O grande desígnio de Louçã
Confesso que a minha capacidade de resistir a Louçã não ultrapassa os 5 min. O tempo suficiente para perceber as três coisas que o líder trotskista do BE pretende em Portugal:
- 1. Aumentar o número de deputados à custa do seu irmão-inimigo que é o PCP;
- 2. Ajudar a dividir o PS, mormente através da industriação da cabeça ao poeta Manuel Alegre que, em rigor, representa hoje o papel de "pata-choca" que não sabe o que quer, apenas vagueia ao sabor das ofertas políticas na lógica do "quem dá mais" para o seu cestinho dos votos-gasosos.
- 3. Não querer o poder, por uma simples razão: caso um dia o BE fosse poder nenhuma das suas medidas seria implementada, porque os estragos que causaria à sociedade seriam, porventura, superiores ao bem que visaria acautelar.
Resta a Louçã engordar com uns dois ou três deputados, de preferência à custa do PCP e continuar a falar com aquela voz cavernosa denunciando uma vontade incrível de malhar em toda a gente.
No fundo, Louçã não existe pela positiva, a sua existência política só se afirma pela negativa. Ficaria feliz se um dia pudesse pendurar todos os empresários no Largo do Pelourinho e lhes pegasse fogo com gasolina. Oxalá que nunca seja poder, o seu contacto com o Estado representaria converter Portugal numa Albânia do séc. XXI.
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