do Grupo dos Oito a realizar na Sardenha em Julho.
Esta cimeira do G7 é considerada uma antecipação da cimeira do G20, marcada para o início de Abril em Londres. Nessa participam, além dos países mais desenvolvidos do Mundo, as principais economias emergentes, como a Índia e a China.
O comunicado aborda ainda a questão do yuan, instando a China a deixar valorizar a sua moeda de forma a equilibrar os acentuados desequilíbrios comerciais mundiais.
Obs: Problemas globais carecem de soluções globais. Um banco tóxico em Portugal também daria jeito, talvez se convertesse num bom activo para investir dado que os juros estão hoje tão baixos. Também aqui a banca copia as técnicas das fábricas de pneus.